sábado, 19 de novembro de 2022

 



Sílvia e José Grosso, meus protetores

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília, DF

 

No último domingo, estive numa reunião espírita presencial, no Guará 1, cidade brasiliense. Fora convidado para proferir palestra pública no Centro Espírita André Luiz. No salão modesto, onde cabiam  cerca de cem pessoas, estava presente bom público.

Discorremos sobre as Diversas Moradas da Casa do Pai e parece que não fomos mal, pois a vice-presidente, ao final da palestra, elogiou-nos e agradeceu discretamente. Nos 30 minutos antes de nossa exposição, o jovem Ubiraci tocou violão e cantou para o público presente. O músico ocupou a cadeira ao lado direito da mesa. O dirigente foi o Sr. Juraci, que, junto com a vice-presidente Bernadete, compôs a mesa conosco.

Terminada a palestra, fui convidado para dirigir-me à sala ao lado, onde todos receberíamos um passe e eu faria a prece de encerramento dos trabalhos. Tão logo essas atividades terminaram, a Sra. Bernadete perguntou-me se eu ainda trabalhava como psiquiatra ou se já me aposentara.

Como me referira a trabalho assistencial de que participo, semanalmente, em cidade goiana próxima a Brasília, integrado por dois médicos psiquiatras, além de mim e outro colaborador da FEB, a Sra. Bernadete pensou que eu fosse um desses doutores. Expliquei-lhe que não sou psiquiatra, mas sempre tive profunda admiração por esse profissional da medicina. Ela, então, disse-me que vira uma equipe de psiquiatras ao meu lado enquanto eu expunha. Agradeci e respondi-lhe que talvez eu estivesse carente de assistência espiritual na área.

Em seguida, ela falou-me que também vira meu protetor espiritual: o espírito José Grosso. De início, me assustei, mas logo me lembrei de já ter lido algo sobre esse espírito e fiz troça com seu nome: — Talvez seja porque sou grosso... Ouvindo isso, ela explicou-me que esse espírito, em sua última encarnação, fizera parte da equipe de Lampião, mas como não concordara com os métodos violentos desse cangaceiro, sempre que sabia da visita de Lampião a uma casa, para a prática de crime, alertava seus moradores para fugirem antes da chegada do cangaceiro e seus comparsas. Ao saber disso, Lampião arrancou-lhe os olhos com uma faca e o deixou na mata. Ali, José Grosso ficou até vir a falecer vitimado por infecção generalizada.

Por esse motivo, ao retornar para casa, fiz nova pesquisa e descobri estas pérolas sobre “meu protetor”, que só conheci agora, quando já estou idoso. Também só depois dos 60 anos de idade conheci minha madrinha Sílvia, residente em Juiz de Fora, que é carinhosamente tratada como Silvinha.

Silvinha é católica praticante e diariamente me encaminha um vídeo de aproximadamente 5 minutos, com fala do padre Émerson. Sempre espiritualizado e respeitoso às pessoas de todas as crenças, ele comenta um versículo do Novo Testamento. O nome do programa é Palavra do Dia, e, nos trinta segundos finais, ouvimos o som da música Aleluia... aleluia. Ao fundo, o Sol aparece brilhando e vai desaparecendo aos poucos. Lindo! Como sou, antes de qualquer coisa, espírita cristão, vez por outra compartilho em meu blog o vídeo com a mensagem muito evangelizada do novo discípulo do Cristo.

Curioso com a história de José Grosso, resolvi pesquisar sobre a vida e características desse espírito, na internet e em obras de minha biblioteca particular. Tudo o que Bernadete disse foi confirmado na pesquisa que fiz. Mais ainda, soube que ele é um espírito muito disciplinado e espiritualizado.

Depois lembrei-me de que o espírito José Grosso apresentou-se em fenômenos de materialização e curas, e colhi estas informações no site d’O Consolador, revista semanal espírita:

 

Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, reencarnou diversas vezes na Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo desencarnado por volta do ano de 751. Renasceu também na Holanda, onde exerceu o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.

Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade pelos Espíritos Scheilla e Joseph Gleber, os quais mantiveram laços com ele quando de sua romagem terrena na Germânia.

Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados, dizia “ser folha caída dos ventos do Norte”.

Entre os médiuns por meio dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), extraordinário médium de efeitos físicos, notabilizado pelas materializações luminosas, nascido na cidade de Pacatuba, Ceará, em 1° de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas, de Rafael Ranieri (NEGREIROS, Estênio. José Grosso, um Bandoleiro do Bem. Crônicas e Artigos, Ano 6 – Nº 272 – 5 ago 2012. Disponível em: http://www.oconsolador.com.br/ano6/272/estenio_negreiros.html. Acesso em 10 nov. 2022)

 

Alma irmã, não será por falta de boa companhia e assistência espiritual que eu venha a cair. Que Deus ilumine, cada vez mais, o espírito José Grosso, que de grosso nada tem, a Silvinha e o padre Émerson, bem como nossas maravilhosas famílias espirituais e físicas.


Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 

 

 

 

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Um comentário:

  1. Querido irmão em Cristo Jesus! Gratidão por esses relatos esclaredores🌼🌼🌿

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