quarta-feira, 10 de junho de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 6

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra No Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

41. O bem e o mal que praticamos assumem um vulto diferente depois da desencarnação?
Sim. "Depois do sepulcro – afirmou a mãe de Cecília – o dia do bem é mais luminoso, e a noite do mal é, sobremaneira, mais densa e tormentosa.” Com essa nova visão, proporcionada pela desencarnação, a humilhação é vista como uma bênção, e a dor como preciosa oportunidade. (No Mundo Maior, cap. 10, pp. 147 a 149.)
42. No momento em que se dá o abortamento, que se passa com o reencarnante?
Segundo o caso Cecília, narrado neste livro, o ser abortado reage ao ser violentado, como que aderindo, desesperadamente, às paredes placentárias, e sua mente começa a despertar à medida que aumenta o esforço de extração. Semidesperto, o Espírito reflete extremo desespero; lamenta-se com gritos de aflição; expede vibrações mortíferas; balbucia frases desconexas. (Obra citada, cap. 10, pp. 149 a 151.)
43. O ódio pode matar?
Sim. Segundo Calderaro, o ódio vem exterminando diariamente criaturas no mundo todo, com intensidade e eficiência mais arrasadoras que as de todos os canhões da Terra. No abortamento provocado por Cecília, ela acabou perecendo por influência direta do psiquismo do Espírito rejeitado. (Obra citada, cap. 10, pp. 152 e 153.)
44. Os desequilíbrios decorrentes do sexo cessam com a morte do corpo físico?
Não. Os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos, mas constituem fenômeno peculiar ao psiquismo humano, em marcha para superiores zonas da evolução. É, pois, inútil supor que a morte física ofereça solução pacífica aos Espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. Sua loucura não procede de simples modificações do cérebro. Dimana da dissociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação. A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma. (Obra citada, cap. 11, pp. 154 a 157.)
45. As lesões da alma podem ser tratadas apenas com remédios?
Não. A medicina tradicional pode inventar mil modos de auxiliar o corpo enfermo, mas foge à sua competência a prática da medicina da alma, que ampara o Espírito enleado nas sombras. Havendo mais amor ante os vales da demência, as quedas cederão lugar a experiências santificantes. O amor espiritualizado, filho da renúncia cristã, é a chave capaz de abrir as portas do abismo para onde rolaram e rolam milhares de criaturas, todos os dias. Distribuamos a bênção do entendimento entre os homens; estendamos mão forte a todos os espíritos que se encontram prisioneiros do distúrbio das sensações, fazendo-lhes sentir que as oficinas do trabalho renovador permanecem abertas a todos os filhos de Deus, aperfeiçoando-lhes os sentimentos, sublimando-lhes os impulsos, dilatando-lhes a capacidade espiritual. (Obra citada, cap. 11, pp. 160 a 162.)
46. Como nos libertar do cativeiro do sexo atormentado?
O cativeiro dos tormentos do sexo é questão pertinente à alma e demanda processo individual de cura, que o Espírito resolverá no tribunal da própria consciência. Os escravos das perturbações do campo sensorial só por si mesmos serão liberados, dilatando o entendimento, compreendendo os sofrimentos alheios e as dificuldades próprias, e aplicando, enfim, o "amai-vos uns aos outros", tanto na doutrinação como no imo da alma, com as melhores energias do cérebro e com os melhores sentimentos do coração. (Obra citada, cap. 11, pp. 162 e 163.)
47. Que faltou à teoria de Freud?
Freud centralizou seu ensino no impulso sexual, a que conferiu caráter absoluto, enquanto duas correntes de psicologistas, inicialmente filiadas a ele, se diferenciaram na interpretação. A primeira delas estuda o anseio congênito da criatura, no que se refere ao relevo pessoal, enquanto a segunda proclama que, além da satisfação do sexo e da importância individualista, existe o impulso da vida superior que tortura o homem terrestre mais feliz. Angústia sexual, aquisição de poder e ideia de superioridade, eis as três vertentes, que se identificam e são dotadas de uma certa dose de razão. Falta-lhes, porém, o conhecimento básico do reencarnacionismo. Não podemos afirmar que tudo, nos círculos carnais, constitua sexo, desejo de importância e aspiração superior; mas, chegados à compreensão de agora, podemos assegurar que tudo, na vida, é impulso criador. (Obra citada, cap. 11, pp. 164 e 165.)
48. O conhecimento da reencarnação é importante para solucionar as questões da alma?
Sim. É impossível resolver tais questões em caráter definitivo sem as noções de evolução, aperfeiçoamento, responsabilidade, reparação e eternidade. Não vale descobrir complexos e frustrações, identificar lesões psíquicas e deficiências mentais, sem as remediar. Em suma, não satisfaz o simples exame da casca: é essencial atingir o cerne e determinar modificações nas causas e, para isso, é imprescindível admitir a realidade do reencarnacionismo e da imortalidade. (Obra citada, cap. 11, pp. 167 e 168.)

Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-5.html




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