quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

 


E a Vida Continua...

 

André Luiz

 

Parte 7

 

Prosseguimos o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

49. Após dois anos de ausência, Evelina e Ernesto visitaram o lar terreno. Como eles foram transportados da cidade espiritual até o plano físico?

Eles viajaram com uma equipe de companheiros, transportados por um veículo do plano espiritual, que os deixou rente à Via Anchieta, a rodovia que liga Santos a São Paulo. Ali o grupo se dispersou e cada excursionista era um anseio itinerante, um mundo vivo de saudades. O regresso fora marcado para o dia seguinte, vinte horas depois. (E a Vida Continua, cap. 18, pp. 137 e 138.) 

50. Que sentimentos experimentou Evelina ao reencontrar seu esposo?

Ao ver Caio acariciando outra mulher, Evelina ensaiou um movimento de recuo. Sentindo revolta e pesar, terríveis calafrios lhe agitaram as fibras da alma e ela desejou afastar-se, para esconder a imensa dor no peito do amigo Ernesto Fantini, que se encontrava próximo da casa, mas não pôde. Sem ser percebida pelos dois namorados, não teve outro remédio senão se acomodar em cadeira próxima, intentando refazer-se, enquanto mil perguntas lhe martelavam, então, a mente. (Obra citada, cap. 18, pp. 140 a 142.)

51. Depois de compreender que havia perdido para outra o amor de Caio, que atitude teve Evelina?

A jovem arrastou-se para fora de sua antiga residência, buscando a companhia de Ernesto Fantini, porque lhe era impossível demorar-se no lar que reconhecia haver perdido para sempre. Assim que se viu na rua, clamou pelo amigo em voz estentórica e, quando Fantini repontou à frente, atirou-se em seus braços, qual criança desarvorada: "Ah! Ernesto, Ernesto!... Não suporto mais!..." O companheiro conduziu-a discretamente para um banco próximo e escutou pacientemente a narração que ela lhe fez, entre soluços, procurando olvidar as próprias apreensões. (Obra citada, cap. 18, pp. 142 a 144.)

52. Ao sair da casa que fora de Evelina, Ernesto Fantini teve a primeira decepção. Que fato ocorreu ali?

Fantini consolava Evelina, que sofria muito por haver encontrado o ex-esposo junto de sua antiga amante. De repente, deu-se o que ele jamais imaginaria. Caio saía da garagem de sua casa, conduzindo a namorada. Quando Ernesto viu de perto a parceira do rapaz, fez-se lívido e, profundamente chocado, gaguejou, arrasado de angústia: "Evelina, Evelina, escute!... Esta moça... esta moça é Vera Celina, minha filha!..." (Obra citada, cap. 18, pp. 145 a 147.)

53. Por que, segundo Caio, ele se desinteressou por Evelina, com quem se casara por amor?

Conversando com a namorada, Caio admitiu ter-se casado com Evelina por amor, amor esse que se transformou com os anos em desinteresse. Vera quis saber o motivo pelo qual ele se desencantara com a esposa, e Caio explicou que guardava a ambição de ser pai, mas Evelina era doente. "Creio – disse ele – que carregava taras de família. Enquanto não abortou, não lhe vi os defeitos... Entretanto, depois que se revelou enferma e incapaz, o laço do casamento se fez para mim pesado demais... Nos últimos tempos da vida, era mulher rezadeira e chorona..." Próxima deles, Evelina assistiu, com grande tristeza, a esse diálogo. (Obra citada, cap. 19, pp. 148 e 149.)

54. É verdade que, de volta à sua antiga casa, Ernesto Fantini sofreu outra decepção, muito mais terrível que a primeira?

Sim. Ao entrar no quarto onde Elisa (sua ex-esposa) descansava, Fantini viu junto dela um homem desencarnado. Era Dedé, aquele mesmo em quem Fantini atirara, tantos anos antes, ao desvairar-se pelo ciúme. Ele estacou, aterrado, e, num átimo, recordou a última caçada em que morreu Dedé, ou melhor, Desidério dos Santos, cuja sombra supunha haver removido para sempre de sua casa. (Obra citada, cap. 19, pp. 152 e 153.)

55. Ao ver Ernesto Fantini no seu quarto, qual foi a reação de Elisa, sua ex-esposa?

Não se sabe como, mas o fato é que Elisa notou a presença de Ernesto Fantini e se pôs a gritar, positivamente obsidiada: "Maldito!... Maldito!... fora daqui, Tinhoso!... Fora daqui, assassino!... Assassino!... Socorro, Dedé!... Socorro, Dedé! Leva este infame para fora! Sai, Ernesto! Sai! Matador!... Matador!..." Ouvindo esses gritos, Caio e Vera invadiram o quarto, terrificados. A jovem acercou-se da mãe, que bradava impropérios segurando a própria cabeça entre as mãos, num esgar de espanto, e tentou consolá-la: "Mãezinha, que há? estamos aqui, não precisa temer..." Elisa agarrou-se à moça, qual criança assustada, e esticou o clamor, dando a Caio a impressão de uma alienada mental, no mais fundo desequilíbrio: "Seu pai está aqui, aquele canalha! Não quero vê-lo!... Defenda-me, pelo amor de Deus! Voltemos para São Paulo, hoje mesmo!... Tire-me daqui!..." (Obra citada, cap. 19, pp. 154 a 156.) 

56. Além das palavras já mencionadas, Elisa disse mais alguma coisa ao ex-marido?

Sim. Ela confessou que sempre o traiu com Dedé. "A qualquer momento a que vinhas em casa – disse-lhe Elisa –, isso acontecia sempre para infelicidade nossa, porque vivíamos juntos aqui, antes de tua morte, e vivemos juntos depois... Olha este quarto! Dedé está no lugar onde sempre esteve!..." Semelhantes declarações foram suplementadas de informes, sobre os quais a caridade pede se faça silêncio. (Obra citada, cap. 19 e 20, pp. 156 e 157.)

  

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_29.html

 

 

 

 

 

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