Sobre
ser livre e feliz
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Duas coisas que o tempo nos ensina: perdoar é
libertar-se e tentar estar certo é perda de tempo. Com a experiência, passamos
a compreender que tão melhor é estar feliz em vez de certo e quando perdoamos
simplesmente nos libertamos da infeliz questão. E isso vale muito a pena.
Percebemos que todo orgulho ‒ que aliás se transmuta em várias performances ‒ é
destruidor e consumidor das boas energias.
Já ouvimos histórias sobre pessoas que
passaram toda uma existência com mágoa e quanto sofreram. Muitas vezes, o
ofensor nem imagina o que se passa ou, então, nem quer saber, mas o ofendido
acaba até morrendo pelo sufocamento da mágoa e o tempo que poderia ter aproveitado
com tantas boas experiências esvaiu-se sem nada do tanto que poderia ter
realizado. Faltou-lhe libertar-se pelo perdão.
Já ouvimos também tantas histórias de que
amizades se perderam ou laços familiares se enfraqueceram pelo fato de alguém
querer, a todo custo, sempre estar certo; quanta discórdia, desrespeito por
reles prepotência. O que tem valor não é a opinião imposta a custo de opressão,
mas quantos semblantes mais alegres favorecemos. Não é quanto ganhamos, mas
quanto de bom pudemos proporcionar.
Querer estar sempre certo é uma das grandes
perdas de tempo e energia. Tão preferível estar feliz a estar certo. Quantos
sorrisos a mais e corações leves se conquistam com a felicidade ao passo que
sempre querer estar certo aproxima a solidão e indesejada presença torna-se aos
outros.
O perdão concedido não absolverá quem feriu ‒
pois sabe-se que a lei universal é sábia e justa ‒, mas libertará totalmente
quem se sentiu ferido, já que apenas se sente ferido quem assim o permitir e
até pelo tempo que quiser. Somos passíveis de desventurosos sentimentos, porém
torna-se essencial lembrarmo-nos sempre da sublimidade da vida, do incomparável
presente de Deus a cada dia.
E quando a humildade for uma das lindas leis
do nosso coração, tanto o perdão quanto a felicidade serão nossos moradores
assíduos e nos sentiremos tão livres e agradecidos e compreenderemos, também,
que muitos dos nossos sofrimentos são gerados unicamente pelo orgulho.
E, de fato, nenhuma flor foi ferida por outra
flor no jardim e nenhuma abelhinha tentou estar certa diante de outra abelhinha
na floresta.
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