segunda-feira, 27 de setembro de 2021

 



Temas da Vida e da Morte

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 3

 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Temas da Vida e da Morte”.

Eis as questões de hoje:

 

17. De onde procedem as aptidões que a pessoa revela no curso da existência corpórea? 

Elas procedem geralmente das experiências passadas, em que o Espírito armazenou valores que lhe pesam na economia evolutiva como poderosos plasmadores da personalidade e da inclinação para uma como para outra área do conhecimento, para a vivência da virtude ou do vício. (Temas da Vida e da Morte - Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 42 e 43.)

18. Como devemos proceder com relação às más tendências que trazemos do passado? 

Devemos, evidentemente, corrigi-las, tanto quanto devemos cultivar as aptidões superiores. As tendências devem ser disciplinadas, corrigidas a qualquer esforço, para que sejam superadas. As tendências doentias, heranças pessoais dos gravames anteriores, devem ser canalizadas para as realizações positivas, como experiência inicial que se automatizará, dando margem às paixões elevadas, aquelas que promovem o indivíduo à sua condição de conquistador da razão a caminho da intuição, ao tempo em que se liberta do atavismo primário das imantações do reino animal. (Obra citada - Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 43 e 44.)

19. Que causas influem na vida das pessoas?

São de duas classes as causas que influem na vida das pessoas: as próximas, ligadas a esta reencarnação, na qual nos movimentamos, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, porém, as da presente existência, vão gerando novos compromissos que, se forem negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção atual, não incursos no processo educativo de ninguém. Aquele que se vincula a qualquer deles padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência. (Obra citada - Comportamento e vida, pp. 46 e 47.)

20. Podemos afirmar que nosso comportamento é responsável pela vida que temos ou que teremos? 

De modo geral, sim. São muitos os agentes dos infortúnios que o homem aceita no seu comportamento, afetando-lhe a vida. Entretanto, através de outras atitudes e conduta, ele pode preservá-la, prolongá-la, dar-lhe beleza, propiciando-lhe harmonia e felicidade. O comportamento do Espírito, no corpo ou fora dele, é responsável por sua vida, contribuindo de maneira eficaz na sua programática e interferindo na conduta do grupo em que se movimenta e onde atua, bem como dos descendentes que se lhe vinculam. As ações corretas prolongam a existência do corpo e promovem o equilíbrio da mente, enquanto as atribuladas e agressivas produzem o inverso. (Obra citada - Comportamento e vida, pp. 47 a 49.)

21. Pais e filhos podem ser comparsas dos mesmos delitos? 

Evidentemente. Pais e filhos crucificados nas traves invisíveis das enfermidades físicas, psíquicas ou morais são geralmente comparsas dos mesmos delitos, novamente reunidos para a renovação dos propósitos, através do ressarcimento dos débitos que ficaram após a morte anterior e que não foram saldados. As leis da vida reúnem os incursos nos mesmos códigos da Justiça e os trazem aos sítios onde delinquiram, de modo que, reunidos outra vez, recomponham a paisagem moral danificada, soerguendo os que ficaram vitimados por sua tirania ou insensibilidade. Assim é que as inteligências que se compraziam na luxúria e na tirania retornam nas patologias da idiotia, assim como os suicidas que esfacelaram o crânio, esmigalhando o cérebro, volvem nas expressões da excepcionalidade, do mongolismo, da hidrocefalia, vinculados àqueles que, de alguma forma, se fizeram comparsas da delinquência a que se entregaram. (Obra citada - Destino e responsabilidade, pp. 52 a 54.)

22. Que causas podem dar origem ao medo?

Originário no Espírito enfermo, o medo pode ser examinado como decorrência de três causas fundamentais:

a) conflitos herdados da existência passada, quando os atos reprováveis e criminosos desencadearam sentimentos de culpa e arrependimento que não se consubstanciaram em ações reparadoras;

b) sofrimentos vigorosos que foram vivenciados no além-túmulo, quando as vítimas que ressurgiram da morte açodaram as consciências culpadas, levando-as a martírios inomináveis, ou quando se arrojaram contra quem as infelicitou, em cobranças implacáveis;

c) desequilíbrio da educação na infância atual, com o desrespeito dos genitores e familiares pela personalidade em formação, criando fantasmas e fomentando o temor, em virtude da indiferença pessoal no trato doméstico ou da agressividade adotada. (Obra citada - Medo e responsabilidade, pp. 57 e 58.)

23. O medo pode levar uma pessoa ao suicídio? 

Sim. O medo está presente na raiz de muitos males e pode ser tão cruel que, diante de enfermidades irreversíveis e problemas graves de alto porte, é capaz de induzir sua vítima à morte pelo suicídio, numa forma extravagante de expressar o medo de morrer sob sofrimento demorado, gerando desse modo mais rudes aflições a se estenderem por tempo indeterminado. (Obra citada - Medo e responsabilidade, pp. 58 e 59.)

24. Como podemos combater o medo? 

O medo se combate orando e agindo. O hábito de desincumbir-se das tarefas nobres cria condicionamentos positivos que se vão incorporando ao modus operandi até fazer-se automatismo na área das realizações. O medo recua na razão direta em que a disposição de atuar se faz mais forte, da mesma maneira que o inverso é verdadeiro. A consciência da responsabilidade é o antídoto para o medo, do que se deduz que o desejo de agir, para recuperar-se, comanda a vontade e desarticula as engrenagens maléficas que o desequilíbrio fomentou. O medo deve, pois, ser combatido com todos os valiosos recursos ao nosso alcance, desde a oração à ação feliz. (Obra citada - Medo e responsabilidade, pp. 59 e 60.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/temas-da-vida-e-da-morte-manoel_20.html

 

  

 

 

 

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