domingo, 16 de janeiro de 2022

 



O estresse ante a fé e a doutrina espírita

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

Das lições de Richard Rahe, psiquiatra americano e diretor do centro de estresse da Faculdade de Medicina da Universidade de Nevada, que em 1967, em parceria com Thomas Holmes, elaborou o primeiro autoteste para quantificar o nível de estresse, várias conclusões podemos extrair relativamente à causa, aos efeitos e às formas de nos prepararmos para enfrentar as situações estressantes.

Segundo o dr. Rahe, o impacto dos estímulos que causam tensão na vida das pessoas agravou-se 50% desde os anos 1960, mas o estresse só existe como um fator fisiológico ou psicológico para quem se torna incapaz de lidar com os problemas que surgem naturalmente em sua vida. As estatísticas revelam que, infelizmente, dois terços das pessoas acabam perdendo a batalha e ficam realmente estressadas.

O estresse não é, em si mesmo, uma doença, mas pode levar a pessoa a ficar doente.

A resposta do indivíduo ao estresse se dá de duas formas: física e psicológica. Alguns ficam com dor de estômago e até úlcera; outros sentem apenas dor de cabeça. Pessoas há que se tornam excessivamente ansiosas ou caem em depressão profunda; outras podem sofrer quadros de paranoia.

Não é possível, na sociedade em que vivemos, evitar o estresse, porque as tensões que envolvem o homem são cada vez maiores. Podemos, contudo, preparar-nos para enfrentá-lo e várias formas existem para isso. Uma das mais eficientes é manter o corpo em bom estado físico. Quem pratica exercícios físicos tende a baixar o nível de estresse porque, ao controlar a pressão sanguínea, o coração continuará funcionando em ritmo adequado. Mas só exercícios físicos não bastam.

É indispensável ter um bom preparo psicológico para enfrentar o estresse, procurando buscar novas posturas em relação aos problemas. A fé ajuda nisso. É por isso que as pessoas que têm alguma religião conseguem enfrentar melhor as pressões do dia a dia, porquanto, além da vida espiritual, elas desenvolvem trabalhos comunitários, que constituem atividades muito positivas para encarar esse mal.

Anos atrás, um famoso especialista em estresse explicou como costumava agir ante uma situação estressante de modo a manter-se calmo e não perder a batalha: “Simplesmente, ante um fato assim, pergunto a mim mesmo: - Que importância esse fato terá daqui a cinco anos?”

Nós espíritas, incorporando à experiência de vida o que temos aprendido com a doutrina espírita, poderíamos adotar, diante das tensões e vicissitudes da existência corpórea, pergunta semelhante, embora algo modificada, dirigindo-a a nós mesmos: “Que importância esse fato terá na próxima encarnação?” Haverá postura melhor do que essa?

 

 

 

 

 

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