Conforme conhecida
norma da língua portuguesa, o pronome átono (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos,
lhes, os, as) deve ser colocado geralmente depois
do verbo:
- O curso inicia-se na terça-feira.
- A eleição da diretoria verificou-se ontem.
- Os estudos reiniciam-se hoje.
- O atacante feriu-se na partida.
A essa
colocação dá-se o nome de ênclise, que deve ser a norma em três situações bem
claras:
- Início de frase: Jogue-me a toalha.
- Com gerúndio: A mulher partiu, deixando-nos sozinhos.
- Com imperativo afirmativo: Soldados, levantem-se!
A ênclise,
porém, jamais deve ocorrer nos casos em que o pronome venha depois do futuro do presente, do futuro
do pretérito ou do particípio.
Estão
erradas, pois, estas construções:
- Direi-lhe.
- Matarei-o.
- O torneio iniciará-se.
- A vida devolveria-o.
- O João tem feito-nos de bobo.
- Tenho dito-lhe.
Não cabendo a
ênclise, e não podendo iniciar-se a frase com pronome átono, as orações acima
devem ser assim redigidas:
- Dir-lhe-ei.
- Matá-lo-ei.
- O torneio iniciar-se-á. (Ou: O torneio se iniciará.)
- A vida devolvê-lo-ia. (Ou: A vida o devolveria.)
- O João tem-nos feito de bobo. (Ou: O João nos tem feito de bobo.)
- Tenho-lhe dito.
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