Nas Fronteiras
da Loucura
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 10 e final
Concluímos hoje o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora findo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nas
Fronteiras da Loucura”.
Eis as questões de hoje:
73. Em que sentido a prece é importante nas terapias
antiobsessivas?
A prece é importante
por causa da ação dissolvente que exerce sobre as correntes negativas que
envolvem o paciente, gerando vibrações de alto teor e modificando a paisagem
psicofísica em torno. É por isso que Tiago recomendou, em sua Epístola famosa
(cap. 5:16): "Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece
da alma justa muito pode em seus efeitos". (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 29, pp. 227 a 229.)
74. Por que a lamentação prejudica as pessoas, especialmente
as que enfrentam doenças?
Segundo Dr. Alberto,
o psiquiatra que atendia Julinda, a lamentação é portadora de miasmas que
deprimem a pessoa e intoxicam o paciente, mantendo-o em área de pessimismo.
Otimismo, alegria, esperança de dias melhores são psicoterapias oportunas em
qualquer problema e muito especialmente na faixa do comportamento mental. É por
isso que as religiões preconizam a confiança e a coragem, o perdão e a fé, a
humildade e a paciência, logrando êxito com seus fiéis. Depois de dizer tais
palavras, o psiquiatra acrescentou: "Sabe-se, hoje, cientificamente, que a
boa palavra proferida com entusiasmo faz que o cérebro e o hipotálamo secretem
uma substância denominada endorfina, que atua na medula e bloqueia a dor, tal
como ocorre na Acupuntura... Assim, ouvir e falar de forma positiva, sorrir com
natural e justa alegria, fazem muito bem a todas as pessoas". (Obra
citada, cap. 30, pp. 230 e 231.)
75. É certo dizer que grande parte do êxito, no trabalho
desobsessivo, depende do próprio enfermo?
Sim. No caso de
Julinda, a ausência do Espírito que a obsidiava contribuiu para sua
recuperação, mas ela modificara seu temperamento difícil e concorrera para a
cura com o desejo de recuperar-se, o esforço para fugir ao remorso e a luta
contra a depressão, por anelar o retorno ao seio da família. O livre-arbítrio
assume um papel de alta relevância em todos os cometimentos humanos. É o que
acontece, por exemplo, na terapia do passe, em que a disposição do paciente
exerce papel relevante para os resultados. (Obra citada, cap. 30, pp. 234 e 235.)
76. De que decorrem as obsessões?
As obsessões
decorrem, geralmente, de faltas cometidas pela vítima atual, em oportunidades
outras, que não foram convenientemente reparadas. A presença da culpa instala
uma tomada psíquica no devedor, que lhe permite receber o plugue do seu desafeto,
consciente ou inconscientemente, dando surgimento ao intercâmbio psíquico dos
envolvidos na mesma trama infeliz, aí nascendo o desconforto da criatura que,
lentamente, vai sendo dominada pela força do agente agressor, que se lhe
assenhoreia da casa mental. (Obra citada, cap. 30, pp. 238 e 239.)
77. As causas dos processos de loucura e alienação mental
também se encontram em faltas ocorridas no passado?
Sim. Quando a falta
perpetrada no passado é muito grave, a ação corrosiva do pensamento malévolo
desgasta as estruturas moleculares do perispírito, dando origem a processos de
loucura ou alienações, bem como a deformidades mentais, limitações psíquicas e
distúrbios fisiológicos, que constituem, para o enfermo, abençoado escoadouro
das imperfeições agasalhadas ou vividas. O homem é, portanto, o autor do seu
destino, mas em qualquer processo de evolução, pelo trabalho e redenção na dor,
há sempre interferência dos adversários desencarnados, que aumentam a prova do
incurso no resgate. (Obra citada, cap. 30, pp. 238 e 239.)
78. Por que Deus permite que ocorram as obsessões?
A aquiescência do
Pai, em sucessos de tal natureza, explica-se por facultar à vítima de ontem o
perdão e, ao seu algoz, o arrependimento, por cujo meio podem recomeçar nova
experiência carnal, apaziguando-se e trabalhando os dois pelo progresso pessoal
e da comunidade em que vivem ou viverão. Normalmente, os chamados obsessores
sofreram nas mãos daqueles a quem agora ferem: traições, homicídios vis,
infidelidade conjugal, roubos, calúnias soezes, abortos delituosos etc., mas a
vitória do amor é inevitável. (Obra citada, cap. 30, pp. 242 e 243.)
79. Quem eram os deuses infernais a quem se sacrificavam
vítimas inocentes, com o objetivo de aplacá-los?
Como podemos ler no
cap. XII d´O Evangelho segundo o
Espiritismo, os deuses infernais eram tão somente maus Espíritos. A eles
sucederam os demônios, que são a mesma coisa. Segundo o Espiritismo, os
demônios mais não são do que as almas de homens perversos, que ainda se não
despojaram dos instintos materiais, e ninguém logrará aplacá-los, senão
mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade. (Obra citada,
cap. 31, pp. 247 a 249.)
80. Segundo o Espiritismo, os Espíritos interferem em nossas
vidas. Esse ensinamento é confirmado pelos textos evangélicos?
Sim. Tanto os bons
Espíritos quanto os maus interferem na vida das pessoas, como várias passagens
do Evangelho mostram. Jesus mesmo expulsou os maus Espíritos daqueles que lhes
sofriam as perseguições e, no entanto, no monte Tabor, vemo-lo a conversar com
dois outros Espíritos, estes, porém, bons: Moisés e Elias. (Obra citada, cap.
31, pp. 247 a 249.)
Observação:
Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_07.html
Como consultar as matérias deste
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