quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 13

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


97. Por que Zulmira se encontrava prostrada e em situação lastimável?

Ela ainda rememorava a cena do afogamento de seu enteado, sem imaginar que o retivera nos braços como filho, e pensava que a perda deste era uma punição por sua culpa. De fato, a morte de Júlio constituía dolorosa pena imposta ao seu coração. A pobre mulher reconhecia-se esmagada; o complexo de culpa retomara-lhe o cérebro e enfermara-lhe o coração. Após examiná-la e ver diversos medicamentos à cabeceira, Clarêncio informou: "O remédio de Zulmira é daqueles que a farmácia não possui. Virá dela mesma. Precisamos refazer-lhe a esperança e o gosto de viver. Descontrolou-se-lhe, de novo, a mente. Desinteressou-se da luta e a abstenção de alimentos acarreta-lhe a inanição progressiva". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXIV, págs. 218 e 219.)

98. Que entidade assistia o enfermeiro Mário em sua casa?

Era uma freira desencarnada que rezava junto dele. Ela ali estava, desde algumas horas, em serviço de vigilância, pois o estado de Mário era francamente anormal e ela temia a intromissão de Espíritos "diabólicos". A freira colaborava no hospital onde trabalhava Mário Silva, de quem ela disse, piedosa: "É um cooperador devotado às crianças doentes e a cuja assiduidade e carinho muito passamos a dever". E, numa linguagem genuinamente católica romana, ajuntou: "Muitas almas benditas têm descido do Céu para testemunhar-lhe agradecimento”. (Obra citada, cap. XXXIV, págs. 220 e 221.)

99. A que organização pertencia a bondosa irmã?

Ela pertencia a uma organização espiritual de servidores católicos, dedicados à caridade evangélica. "Temos diversas instituições dessa natureza, em cujos quadros de serviço inúmeras entidades se preparam gradualmente para o conhecimento superior", acrescentou o Ministro, explicando que todas as escolas religiosas dispõem de grandes valores na vida espiritual. "Nas religiões – aditou Clarêncio –, o campo da sublimação está povoado pelos Espíritos generosos e liberais, conscientes de nossa suprema destinação para o bem, ao passo que, nas linhas escuras da ignorância, ainda enxameiam as almas pesadas de ódio e egoísmo". (Obra citada, cap. XXXIV, págs. 221 a 224.)

100. Por que os passes magnéticos não poderiam ajudar Mário Silva?

Clarêncio explicou: "O auxílio dessa natureza ampara-lhe as forças, mas não resolve o problema. Silva deve ser atingido na mente, a fim de melhorar-se. Requisita ideias renovadoras e, no momento, Antonina é a única pessoa capaz de reerguê-lo com mais segurança". E acrescentou: "Tudo na vida tem a sua razão de ser. Noutra época, Silva, na personalidade de Esteves, aliou-se a Antonina, então na experiência de Lola Ibarruri, para se afogarem no prazer pecaminoso, com esquecimento das melhores obrigações da vida. Atualmente, estarão reunidos na recuperação justa. Os que se associam na leviandade, à frente da Lei, acabam esposando enormes compromissos para o reajustamento necessário. Ninguém confunde os princípios que regem a existência". (Obra citada, cap. XXXIV, págs. 224 a 226.)

101. Em situações como a de Mário Silva o desabafo ajuda?

Sim. E de novo a explicação veio de Clarêncio: "O desabafo descarregar-lhe-á a atmosfera mental, favorecendo-lhe o alívio e a recepção de elementos renovadores". Dito isso, o Ministro abraçou-o, envolvendo-o em amorosa solicitude. Aquele amplexo afetuoso e longo pareceu a André um apelo às energias recônditas do rapaz que, de imediato, levantou-se e vestiu-se e, ignorando por que assim agia, dirigiu-se à casa de Antonina, que o acolhera carinhosamente na antevéspera. (Obra citada, cap. XXXV, págs. 227 e 228.)

102. Que é que Antonina disse a Mário a respeito da dor e sua importância em nossa vida?

Primeiramente, Antonina disse-lhe que compreendia seu drama de homem rudemente provado na forja da vida, e relatou-lhe, em seguida, suas próprias lutas e decepções. Casando-se por amor, viu-se espoliada em suas melhores esperanças ao ser relegada pelo marido a dolorosa penúria. Depois, quando era intensa a agonia doméstica, viu um filhinho morrer ao toque das aflitivas provações que lhe flagelavam a casa. "Graças a Deus, todavia, reconheço – disse ela ao enfermeiro – que seríamos tão somente ignorância e miséria sem o auxílio da dor." "O sofrimento é uma espécie de fogo invisível, plasmando-nos o caráter." (Obra citada, cap. XXXV, págs. 228 a 230.)

103. Ao tratar do tema reencarnação, que palavras disse Antonina ao enfermeiro?

Antonina disse-lhe que todos nós somos viajores no grande caminho da eternidade e que o corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. “Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo”, asseverou Antonina. (Obra citada, cap. XXXV, págs. 230 a 232.)

104. Que providência sugeriu Antonina com objetivo de asserenar o coração do enfermeiro?

Ela disse a Mário Silva que ele poderia ajudar Zulmira e Amaro, aproximando-se deles. E, enquanto lhe acariciava as mãos, convidou-o a visitarem juntos o casal sofredor, na noite seguinte. Mário aceitou a gentileza, exultante, porque estava convencido de que, ao lado dela, encontraria uma solução. (Obra citada, cap. XXXV, págs. 232 a 233.)

 

 

Observação: Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/12/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-12.html

 

 

 

 

 

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