No Mundo Maior
André Luiz
Parte 7
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série,
prosseguimos nesta data o estudo da obra No
Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada
em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
49. Qual é a principal
característica da esquizofrenia?
A esquizofrenia, originando-se de sutis perturbações do organismo
perispirítico, traduz-se no corpo denso por surpreendente conjunto de moléstias
variáveis e indeterminadas. Essa seria a principal característica da
enfermidade: a diversidade de moléstias variadas e indeterminadas. (No Mundo Maior, cap. 12, pp. 169 e 170.)
50. Os crimes
que praticamos ficam de algum modo gravados?
Sim, ficam gravados na consciência. E é isso que o caso
Fabrício mostrava: um doente sem paz, que escapara à justiça do homens, mas não
pôde eliminar dos escaninhos da consciência os resquícios dos males praticados.
Os remanescentes do crime estavam guardados em sua mente como carvões em
paisagem denegrida, após incêndio devorador, e esses carvões convertiam-se em
brasas vivas, sempre que excitados pelo sopro das recordações. (Obra citada,
cap. 12, pp. 173 e 174.)
51. Por que a
assistência médica prestada a Fabrício não o levaria à cura?
A razão disso não é de difícil compreensão. O Espírito delinquente
pode receber os mais variados gêneros de colaboração, mas será sempre o médico
de si mesmo, o que implica dizer que sua cura dependeria de uma transformação
interior, algo que a medicina e os remédios não podem fazer, visto que dependem
unicamente da pessoa. (Obra citada, cap. 12, pp. 174 a 176.)
52. Que pode
ocorrer com os criminosos que escapam à justiça dos homens?
A Justiça Divina se cumpre sempre, embora os homens não a
identifiquem no mecanismo de suas relações ordinárias. Os criminosos podem, por
muito tempo, escapar aos corretivos da justiça do mundo, mas, cedo ou tarde,
vaguearão perante seus irmãos em humanidade, em baixo terreno espiritual,
representado no quadro de aflições punitivas. Para a família, Fabrício era um
esquizofrênico, mas, para os Espíritos que o socorriam, era ele um companheiro
acidentado na ambição inferior, curtindo amargos resultados de seus propósitos
de dominar egoisticamente na vida. (Obra citada, cap. 12, pp. 174 a 176.)
53. Quem era o
neto que Fabrício amava tanto?
O menino era o ex-pai de Fabrício, que voltara ao convívio
do filho delinquente pelas portas benditas da reencarnação. Único neto do
enfermo, ele assumiria mais tarde a direção dos patrimônios materiais da
família, bens que inicialmente lhe pertenciam. A Lei de Deus jamais dorme.
(Obra citada, cap. 12, pp. 178 e 179.)
54. Quem amparou
Antonina, evitando que ela se suicidasse?
Sua mãe e Márcio, um amigo do passado longínquo, que se
acercou dela, pousou-lhe a destra luminosa sobre a fronte e falou-lhe com
ternura: "Antonina, por que esse desânimo, quando a luta redentora apenas
começa? olvidaste, acaso, que não somos órfãos? Acima de todos os obstáculos
paira a Infinita Bondade. Recusas a porta estreita, que nos proporcionará o
venturoso acesso ao reencontro?" Essas palavras deram início a uma longa
conversa que fez com que mudasse por completo o panorama íntimo da jovem. (Obra
citada, cap. 13, pp. 183 a 185.)
55. Que lhe
disse Márcio a respeito das inquietações do sexo?
Logo depois de dizer-lhe que as inquietações do sexo haviam
tomado certo vulto na intimidade dela, Márcio lembrou-lhe que não está no sexo
a fonte exclusiva do amor. "O amor – disse-lhe o amigo – é sol divino a
irradiar-se através de todas as magnificências da alma. Por vezes, somos privados
de sensações que ansiáramos, inibidos de usar as energias criadoras das formas
físicas, a fim de buscarmos patrimônios mais altos do ser; nem por isso,
contudo, tais percalços nos impedem a exteriorização do sublime
sentimento." (Obra citada, cap. 13, pp. 187 a 189.)
56. Antonina, ao
despertar do sono, pôde recordar tudo o que ocorreu naquela noite?
Não. Ela despertou reanimada e feliz, mas Calderaro, que a
ajudou a reapossar-se do corpo físico, cuidou, por meio de emanações fluídicas
anestesiantes, para que não lhe fosse permitido o júbilo de recordar, em todas
as suas particularidades, a experiência da noite. A lembrança integral do
ocorrido provavelmente a enlouqueceria de ventura. (Obra citada, cap. 13, pp.
189 a 191.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-6.html
Como consultar as matérias deste
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