Concluímos
ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar o estudo do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de
Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela
EDICEL.
Estas foram
as questões propostas para o debate inicial:
1. Por que
somos espíritas?
2. Como
definir a importância da prece?
3. Que dever
incumbe aos espíritas da atualidade?
Realizamos,
ato contínuo, a leitura do texto que serviu de base aos estudos da noite,
verificando-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:
187. O
problema sexual deve ser encarado pelo espírita com naturalidade, em face da
naturalidade da função criadora. O sexo deve ser considerado como fonte de
força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não aviltado.
Entre o desregramento do pagão e o preconceito do cristão dogmático, o espírita deve manter-se no equilíbrio da
compreensão exata do valor do sexo. As fontes da vida não podem ser
desrespeitadas e afrontadas pela malícia e a impureza dos homens. (PP. 208 e
209)
189. É preciso, assim, compreender a nossa
respon-sabilidade de espíritas em todos os setores da vida contemporânea. Ora,
não somos espíritas por acaso, nem porque precisamos do auxílio dos Espíritos
para a solução dos nossos problemas terrenos. Somos espíritas porque assumimos
na vida espiritual graves responsabilidades para esta hora do mundo. (PP. 210 e
211)
190. O
Espiritismo não é uma velha religião nem uma concepção superada. É uma doutrina
nova, que apareceu precisamente para alicerçar o futuro. Suas bases não são
dogmáticas, mas científicas, experimentais. Sua estrutura não é teológica, mas
filosófica, apoiada na lógica mais rigorosa. Sua finalidade religiosa não se
define pelas promessas e as ameaças da Teologia, mas pela consciência da
liberdade humana e da responsabilidade espiritual de cada indivíduo, sujeita ao
controle natural da lei de causa e efeito. (P. 212)
191. O
espírita não tem, por isso, o direito de tremer e apavorar-se, nem de fugir aos
seus deveres e entregar-se aos instintos. Seu dever é um só: lutar pela
implantação do Reino de Deus na Terra. (P. 212)
194. Quando
alguns “mestres” ocultistas ou espíritas desavisados chamarem a prece de
muleta, o espírita convicto deve lembrar que o Cristo também a usava e também a
ensinou. (P. 214)
195. Os
problemas angustiantes do mundo atual não podem perturbar o verdadeiro
espírita, que sabe que a morte não existe, que a dor não é uma vingança dos
deuses ou um castigo de Deus e que a vida terrena é apenas um período de provas
e expiações, em que o Espírito imortal se aprimora, com vistas à verdadeira
vida. (P. 215)
196. O
espírita sabe que não tem apenas crenças, pois possui conhecimentos. E quem
conhece não teme, pois só o desconhecido nos apavora. O mundo atual é o campo
de batalha do espírita. Mas é também a sua oficina, em que ele forja um mundo
novo, constrói o seu futuro. (P. 217)
197. Se o
espírita recuar, se temer, se vacilar, pode comprometer a grande obra. (P. 217)
198. Em
resumo: O espírita é o consciente construtor de uma nova forma de vida humana
na Terra e de vida espiritual no Espaço. Sua responsabilidade é proporcional ao
seu conhecimento da realidade, que a Nova Revelação lhe deu. Seu dever de
enfrentar as dificuldades atuais e transformá-las não pode ser esquecido um
momento sequer. (P. 218)
Na etapa
final do estudo, foram lidas e comentadas as respostas dadas às perguntas
propostas:
1. Por que somos espíritas?
Não somos
espíritas por acaso. Somos espíritas – diz Herculano Pires – porque assumimos
na vida espiritual graves responsabilidades para esta hora do mundo, que passa
por um momento crítico de crescimento. É preciso, assim, compreender a nossa
responsabilidade de espíritas em todos os setores da vida contemporânea. (O Tesouro dos Espíritas, 2ª Parte, Marcha
para o Futuro, pp. 210 e 211.)
2. Como definir a importância da prece?
A prece é a
mais poderosa arma de que o espírita dispõe, como ensinou Kardec, como
proclamou Léon Denis e como o acentuou Miguel Vives. A prece verdadeira,
brotada do íntimo, como a fonte límpida brota das montanhas da terra, é dotada
de um poder não calculado pelo homem. O espírita deve utilizar-se
constantemente da prece. Ela lhe acalmará o coração inquieto e aclarará os
caminhos do mundo. (Obra citada, p. 214.)
3. Que dever incumbe aos espíritas da
atualidade?
O espírita é
o consciente construtor de uma nova forma de vida humana na Terra e de vida
espiritual no Espaço. Sua responsabilidade é proporcional ao seu conhecimento
da realidade, que a Nova Revelação lhe deu. Seu dever de enfrentar as
dificuldades atuais e transformá-las não pode ser esquecido um momento sequer. (Obra citada, pp. 217 e 218.)
*
Nota:
Realizaremos no mesmo dia e
local, a partir de 6 de maio, o estudo sequencial da obra Ação e Reação, autoria de André Luiz, psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita
Brasileira.
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