Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 10
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
55. De que
modo a Caravana comandada pela Rainha Isabel se deslocou para realizar a
expedição socorrista?
Sob o comando da Rainha, o grupo socorrista
valeu-se do recurso da volitação. Graças à velocidade do deslocamento, a viagem
demorou apenas vinte minutos, quando então todos passaram a sentir as emanações
deletérias de uma região enfermiça e sombria, onde nenhum sinal de vida se
manifestava. Ali, ao lado de pântanos pútridos, cavernas se abriam profundas em
montanhas escuras que limitavam a área do paul dantesco. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)
56. Que
recursos foram utilizados pela Caravana para recolher os Espíritos em condições
de serem levados, para tratamento, ao Sanatório Esperança?
O grupo utilizou, para isso, redes e macas.
Assim que a Rainha Isabel ergueu o bordão que levava, as redes foram atiradas
sobre o lameirão, tornando luminosas as malhas que pareciam pirilampos sobre o
lodo. Muitas cabeças que se erguiam, percebendo o recurso que poderia ser
salvador, agarravam-se-lhes e gritavam por socorro, enunciando os nomes de
Jesus, de Deus, de Maria, de alguns dos santos das suas antigas devoções,
alardeando arrependimento e suplicando amparo. De energia magnética muito bem
constituídas, a novo sinal as redes foram puxadas pelos braços fortes dos seus
condutores, mas observou-se que, enquanto algumas se despedaçavam, deixando no
lugar, em agonia, aqueles que as seguraram, outros eram colhidos e arrastados
até os caravaneiros que os retiravam e os colocavam, debilitados, nas macas que
de imediato eram distendidas para os receber. (Obra citada, cap. 10 –
Experiências gratificadoras.)
57. Que
aspecto apresentava Ambrósio?
A fácies do irmão Ambrósio, tendo em vista os
sinais das sevícias que lhe haviam sido aplicadas, tinha um aspecto dantesco.
Os traços humanos haviam sofrido graves alterações e todo ele se apresentava
esquálido, destroçado, inspirando compaixão e produzindo choque emocional em
quem o fitasse. Adormecido, ao ser transportado ressonava de maneira
particular, em um repouso assinalado pelo terror, natural reminiscência dos
sofrimentos e pavores que experimentara durante o largo cativeiro naquela
região de furnas macabras. Concomitantemente, exteriorizava odores pútridos que
remanesciam da decomposição cadavérica, ainda impregnada no perispírito, que
igualmente se exteriorizava sob deformações responsáveis pela maneira como se
encontrava em espírito. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)
58. Que
condições são necessárias para um Espírito integrar uma caravana liderada pela
Rainha Isabel?
Silêncio, oração mental e amor são os
equipamentos exigíveis para que um Espírito possa tomar parte na Caravana
liderada pela Rainha Isabel, ao lado de muito bem elaborada disciplina
interior, feita de confiança em Deus e respeito às Suas Leis, a fim de que a
perturbação e o receio não abram brechas tornando vulnerável o conjunto. (Obra
citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)
59. Quando a
Caravana atravessou o paul tormentoso, na ação de resgate de Ambrósio,
formou-se uma fila indiana. Qual o motivo?
O motivo foi simplesmente precaução. Segundo
Dr. Inácio, o campo de energia exteriorizado pela Rainha Isabel, ao marchar à
frente do grupo, cria defesas em favor daqueles que seguem na retaguarda. Além
disso, na região que eles visitaram, o terreno pantanoso encontrava-se empesteado
de vibriões mentais e de detritos psíquicos que poderiam reter os caminhantes
descuidados, quais armadilhas distendidas por todos os lados para impedir a
fuga dos prisioneiros espirituais. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de
Ambrósio.)
60. Que tipo
de comportamento dos próprios espíritas perturba a marcha dos médiuns?
Por não compreenderem que a mediunidade é
compromisso de alta significação, muitos a consideram um favor divino concedido
a eleitos, uma força sobrenatural, um mecanismo prodigioso, que tornam o
medianeiro um ser especial, tornando-se uma armadilha cruel que o leva à
presunção e ao despautério. Mesmo que procure viver com simplicidade e
demonstre que é somente instrumento do mundo espiritual e que a ocorrência do
fenômeno independe da sua vontade, as criaturas viciadas nas superstições e
interessadas nas questões imediatistas o envolvem em bajulação, em excesso de
cortesias, em destaques embaraçosos que quase sempre terminam por perturbar-lhe
a marcha. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)
Observação:
Para acessar a Parte 9 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui:
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