CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
E foi assim,
com esta junção das palavras “feliz” e “idade”, se se falar com mais rapidez
que normalmente se pronuncia, surgirá de maneira implícita... a linda palavra
“felicidade”.
Pois bem, o
momento aprazível é quando o coração está desejoso de viver; porém, sem mais a
ansiedade que o descompassa e o neutraliza diante dos novos passos a dar.
Talvez os
mais jovens se sintam intrigados com a questão, então, digo-lhes: Também fui
jovem.
E quanta
motivação eu sentia em desbravar os morros, subir ao topo, fincar a bandeira
das minhas opiniões, liderar os que ainda não se sentiam seguros para caminhar.
Tamanha energia imprimia em ocasiões que nem com a maior certeza imaginada ou
suposto conhecimento adquirido poderia me certificar do real caminho
discernido, no entanto, estava pronta e à frente. Quando não se administra os
planos para os determinados fins, raramente os propósitos são conquistados.
Se na minha jovialidade,
ou seja, juventude, soubesse um pouco mais sobre a arte de viver, teria
economizado energia para outras empreitadas e alcançado maior número de boas
realizações. Sem dúvida, se hoje esse pensamento é parte das minhas
concatenações ideológicas é porque somente o tempo das experiências me
proporcionou.
A madureza
permite aos olhos, principalmente, espirituais, a compreensão de olhares, de
direções, de atitudes mais produtivas e a constatação de apropriados resultados
nos fins normais de cada andamento.
Algo que me é
encantador, é estar feliz no tempo atual, pois o jovem deve ser feliz no seu
momento; o adulto também deve estar bem com os seus dias; o mais experiente,
este deve estar com a bagagem normalmente auferida, pelo menos a calma das
horas deverá ter conquistado para os seus dias.
Por mais
rápido que a vida passe é esplêndida a sua doação de fatos para cada alma...
espírito, universo completo, em sua órbita de existências.
Somente criou
experiência quem experimentou viver, assim, aprendeu o bem, o mal; o certo, o
incerto; o confiável, o sem condições ainda de confiar.
Então, é de
se esperar que hoje, em minha vida, seja o momento da grande “felizidade”. As
lições a superar, com empenho, foram, em sua medida, solucionadas
vitoriosamente; a crença em algo incomparável a qualquer maior grandeza que
minha alma sequer vislumbrou, já é fator decisivo e imprescindível.
Quando a
criança não mais tropeça e nem cai com frequência, ela se torna mais feliz e
segura, começou a compreender o desenvolvimento de caminhar e de se manter mais
equilibrada. Assim, são as pessoas que tendem a lograr mais bom senso e
sabedoria ao longo das estações.
E se hoje
defendo a experiente idade como, para mim, a melhor, é porque sou aprendiz e
graduada de tudo o que já vivenciei; continuarei mais aluna do que mestre ainda
ao longo da jornada, isso não significa que estou isenta de minha
responsabilidade, porém, preciso bem mais aprender e observar.
Incontestavelmente
sou amante da vida. Em todas as etapas sorri; enfraqueci, e fortaleci; chorei;
voltei a viver; conquistei curtos passos, mas... amei... sempre amei muito.
Neste
momento, tenho as melhores condições para sentir a vida e afirmar que agora é a
minha mais feliz... idade.
Estendo os
meus benéficos votos ao universo para que o maior número de espíritos e almas
rumo à eternidade esteja no seu tempo mais jubiloso por enquanto, pois o melhor
sempre nos espera; que sejamos timoneiros centrados no bem e no progresso.
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