quarta-feira, 16 de junho de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 6

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

41. Luís, que estava parcialmente desligado do corpo que dormia, viu Silas e André?

Não. No local onde estava, contemplando grandes maços de dinheiro, Luís, então desligado do corpo pela influência do sono, não percebeu os dois visitantes que, no entanto, foram vistos pelos irmãos desencarnados Leonel e Clarindo. Estes contaram então qual era o plano que desenvolviam naquela casa, decorrente da vingança que exerciam contra seu irmão com vistas a recuperar a fortuna que lhes foi tirada. (Ação e Reação, cap. 8, pp. 107 a 109.)

42. Onde os irmãos Leonel e Clarindo aprenderam a técnica obsessiva que aplicavam naquele caso?

Eles aprenderam essa técnica nas escolas de vingadores – organizações mantidas por Inteligências criminosas, homiziadas temporariamente nos planos inferiores. A técnica consistia em exacerbar em Luís o sentimento de usura e o apego ao dinheiro. A técnica parte do pressuposto de que todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, um "desejo-central" ou "tema básico" dos interesses mais íntimos, que, no caso de Luís, era a avareza e a cupidez.  (Obra citada, cap. 8, pp. 109 e 110.)

43. As tentações têm ligação direta com esse “desejo-central”?

Sim. Cada pessoa é tentada exteriormente pela tentação que alimenta em si própria. Segundo Silas, todo indivíduo vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo, angariando as influências felizes ou infelizes que o mantêm na situação que ele busca. (Obra citada, cap. 8, pp. 111 e 112.) 

44. Que avaliação fez Silas a respeito dos irmãos Leonel e Clarindo?

Silas disse a André Luiz que, pela conversa de Leonel, percebera que lidavam com duas vigorosas inteligências, cuja modificação inicial deveria ser feita com amor, para realizar-se com segurança. (Obra citada, cap. 8, pp. 112 a 114.)

45. Podemos dizer que a vítima de usura é, no fundo, um doente?

Sim. E esse era o caso de Luís, o fazendeiro. Pessimista e usurário, era ele, em verdade, um doente necessitado de compaixão. Segundo o Assistente Silas, existem moléstias da alma que arruínam a mente por tempo indeterminado. Quem seria aquele homem, se amparado por influências outras? Reportando-se ao caso, Silas explicou que Luís, espiritualmente abafado entre as visões da fortuna terrestre, perdeu o contacto com os livros nobres e com as nobres companhias. Tem a socorrê-lo apenas a religião domingueira dos crentes que se julgam exonerados de qualquer obrigação para com a fé, contanto que participem do ofício de adoração a Deus, no fim de cada semana. Quem poderia prever-lhe as mudanças benéficas, desde que pudesse receber outro tipo de assistência? (Obra citada, cap. 9, pp. 115 e 116.)

46. Jesus ensinou-nos que devemos amar os nossos inimigos. Como Silas entendia essas palavras?

Reportando-se ao assunto, ele disse: "Muitas vezes, penso que semelhante afirmativa, corretamente interpretada, quer assim dizer: – Ajudai aos vossos inimigos para que possam pagar as dívidas em que se emaranharam, restaurando o equilíbrio da vida, no qual tanto eles quanto vós sereis beneficiados pela paz". De fato, como pode o devedor resgatar-se, quando o credor lhe subtrai todas as possibilidades de solver os débitos? Que a nós mesmos cabe sanar os males de que somos autores, não padece qualquer dúvida; mas, se nos compete retificar hoje uma estrada que ontem desorganizamos, como proceder se nos decepam as mãos? (Obra citada, cap. 9, pp. 117 e 118.)

47. Por que Silas repeliu Aída, a segunda esposa de seu pai?

Silas assim procedeu movido pela sovinice, pela ambição e sua paixão pelo dinheiro. Silas, vendo o pai enfermo, não concordava em dividir a herança com a madrasta, uma mulher bem mais jovem que ele julgava haver-se casado com seu pai somente por interesse. Ele pensou então em desmoralizá-la aos olhos do pai e assim tramava, quando surgiu a oportunidade esperada. O plano surtiu resultado e Aída, em determinado dia, foi surpreendida pelo marido em um inexplicável flagrante de adultério. (Obra citada, cap. 9, pp. 121 a 123.)

48. A cena do adultério teve maiores consequências?

Sim. Aída abateu-se muito e teve de ser atendida por dois médicos de confiança da família. Dias depois, ela apareceu morta. Os clínicos positivaram um envenenamento fulminante e, constrangidos, notificaram ao marido tratar-se de suicídio, motivado talvez pela insofreável neurastenia de que a doente se via objeto. Mas, em verdade, fora o pai de Silas quem, de fato, envenenou a esposa, administrando-lhe violento tóxico no calmante habitual. (Obra citada, cap. 9, pp. 123 e 124.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_09.html

 

 

 

 

 

 

 

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