quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 3

 

Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

17. Para livrar alguém de uma queda em desastre moral iminente, as autoridades espirituais costumam adotar alguma medida especial?

Sim. As autoridades espirituais chegam, se isso for necessário, a suscitar medidas especiais que impõem aflições e dores de importância aparente a determinadas pessoas, com o objetivo de livrá-las da queda em desastres morais iminentes, quando tais pessoas mereçam esse amparo de exceção. A dor constitui, então, medida providencial que acaba evitando que o indivíduo se complique. (Sexo e Destino, capítulo VI, pp. 56 a 59.)

18. Como entender a existência de governantes que se tornam na Terra verdadeiros verdugos das nações que dirigem?

Respondendo a essa questão, Félix esclareceu que toda criatura vive na área de responsabilidade que a lei lhe delimita e que os compromissos da consciência assumem as dimensões da autoridade que lhe foi atribuída. Assim, uma pessoa com grandes cabedais de autoridade pode levar extensas comunidades às culminâncias do progresso ou afundá-las em estagnação e decadência, na medida exata das atitudes que tome para o bem ou para o mal. Mas, naturalmente, ela responderá pelo que fizer. "Cada qual – asseverou o mentor – dá conta dos recursos que lhe foram confiados e da região de influência que recebeu, passando a colher, de modo automático, os bens ou os males que haja semeado." (Obra citada, capítulo VI, pp. 56 a 59.)

19. Para se inteirar da história de Marita, André Luiz valeu-se de um novo gênero de anamnese. Em que ela consiste?

Esse gênero de anamnese consiste em consultar o enfermo espiritual em pensamento, a fim de pesquisar as conclusões necessárias ao trabalho assistencial. Postado junto a Marita, André rogou-lhe paternalmente, sem palavras, confiasse nele, desoprimindo-se e relacionando suas impressões mais recuadas no tempo. Ele se propunha a auxiliá-la, mas era imprescindível que ela se lhe revelasse, arrancando à memória as cenas arquivadas desde a infância e expondo-as na tela mental. Marita assimilou o apelo, de imediato. E, incapaz de explicar a si mesma a razão pela qual se via impelida a rememorar o passado, situou o impulso mental no ponto em que obtinha o fio inicial de suas recordações. Os quadros da infância se lhe estamparam na aura, movimentados como num filme, e, enquanto os painéis se desdobravam, ela alinhava elucidações inarticuladas, respondendo às perguntas de André. (Obra citada, capítulo VII, pp. 60 a 62.)

20. Alguma coisa conseguia atenuar o suplício moral que Marita passou a experimentar aos onze anos de idade?

Sim. Seu sofrimento era atenuado pela dedicação incessante do pai adotivo, que se lhe confirmava mais terno à medida que D. Márcia, sua mãe adotiva, e Marina se lhe afastavam da comunhão espiritual. As duas juntas, à frente dela, significavam provação inqualificável que lhe competia aguentar em silêncio. (Obra citada, capítulo VII, pp. 68 e 69.)

21. O trabalho fora de casa ajudou-a a minorar a provação que o destino lhe reservara?

Sim. Ela contava 17 anos quando começou a trabalhar em uma loja. De começo, tudo fora hesitação e novidade. Depois, as coisas se modificaram. Aliciara relações confortadoras, expandiram-se-lhe os interesses, permutava confidências, conquistava simpatias. E a imaginação agora se lhe excitava em descontrole, sugerindo-lhe adornar-se com esmero, de modo a se destacar diante do jovem que lhe viria, decerto, governar o império emotivo, oferecendo-lhe um lar. (Obra citada, capítulo VII, pp. 70 e 71)

22. Nas recordações de Marita surgiu uma revelação surpreendente. Que é que André Luiz descobriu?

André Luiz descobriu que Marita amava Gilberto, o mesmo rapaz que estava envolvido afetivamente com Marina. Marita conhecera Gilberto seis meses antes, no gabinete do chefe. Ela prestava informações de serviço, ele representava o pai em negócios alusivos à venda de imóveis. Ao se conhecerem, elos de intensa afinidade passaram, desde então, a jungi-los um ao outro, sem que lhe fosse possível justificar a sede crescente de comunhão que a dominava. Até que, no dia anterior a essas reflexões, ela surpreendera a irmã e Gilberto num colóquio que não lhe deixara dúvidas. O grande amor de sua vida, ela o perdera, e justamente para a irmã. (Obra citada, capítulo VII, pp. 75 a 77.)

23. Um Espírito irritado, exasperado, pode prejudicar fluidicamente uma pessoa enferma, mesmo contra sua vontade?

Sim. Foi isso que André Luiz disse ao seu colega Neves. Era preciso que ele se asserenasse, porque estavam ali para ajudar, proteger, realizar o bem, mas sua irritação lhe azedaria o ânimo e então, de sentimento azedado, lançaria sobre a filha enferma ingredientes fluídicos de índole negativa, arruinando-lhe as forças. André disse, ainda, que a exasperação ou o desânimo, da parte deles, marcariam o término de suas possibilidades de cooperação. (Obra citada, capítulo VIII, pp. 78 e 79.)

24. Usada por André Luiz, que significa a expressão “possessão partilhada”?

Ele usou essa expressão para definir a situação de Cláudio, pai adotivo de Marita, quando ele pediu-lhe que ela lhe abrisse a porta do quarto. Cláudio entrou, mas não vinha só, pois um companheiro desencarnado enrodilhava-se ao seu corpo. O verbo enrodilhar-se pareceu-lhe, em nossa linguagem, o mais adequado à definição daquela ocorrência de "possessão partilhada", embora não exprimisse, com exatidão, todo o processo de enrolamento fluídico em que se imantavam Cláudio e a entidade desencarnada. A expressão "possessão partilhada" ele a utilizou porque ali um aspirava ardentemente aos objetivos desonestos do outro, completando-se, euforicamente, na divisão da responsabilidade em quotas iguais. Qual acontecera no instante em que bebiam juntos, forneciam a impressão de dois seres num corpo só. (Obra citada, capítulo VIII, pp. 80 a 82.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/sexo-e-destino-andre-luiz-parte-2-damos.html

 

 

 

 

 

 

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