Painéis da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 2
Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Painéis
da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
9. Argos recebeu dos Benfeitores espirituais o auxílio que
ele solicitou?
Sim. Mas Irmã
Angélica o advertiu seriamente, lembrando-lhe a célebre lição evangélica
segundo a qual “muito se pedirá a quem muito for dado”. Disse-lhe a Irmã: “Não
te serão regateados os socorros, todavia esperamos que saibas corresponder aos
juros, porque os dias de borrasca irrompem sem aviso prévio e é durante a
aparente saúde que a doença se insinua, desencadeando o seu sucessivo movimento
de desgaste e aflição". (Painéis da
obsessão, cap. 3, pp. 31 a 33.)
10. A mediunidade, inconscientemente exercida, é muito comum
em nosso mundo?
Sim. A mediunidade
funciona em escala ampla e contínua, muito mais do que se pensa ou do que notam
as criaturas. O mundo mental, constituído de ondas que se movimentam em faixas
vibratórias específicas, faculta a sintonia daquelas outras da mesma
frequência, facilitando a identificação entre as criaturas no mundo físico,
destas com os desencarnados e entre estes últimos. Por exemplo, na cirurgia de
Argos, houve momentos em que dificilmente se poderia distinguir quem o operava:
se o Espírito do Dr. Arnaldo ou se o médico encarnado Dr. Vasconcelos, ambos em
perfeita união mental e em atos bem coordenados. (Obra citada, cap. 4, pp. 34 e
35.)
11. Por que as pessoas que lidam diariamente com tuberculosos
não ficam igualmente enfermas?
Isso ocorre com
frequência com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e voluntários diversos
que lidam com hansenianos, tuberculosos e portadores de outras baciloses
violentas, sem que o contato demorado com os enfermos lhes cause qualquer
contágio, enquanto outros, que não convivem com portadores de inumeráveis
moléstias, fazem-se de um momento para outro vítimas das doenças citadas. O
motivo é que, no caso destas últimas, encontram-se no seu mapa cármico as
condições propiciatórias para que se lhes manifestem os males que merecem ou de
que necessitam, em razão dos delitos praticados no passado. (Obra citada, cap.
4, pp. 36 e 37.)
12. Que procedimento permitiu que a moratória concedida a
Argos fosse concretizada?
A sobrevida de Argos
resultou de um procedimento complexo, assim explicado pelo Dr. Froebel:
"Iremos – informou o médico – retirar o tônus vital que degenera em Argos,
predispondo-o à desencarnação e o faremos ser absorvido pelo pulmotor onde já
depositamos regular quantidade de maaprana(1) ou energia superior e
de vitalidade extraída dos vegetais terrestres. Na parte superior interna e
transparente da máquina serão misturadas, sob a ação de uma pequena bomba
encarregada de fazer a oxigenação da substância fluídica." Ele explicou,
em seguida, que fora providenciado um doador encarnado, porque no caso em tela
fazia-se necessário também o fluido humano e, tal como acontece nos trabalhos
de transfusão de sangue, em que a identidade dos tipos é condição indispensável,
ali o princípio era o mesmo. E assim se fez. (Obra citada, cap. 5, pp. 42 e
43.)
13. Romper as cadeias com a retaguarda é essencial em nossa
caminhada rumo à evolução?
Sim. Todos nós somos
o resultado das experiências adquiridas pela vivência no campo da evolução. Há
uma larga estrada que ficou para trás e há um imenso caminho a percorrer, mas
ninguém logra avançar com êxito se não rompe as cadeias com a retaguarda, na
qual estão as marcas do nosso trânsito. Para conseguir o que nos aprazia, não
trepidávamos em ferir, chocar, destruir, infelicitar. Renovando a paisagem
mental, mas com as almas mutiladas pelos delitos praticados, mudamos a forma de
pensar, mas não a de agir. Muitos reencarnam esquecendo aqueles que lhes padeceram
a impiedade, e arrojam-se em novas aventuras constrangedoras. Defrontamos,
assim, criaturas distraídas que esperam receber sem dar; que contam com o
perdão para suas faltas, mas não perdoam; que esperam carinho, e não gostam de
o retribuir; que admiram o trabalho, desde que não se dediquem a ele; que teorizam
sobre muita coisa, não indo além do verbalismo. Desse modo, iludem-se mas não
convencem a ninguém. Tal era o caso de Argos, que assumira no passado graves
compromissos. (Obra citada, cap. 6, pp. 46 e 47.)
14. Os atos infelizes que cometemos chegam a afetar os
tecidos do perispírito?
Sim. Segundo o autor
da obra ora em estudo, os atos infelizes, deliberadamente praticados, em razão
da força mental de que necessitam, destroem os tecidos sutis do perispírito, os
quais, ressentindo-se do desconcerto, deixam matrizes na futura forma física,
em que se manifestarão as deficiências purificadoras. A queda do tom vibratório
específico permitirá, então, que os envolvidos no fato, no tempo e no espaço,
próximos ou não, se vinculem pelo processo de uma sintonia automática a que não
se furtarão. Estabelecem-se aí as enfermidades de qualquer porte. Os fatores
imunológicos do organismo, padecendo a disritmia vibratória que os envolve, são
vencidos por bactérias, vírus e toda sorte de micróbios patogênicos que logo se
desenvolvem, dando gênese às doenças físicas. Por sua vez, na área mental, os
conflitos, as mágoas, os ódios acerbos, as ambições tresvariadas e os tormentosos
delitos ocultos, quando da reencarnação, por estarem ínsitos no Espírito endividado,
respondem pelas distonias psíquicas e alienações mais variadas. (Obra citada,
cap. 6, pp. 48 a 50.)
15. As enfermidades apresentam sempre um componente
espiritual?
Pode-se dizer que
sim, porque é rara a enfermidade que não conte com a presença de um componente
espiritual, quando não seja diretamente o seu efeito. Corpo e mente refletem a
realidade espiritual de cada criatura. Argos reencarnou com a região pulmonar
descompensada em face do sério comprometimento no qual se enleou; em face
disso, reminiscências do ocorrido, de quando em quando, o assaltam. Pode-se
afirmar que o desencadear da sua enfermidade se deveu a fatores fisiológicos,
mas foi precipitado pela ação pertinaz de companheiros desencarnados. Há
enfermidades cujos fatores propiciatórios são bem conhecidos, ao lado de outras
em que os enfermos absorvem fluidos desarmonizados e destrutivos de Espíritos
desencarnados com os quais se vinculam, dando campo a uma sintonia vigorosa que
permite a transmissão das sensações e dores e que, se não atendidas em tempo,
convertem-se em enfermidades reais. (Obra citada, cap. 6, pp. 48 a 50.)
16. É correto dizer que no Espírito é que se encontram as
chaves para solucionar-se os enigmas da vida?
Sim. Quando os
estudiosos dos fenômenos paranormais penetrarem melhor nos intrincados
mecanismos das causas morais que regem a vida, mais facilmente elucidarão os
graves problemas na área da saúde, quer física, quer mental, compreendendo que
no Espírito se encontram as chaves para solucionar-se os aparentes enigmas do
comportamento e da vida humana. Por sua ação e pelos hábitos mentais e morais,
o homem reúne os valores para a paz ou elabora os grilhões a que se prende por
tempo indefinido. (Obra citada, cap. 7, pp. 57 e 58.)
(1) Maaprana, de origem sânscrita, significa
energia proveniente de Brama. Segundo a tradição bramanista, de sua atuação com
a acaxa, ou substância, dá-se origem à pracrite, ou matéria.
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/paineis-da-obsessao-manoel-philomeno-de.html
Como consultar as matérias deste
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Obra prima dos escritores.
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