O
autoconhecimento promove a transcendência
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
O Planeta
precisa de uma convivência humana mais amorosa, agradável, gentil, inteiramente
oposta ao comportamento ainda impaciente, rude, egoísta, irascível comum. Se
bem que seria muito melhor se este comportamento nunca tivesse nascido, porém
tudo a seu tempo e estágio, tudo é criado conforme o seu destino. No entanto agora é o mais qualificado
tempo para a maravilhosa transformação, não aquela referida apenas ao bom
comportamento, pois essa facilmente se limitará, mas ao processo espiritual, a
transcendência, já que tudo relativo ao espírito é verdadeiro e infinito.
Não basta ser educado com quem também
o trata com educação; tampouco ser gentil com quem transborda gentileza; ainda
não basta ser caridoso com quem muito já aprendeu com a caridade. É além, é
transcender o nosso curso, é ser o nosso melhor como meio integral de vida. Não
é escolher os atributos de acordo com quem se convive, é buscar a integridade
na maior parte do tempo. Nunca nos disseram que o aprimoramento seria como uma
mágica inexplicável e mirabolante, mas nos disseram sempre que o mais acertado
caminho é aquele que, de fato, se deseja crescer.
O progresso é o rompimento da
estrutura limitante do nosso ser; tudo o que aprisiona e impede é contrário à
expansão do espírito, que é eterno e imensurável. Quanto antes necessitamos
conhecer um pouco sobre a ilimitada e incomparável luz a que pertencemos. Tudo
o que nos força à permanência é somente energia que se perde, paralisa em vez
de seguir para a emancipação. Possuímos o movimento da elevação como tudo no
Universo. Tudo foi criado para expandir, nada foi criado para a estagnação.
O autoconhecimento é a sábia forma
para abrir as janelas e portas do nosso ser, assim como uma casa precisa ser
ventilada, o nosso ser precisa respirar a brisa de sua liberdade, precisa ter o
contato com a sua verdade. E é pelo autoconhecer-se que se inicia o
entendimento de sua dimensão. Quando despertamos, naturalmente começamos a nos
transformar em seres que também começam a cuidar melhor do Planeta e a ser mais
agradável à vida.
Não é ser apenas uma pessoa mais
gentil, é transformar-se numa alma mais iluminada, é desejar a paz aos
corações, é desejar que a luz ilumine tantos caminhos tristes e ainda grises, é
sentir-se um pouco mais feliz quando um número maior de almas também puder
sorrir mais.
Um estado que possivelmente ainda não
sentimos começará a nos tomar, a nossa mente barulhenta começará a silenciar, e
o nosso coração transbordará do mais nobre sentimento (que cura) ‒ o amor.
Perceberemos que tudo isso se deu pelo
autoconhecimento que permite ao espírito curar-se e dar a mão a quantos ainda
não tiveram a oportunidade de despertar.
E, certamente, não só ao Planeta
seremos uma agradável referência, mas ao todo começaremos a doar uma pequenina
chama.
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