Levamos a
efeito ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar mais uma etapa do estudo
metódico do livro O Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada
pela EDICEL.
Eis as
questões propostas inicialmente para debate:
1. Como
devemos tratar as demais religiões?
2. As
instituições espíritas devem funcionar como casas de instrução?
3. Por que a
instrução é importante para o espírita?
Em seguida realizamos
a leitura do texto – abaixo reproduzido – que serviu de base aos estudos da
noite, verificando-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:
163. As
religiões são escolas, em que os Espíritos aprendem a verdade espiritual. “Quem
já passou pela escola primária e está na secundária pode frequentar ao mesmo
tempo as duas?” Se o Espiritismo nos ensina que o que vale é a intenção, como
havemos de continuar na prática dos ritos? Se já aprendemos que Deus está no
coração de cada um, como continuarmos a incensá-Lo no altar? Se sabemos que os
sacramentos são fórmulas exteriores, simples símbolos destinados a ensinar
verdades mais profundas, havemos de regredir à prática das fórmulas? (P. 178)
164. O
espírita não tem apenas liberdade, mas também responsabilidade. Ele está em
condições de participar dos ídolos, isto é, dos sacramentos e rituais das
igrejas, sem se afetar pessoalmente. Mas não pode esquecer que, agindo assim,
afetará os outros. “Se, pelo seu exemplo, abrir as portas do movimento espírita
à infiltração de elementos formalistas, será responsável pela deformação da
prática doutrinária.” (P. 180)
165. Em
conclusão: O espírita deve respeitar todas as crenças sinceras, todas as
religiões que levam a criatura ao Criador, não atacando nenhuma nem zombando de
suas práticas; mas não tem o direito de, em nome da tolerância, tornar-se
cúmplice de práticas religiosas ou de ensinos teológicos que podem levar seus
irmãos de volta ao passado. (P. 181)
166. O
espírita tem o dever de instruir-se, de integrar-se na cultura do seu tempo. O
Espírito da Verdade trouxe-nos um mandamento novo, ao declarar: Espíritas,
amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. (P. 182)
169. Estamos
na idade da razão, na fase racional da evolução humana. Temos de alicerçar a
nossa fé no conhecimento, se quisermos que ela seja uma luz para todos e não
apenas uma lamparina de uso particular. (P. 185)
170. Não há
lugar para beatos no Espiritismo. Os que nele quiserem permanecer deverão
instruir-se, libertando-se de suas falsas ideias, de seus conceitos antiquados,
de seus erros. (P. 186)
171. As
instituições espíritas, por sua vez, devem tornar-se verdadeiras casas de
instrução, não apenas evangélica e doutrinária, mas de cultura geral. Os
Centros podem manter escolas superiores e fundar Universidades, porque a
Universidade Espírita é a nova luz que deve raiar no mundo da cultura. (P. 187)
172. Mas a escola
espírita não será nem poderá ser sectária. Será a escola de todos, oferecendo a
todos a nova cultura que o Espiritismo vem implantar na Terra. As escolas do
mundo, sabe-se, ensinam o materialismo, ao lado do dogmatismo religioso.
Difundem conhecimentos e superstições em mistura, semeando o ateísmo. É dever
dos espíritas, como foi dever dos judeus no seu tempo e dever dos cristãos de
seu tempo, criar uma nova modalidade de instrução e preparar o mundo para uma
nova cultura. (P. 188)
173. Em
conclusão: O dever do espírita é estudar e esclarecer-se quanto aos princípios
de sua própria doutrina. A fé raciocinada exige o desenvolvimento das
potencialidades da razão, o que só pode ser feito através da instrução. Para
amar e auxiliar o próximo, o espírita não pode estacionar na ignorância:
precisa aprender, adquirir conhecimentos, instruir-se. (P. 189)
174. O
Espiritismo é a política do amor, mas os espíritas são, geralmente, estranhos à
política do mundo. Detestam o ambiente de mesquinhez interesseira em que se
processam as manobras políticas. E não admitem que o Espiritismo seja envolvido
na política, no que procedem muito bem. (PP. 190 e 191)
Na conclusão
do estudo, foram lidas e comentadas as respostas dadas às perguntas propostas:
1. Como devemos tratar as demais religiões?
Devemos
respeitar todas as crenças sinceras, todas as religiões que levam a criatura ao
Criador, não atacando nenhuma nem zombando de suas práticas; mas não temos o
direito de, em nome da tolerância, tornar-nos cúmplices de práticas religiosas
ou de ensinos teológicos que podem levar nossos irmãos de volta ao passado. (O Tesouro dos Espíritas, 2ª Parte, Marcha
para o Futuro, pp. 180 e 181.)
2. As instituições espíritas devem
funcionar como casas de instrução?
Sim. Devem
tornar-se verdadeiras casas de instrução, não apenas evangélica e doutrinária,
mas de cultura geral. (Obra citada, p.
187.)
3. Por que a instrução é importante para o
espírita?
A fé
raciocinada exige o desenvolvimento das potencialidades da razão, o que só pode
ser feito através da instrução. Para amar e auxiliar o próximo, o espírita não
pode estacionar na ignorância: precisa aprender, adquirir conhecimentos,
instruir-se. (Obra citada, p. 189.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário