Lei
de causa e efeito e paz na Terra
JORGE
LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De
Brasília, DF
Alma
querida, hoje gostaria de refletir contigo sobre a guerra e a lei de causa e
efeito. Embora, na Terra, os conflitos bélicos sempre existissem, desde a
Segunda Guerra Mundial vivíamos em relativa paz no Ocidente. Quando esse
conflito acabou, em 1945, eu ainda não havia nascido. Entretanto, os 77 anos de
relativa paz mundial devem ter dado a impressão a muita gente de que jamais
voltariam a ocorrer, no mundo, as aberrações dum combate sangrento, com
milhares de pessoas morrendo de ambos os lados da luta. Isso sem me referir à
chamada guerra fria, que se iniciou em 1947 e só terminou em 1991.
Passo,
então, ao relato de amigo português espírita, aposentado e residente em
Brasília sobre sua experiência militar de vida passada e presente:
—
Desde que me casei — disse-me ele — eu e a esposa, brasileira, nos reunimos, ao
menos uma vez por semana, para a realização do culto do evangelho no lar.
Com o correr dos anos, tivemos três filhos no Brasil: duas meninas e um menino.
Mas é a filha mais nova que, desde os primeiros anos de idade, é médium vidente
e audiente.
Minha
memória de reencarnação passada é nula — continuou — mas nunca me esqueço de
uma manifestação mediúnica ocorrida em meu lar. Parece-me que foi há poucos
dias, mas já se passaram cerca de 12 anos. Antes de encerrarmos o culto do
evangelho com uma prece, a filha médium disse-nos que estava vendo um espírito
de alta elevação, cujo nome não vou declinar, para não parecer que é vaidade.
Esse
espírito, a quem nossa filha não se dignava levantar os olhos para vê-lo,
disse-nos ter sido rei, há quase sete séculos, em Portugal. Também disse amar
muito a todos nós, o que não é privilégio nosso, pois todo espírito elevado ama
muito a muitos. Afirmou, ainda, que alguns dos que ali estávamos fizeram parte
de sua família real, naquele tempo. Quanto a mim, fui informado de que fora seu
soldado. Então, entendi o motivo de ter nascido com graves problemas
auditivos, desde a infância.
—
É mesmo?, perguntei-lhe. E que problemas são esses? — E Dinis, o amigo,
respondeu-me:
—
Desde criança, sofri muito, com otite, em ambos os ouvidos, que nenhum
antibiótico curava. Como você sabe, fui militar no Exército do Brasil, pois seu
generoso país permite-nos, aos portugueses, alistar-nos aqui. Somente quando eu
tinha 28 anos de idade, os otorrinos militares, após exame de raios x do meu
crânio, descobriram a causa: “colesteatomas bilaterais”, que são tumores
benignos localizados nos ouvidos médios. No meu caso, o do ouvido esquerdo foi
considerado gigante. Operado, nos dois anos seguintes, perdi parte da audição,
o que não me impediu de lecionar durante cerca de 25 anos. Com o agravamento da
perda auditiva, em 2010, precisei parar de dar aulas.
—
Que pena, disse-lhe. Fui seu aluno, e você é excelente professor.
Após
agradecer-me, Dinis continuou:
—
Eu já havia sido informado por dois médiuns, anos antes, que minha infecção
auditiva era proveniente de lesão no perispírito; primeiro, em virtude dos atos
de guerra, depois, noutra encarnação, suicidei-me com tiro no ouvido...
Curiosamente, fui soldado também na atual existência durante 20 anos...
Dinis
abriu um largo sorriso português e prosseguiu sua fala:
—
Após ter sido aprovado em concurso público, em 1993, ou seja, dois anos após a
guerra fria, dei baixa do Exército quando já estava prevista, para o fim do
ano, minha promoção a subtenente. E embora já se tenham passado aproximadamente
30 anos de minha alforria militar, até hoje tenho horror às guerras.
—
Também jamais gostei de guerras, mesmo que sejam em filmes, amigo Dinis – eu
disse, por fim, ao meu amigo. E ele concluiu sua história:
—
Como disse antes, não me lembro de nada do que fiz no passado, mas não devo ter
sido bom soldado há sete séculos.
Então,
termino com estes versos sobre a causa de seu sofrimento nesta encarnação, em
trinta anos de infecção em ambos os ouvidos, para nossa reflexão:
Quando
quem causar a guerra
Souber
que responderá
Por
cada irmão que matar
A
paz reinará na Terra.
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
Como consultar as matérias deste blog? Se você não
conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário