segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

 



Grilhões Partidos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 9 e final

 

Concluímos hoje o estudo – sob a forma dialogada – do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1974.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Grilhões Partidos”.

Eis as questões de hoje:


65. Qual era o estado de Ester quando se deu seu reencontro com os pais? 

Cambaleante, exaurida e revelando na face o longo cativeiro e o abandono que sofria, Ester parecia um escombro humano, alguém que saíra de um campo de extermínio, não de um Hospital. Logo que os pais a abraçaram, Ester foi acometida de uma vertigem, decorrente da debilidade e da emoção do encontro. Logo depois, recobrou parcialmente a lucidez e foi levada à Casa de Jacarepaguá, mas, sem recobrar totalmente a razão, balbuciava palavras ininteligíveis, desconexas, entremeadas de soluços e suspiros entrecortados. (Grilhões Partidos, cap. 23, pp. 213 a 216.)

66. Como se chamava a mãe do soldado Matias e como se deu seu primeiro encontro com o Coronel Santamaria? 

Ela, que contava então pouco mais de 50 anos, chamava-se Abigail. O encontro foi amistoso e ela a tudo ouviu, paciente. Ao fim da conversa, o Coronel e ela encerraram o encontro com uma prece em favor de Matias e deles mesmos. (Obra citada, cap. 23, pp. 216 a 220.)

67. No dia em que a mãe de Matias foi visitada pelo Coronel Santamaria, fazia quantos anos que o ex-soldado morrera em combate? 

Quase dezessete anos fazia que Matias tombara em combate na Itália. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 223.)

68. Que Espíritos estiveram presentes à reunião realizada à noite no lar da genitora de Matias e que resultado se obteve no encontro? 

Sob a direção do Dr. Bezerra de Menezes reuniram-se ali, naquela noite, os Espíritos de Josefa, Abigail, Coronel Santamaria e Ester, todos em desprendimento durante o sono. Dentre os desencarnados, participaram do encontro José Petitinga, Manoel Philomeno e Melquíades, além de muitos amigos espirituais de Josefa e D. Abigail, interessados na tranquilidade de ambas. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 226.)

69. No dia seguinte ao da reunião, como foi o despertar de D. Abigail e de sua filha? 

D. Abigail despertara muito cedo e, embora não recordasse os pormenores, tinha em mente o sonho agradável. Josefa despertou, após o sonho ditoso, recordando-se com surpreendente nitidez da ocorrência espiritual. O quarto exíguo, nauseante, sombrio e abafado, em contraste com o dia de sol claro, que convidava à vida, amargurou-a mais do que noutras vezes. A jovem tremia como varas verdes. Um terror dominou-a. Temia, com razão, o desforço dos comparsas de ilusão. Sentiu-se então desvairar, a cabeça rodopiou e as entidades desencarnadas que a vampirizavam tentaram agredi-la. Bezerra de Menezes e Manoel Philomeno, que a tudo assistiam, aguardavam a decisão da jovem, em respeito ao livre-arbítrio de que todos somos titulares. Josefa, cercada dos malfeitores que escolhera por vontade própria, atônita, recordou-se do sonho novamente e começou a orar, apoiando-se ao portal do quarto. A prece ansiosa e confiante envolveu-a em vibrações diferentes. A moça apelava, comovida, necessitada, e, como nenhum pedido aos Céus se demora sem resposta, o Benfeitor Espiritual aproximou-se, expulsou os parasitas espirituais, concentrou-se e falou-lhe enérgico: "Vem! Jesus está aguardando por ti. Vem! Agora, ou só muito tarde..." Josefa não registrou o chamado nos seus ouvidos carnais, mas na acústica da alma a voz vigorosa de Bezerra dava-lhe forças. "Valei-me, Mãe Santíssima! – ela rogou, em lágrimas. Socorrei-me, Senhora!" E, adquirindo novo alento, a jovem desceu a escada, passou pelo balcão da entrada e saiu, em direção ao lar materno, para nunca mais regressar. (Obra citada, cap. 24, pp. 227 a 230.)

70. Diante da proposta feita pelo Coronel Santamaria de levá-la para o Rio, qual foi a decisão de D. Abigail? 

Com o apoio de Teófilo e de Josefa, que concordou plenamente com a proposta, D. Abigail assentiu. Assim, em breve tempo, o Coronel, Abigail e Josefa chegavam ao aeroporto do Rio de Janeiro, onde dona Margarida, previamente avisada, os aguardava. (Obra citada, cap. 24, pp. 231 e 232.)

71. Que ensinamento pertinente à importância do desejo nos processos de reabilitação podemos extrair do caso Josefa? 

"O desejo veemente é apenas o passo inicial da reabilitação." Estas palavras de Manoel Philomeno de Miranda indicam que a jornada espiritual, do vale à altura, é lenta e acidentada, até que a visão dos cimos coroe de alegrias, luz e belezas a vastidão das sombras donde provém. Exige, portanto, contributo especial dos interessados diretos. No caso de Josefa e Abigail, como ambas estivessem lutando pela ascensão, isto lhes facultava receber mais direta ajuda do Alto. (Obra citada, cap. 24, pp. 233 e 234.)

72. Que disse Matias em sua comunicação na Casa Espírita, estando ali presentes a mãe e a irmã? 

O ex-pracinha, surpreendido pela evidência dos fatos e a nobreza de propósitos do antigo desafeto, prorrompeu em súplica comovida. Em seguida, disse: "Mamãe! Querida mãezinha!" Dirigido por Bezerra, o filho falou à mãe saudosa, concitando a irmã enganada à vida nova. Recordou cenas da infância, descuidos da juventude. Riu, chorou, vivendo o momento precioso, concedido pela misericórdia do Pai Supremo que nos rege os destinos. Abigail e Josefa ouviam-no comovidas e felizes. Matias prometia procurar, a partir daquele momento, a rota da regeneração, na esperança de um dia encontrar a paz e poder ser útil. E, dirigindo-se ao Coronel Santamaria, disse: "Jamais me esquecerei, senhor, do que foi feito pelas minhas amadas familiares... Perdoai-me pelo quanto vos fiz sofrer, à vossa esposa e filha! Que Ester também me possa perdoar! Sou o filho pródigo, suplicando indulgência antes que perdão. Mercê de Deus, irei tentar a própria elevação, a fim de reparar-vos os males infligidos e as dores que vos impus..." Em seguida, finalizando sua mensagem, rogou orações por ele e a bênção de sua mãe: "Abençoe-me, mamãe! Coragem e fé, Josefa. A vida é o que dela fazemos. Teu irmão vive e não te esquece. Até breve!" (Obra citada, cap. 24, pp. 234 a 238.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/01/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de_11.html

 

 

 

 

 

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