terça-feira, 15 de abril de 2014

Feliz idade na vida


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

E foi assim, com esta junção das palavras “feliz” e “idade”, se se falar com mais rapidez que normalmente se pronuncia, surgirá de maneira implícita... a linda palavra “felicidade”.
Pois bem, o momento aprazível é quando o coração está desejoso de viver; porém, sem mais a ansiedade que o descompassa e o neutraliza diante dos novos passos a dar.
Talvez os mais jovens se sintam intrigados com a questão, então, digo-lhes: Também fui jovem.
E quanta motivação eu sentia em desbravar os morros, subir ao topo, fincar a bandeira das minhas opiniões, liderar os que ainda não se sentiam seguros para caminhar. Tamanha energia imprimia em ocasiões que nem com a maior certeza imaginada ou suposto conhecimento adquirido poderia me certificar do real caminho discernido, no entanto, estava pronta e à frente. Quando não se administra os planos para os determinados fins, raramente os propósitos são conquistados.
Se na minha jovialidade, ou seja, juventude, soubesse um pouco mais sobre a arte de viver, teria economizado energia para outras empreitadas e alcançado maior número de boas realizações. Sem dúvida, se hoje esse pensamento é parte das minhas concatenações ideológicas é porque somente o tempo das experiências me proporcionou.
A madureza permite aos olhos, principalmente, espirituais, a compreensão de olhares, de direções, de atitudes mais produtivas e a constatação de apropriados resultados nos fins normais de cada andamento.
Algo que me é encantador, é estar feliz no tempo atual, pois o jovem deve ser feliz no seu momento; o adulto também deve estar bem com os seus dias; o mais experiente, este deve estar com a bagagem normalmente auferida, pelo menos a calma das horas deverá ter conquistado para os seus dias.
Por mais rápido que a vida passe é esplêndida a sua doação de fatos para cada alma... espírito, universo completo, em sua órbita de existências.
Somente criou experiência quem experimentou viver, assim, aprendeu o bem, o mal; o certo, o incerto; o confiável, o sem condições ainda de confiar.
Então, é de se esperar que hoje, em minha vida, seja o momento da grande “felizidade”. As lições a superar, com empenho, foram, em sua medida, solucionadas vitoriosamente; a crença em algo incomparável a qualquer maior grandeza que minha alma sequer vislumbrou, já é fator decisivo e imprescindível.
Quando a criança não mais tropeça e nem cai com frequência, ela se torna mais feliz e segura, começou a compreender o desenvolvimento de caminhar e de se manter mais equilibrada. Assim, são as pessoas que tendem a lograr mais bom senso e sabedoria ao longo das estações.
E se hoje defendo a experiente idade como, para mim, a melhor, é porque sou aprendiz e graduada de tudo o que já vivenciei; continuarei mais aluna do que mestre ainda ao longo da jornada, isso não significa que estou isenta de minha responsabilidade, porém, preciso bem mais aprender e observar.
Incontestavelmente sou amante da vida. Em todas as etapas sorri; enfraqueci, e fortaleci; chorei; voltei a viver; conquistei curtos passos, mas... amei... sempre amei muito.
Neste momento, tenho as melhores condições para sentir a vida e afirmar que agora é a minha mais feliz... idade.
Estendo os meus benéficos votos ao universo para que o maior número de espíritos e almas rumo à eternidade esteja no seu tempo mais jubiloso por enquanto, pois o melhor sempre nos espera; que sejamos timoneiros centrados no bem e no progresso.

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