quarta-feira, 22 de setembro de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 5

 

Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

33. Que efeito produziu em Marita a informação de que Gilberto abusara de sua confiança?

Essa informação, vinda dos lábios de sua mãe adotiva, levou a jovem ao desespero. As revelações feitas por Márcia revolviam-lhe o coração, quais pinças de fogo. Ela sentia-se desarvorada e desejava morrer, porquanto Gilberto lhe dera, semanas atrás, mostras de que preferiria desposar efetivamente uma moça culta, o que ela não era. Mas, em suas reflexões, não conseguia compreender por que Gilberto abusara de sua confiança. Não selara com ela um ajuste de matrimônio? Não lhe testemunhava extrema ternura nos encontros domingueiros, quando se entregavam a comunhão mais íntima? (Sexo e Destino, capítulo X, pp. 112 e 113.)

34. No estado em que se encontrava, Marita lembrou-se de quem?

A jovem lembrou-se de Aracélia, a mãe que ela jamais conhecera. Por que a mãezinha não vivera, a fim de lutarem juntas? Consagrar-se-iam uma à outra. Permutariam as próprias mágoas. Muita vez, na loja a que servia, ouvira apontamentos sobre comunicações de mortos. Seria isso verdade?  "Se Aracélia, libertada, estivesse em alguma parte – pensava – indiscutivelmente lhe acompanharia o calvário, compartilhar-lhe-ia o infortúnio..." Assim pensando, implorava mecanicamente ao Espírito materno que a abençoasse, fortificasse, protegesse. Embora sem qualquer ideia religiosa definida, formulava prece muda, que valia por funda invocação. (Obra citada, capítulo X, pp. 114 e 115.)

35. O Espírito de Aracélia atendeu ao chamado mental feito pela filha?

Sim. Embora sem reais condições de auxiliar a filha, Aracélia veio ao encontro de Marita. Orando e chorando em profundo silêncio, colocou a cabeça de Marita no próprio regaço e, emocionando-se até às lágrimas, cantou suavemente uma linda canção, o que levou Marita a cair em pesado sono. (Obra citada, capítulo X, pp. 116 e 117.)

36. Depois do assédio que sofreu de seu próprio pai, que sentimento Marita tinha ao lembrar-se dele?

Sentimento de temor. Foi por isso que, estando sozinha em seu quarto, logo que percebeu que estava na hora de Cláudio chegar a casa, apagou todas as luzes, para que, quando ele chegasse, acreditasse que ela se encontrava fora. (Obra citada, capítulo XI, pp. 121 a 123.)

37. A obsessão por encontrar Gilberto persistia mesmo quando Marita dormia?

Sim. Embora desligada do corpo, que dormia, Marita expressava completo alheamento e, absorvida na paixão que lhe empalmava todas as forças, monologava, ideando alto: "Gilberto! Onde está Gilberto?" E mendigava, aflita: "Alguém que me ampare! preciso encontrá-lo, encontrá-lo!..." Foi então que surgiu a irmã Percília, simpática senhora desencarnada, que a levou a uma instituição espírita cristã, que lhe ofereceria aconchego.  (Obra citada, capítulo XI, pp. 123 a 125.)

38. Como definir o desequilíbrio afetivo demonstrado por Marita?

Segundo o benfeitor Félix, a paixão juvenil de Marita por Gilberto se convertera em psicose grave. A jovem deixara-se arrastar pelo desvario afetivo, a ponto de cair no pior tipo de possessão, aquele em que a vítima adere, gostosamente, ao desequilíbrio em que se consome. Em seu benefício pouca coisa era possível fazer, senão esperar pela resistência moral dela própria. (Obra citada, capítulo XI, pp. 125 a 127.)

39. Marita conseguiu relatar a Márcia, sua mãe adotiva, o assédio sexual sofrido de seu pai?

Sim. Em sua ingenuidade, ela relatou-lhe a confissão que Cláudio lhe fizera, descrevendo-lhe os modos, lance por lance. Mas foi tudo em vão. Márcia se fez de desentendida e lhe disse que Cláudio lhe narrara certos fatos que os convenceram da necessidade de Marita buscar a ajuda de um psiquiatra. Na versão contada por ele, foi Marita quem, sonambulizada, o assaltou com beijos e frases inconvenientes. (Obra citada, capítulo XII, pp. 134 e 135.)

40. Que informação levou Crescina a Cláudio, o pai adotivo de Marita?

Crescina, proprietária de uma propriedade destinada a encontros amorosos, foi informá-lo de que Marita desejava encontrar-se, na noite próxima, com Gilberto, e para isso reservara um compartimento existente nos fundos da mencionada residência. O bilhete dirigido a Gilberto, que ela se incumbira de entregar, foi mostrado a Cláudio, que o leu, entre ciumento e indignado. (Obra citada, capítulo XII, pp. 138 e 139.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/blog-post_15.html

 

  

 

 

 

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