quinta-feira, 3 de abril de 2014

Que entendemos por livre-arbítrio?



Patrícia indaga: Em que, na realidade, consiste o livre-arbítrio?
O livre-arbítrio pode ser definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.
Apanágio da criatura humana, o livre-arbítrio se amplia com o aprimoramento espiritual, quando o senso se responsabilidade mais claramente se acentua.
Pensar que seja a vida guiada por um determinismo em que todos os acontecimentos estejam fatalmente preestabelecidos é raciocinar de maneira ingênua, simplória, porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso. Seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à mercê dos acontecimentos.
O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente no momento em que ele se prepara para uma nova encarnação, quando pode escolher o gênero de existência e a natureza das provas a serem enfrentadas.
Escolhendo tal família, certo meio social, o Espírito sabe de antemão quais são as provas que o aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provas para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios.
Sobre o assunto escreveu Allan Kardec:
“A questão do livre-arbítrio se pode resumir assim:
O homem não é fatalmente levado ao mal; os atos que pratica não foram previamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir.
Assim, o livre-arbítrio existe para ele, quando no estado de Espírito, ao fazer a escolha da existência e das provas e, como encarnado, na faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que todos nos temos voluntariamente submetido.
Cabe à educação combater essas más tendências. Fá-lo-á utilmente, quando se basear no estudo aprofundado da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução e o temperamento pela higiene.” (O Livro dos Espíritos, item 872.)



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