quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

 



CINCO-MARIAS

 

Sobre pais: divorciados ou solteiros

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com


A verdadeira educação é aquela que vai ao encontro da criança para realizar a sua libertação
. Maria Montessori

 

Todo mundo conhece várias mães divorciadas ou solteiras, mas há também os pais divorciados ou solteiros. Embora eles sejam mais difíceis de encontrar, existem e tentam dar aos filhos amor e o melhor acolhimento possível…

Conheci o Marcelo na escola de música da minha filha. Ele é pai do Fabrício, 6 anos. Divorciado da mãe do menino há mais de cinco anos, ele assumiu integralmente o filho, pois a ex-mulher reside desde o divórcio em Portugal. 

Marcelo conta que procura manter contato com a mãe do Fabrício para que o filho cresça tendo esse vínculo. Mãe e filho se falam sempre aos domingos e com isso o laço é revigorado. Mas, no dia a dia, são ele e o filho...

Por trabalhar como autônomo, Marcelo pode ficar com o filho no período da manhã, segundo uma rotina: acordar cedo, fazer exercícios, cuidar da casa, acompanhar as tarefas escolares do filho, preparar e servir as refeições, brincar com o Fabrício no pátio do condomínio ou na pracinha vizinha ao edifício... À tarde o menino vai para a escola.

Sem olvidar que a vida também é correria, desafios, Marcelo e Fabrício contam, é claro, com uma rede de apoio: “tenho mulheres importantes na minha vida, já que fui criado com uma família formada principalmente por mulheres”. Ou seja, no dia a dia, conto com esse privilégio de apoio – minha mãe e irmãs me ajudam e dão ao Fabrício presença, carinho, reforço de princípios e valores…

Marcelo acrescenta: “eu próprio fui criado sem a presença de um pai. Então, percebi a importância da oportunidade de ser um pai que não tive para o meu filho. Quando você encara a paternidade, a conexão com o filho é um processo natural”.

Na nossa cultura, a figura do pai solteiro/divorciado não é muito comum, por isso muitas pessoas têm dúvidas sobre os direitos dos homens que criam filhos sozinhos. Por exemplo, é frequente que surjam perguntas como: “pai solteiro pode receber auxílio do governo e participar de programas sociais?” ou “pai solteiro pode adotar crianças?”.

Nesses casos, não há distinção de gênero. Qualquer pessoa maior de 18 anos, independentemente de gênero ou estado civil, pode fazer uma adoção, desde que se cumpram os requisitos legais.

Do mesmo modo, famílias monoparentais (em que há apenas um cuidador) chefiadas por homens também têm direito aos programas sociais dos governos federal, estaduais e municipais.

Assumir a paternidade é uma decisão. E o vínculo com os filhos se fortalece seguindo uma rotina de amor, atenção e convivência. 

 

*

Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 

 

 

Como consultar as matérias deste blog? Se você não o conhece, clique em Espiritismo Século XXI e verá como utilizá-lo e seus vários recursos.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário