terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

 



O autoconhecimento promove a transcendência


CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

O Planeta precisa de uma convivência humana mais amorosa, agradável, gentil, inteiramente oposta ao comportamento ainda impaciente, rude, egoísta, irascível comum. Se bem que seria muito melhor se este comportamento nunca tivesse nascido, porém tudo a seu tempo e estágio, tudo é criado conforme o seu destino. No entanto agora é o mais qualificado tempo para a maravilhosa transformação, não aquela referida apenas ao bom comportamento, pois essa facilmente se limitará, mas ao processo espiritual, a transcendência, já que tudo relativo ao espírito é verdadeiro e infinito.

Não basta ser educado com quem também o trata com educação; tampouco ser gentil com quem transborda gentileza; ainda não basta ser caridoso com quem muito já aprendeu com a caridade. É além, é transcender o nosso curso, é ser o nosso melhor como meio integral de vida. Não é escolher os atributos de acordo com quem se convive, é buscar a integridade na maior parte do tempo. Nunca nos disseram que o aprimoramento seria como uma mágica inexplicável e mirabolante, mas nos disseram sempre que o mais acertado caminho é aquele que, de fato, se deseja crescer.

O progresso é o rompimento da estrutura limitante do nosso ser; tudo o que aprisiona e impede é contrário à expansão do espírito, que é eterno e imensurável. Quanto antes necessitamos conhecer um pouco sobre a ilimitada e incomparável luz a que pertencemos. Tudo o que nos força à permanência é somente energia que se perde, paralisa em vez de seguir para a emancipação. Possuímos o movimento da elevação como tudo no Universo. Tudo foi criado para expandir, nada foi criado para a estagnação.

O autoconhecimento é a sábia forma para abrir as janelas e portas do nosso ser, assim como uma casa precisa ser ventilada, o nosso ser precisa respirar a brisa de sua liberdade, precisa ter o contato com a sua verdade. E é pelo autoconhecer-se que se inicia o entendimento de sua dimensão. Quando despertamos, naturalmente começamos a nos transformar em seres que também começam a cuidar melhor do Planeta e a ser mais agradável à vida.

Não é ser apenas uma pessoa mais gentil, é transformar-se numa alma mais iluminada, é desejar a paz aos corações, é desejar que a luz ilumine tantos caminhos tristes e ainda grises, é sentir-se um pouco mais feliz quando um número maior de almas também puder sorrir mais.

Um estado que possivelmente ainda não sentimos começará a nos tomar, a nossa mente barulhenta começará a silenciar, e o nosso coração transbordará do mais nobre sentimento (que cura) ‒ o amor.

Perceberemos que tudo isso se deu pelo autoconhecimento que permite ao espírito curar-se e dar a mão a quantos ainda não tiveram a oportunidade de despertar.

E, certamente, não só ao Planeta seremos uma agradável referência, mas ao todo começaremos a doar uma pequenina chama.

 

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