segunda-feira, 28 de novembro de 2022

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 2

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

8. Podemos afirmar que nenhuma prece fica sem resposta?

Sim. Nenhuma louvação, rogativa ou gratidão expressa através da prece fica sem resposta adequada, desde que os sentimentos lhe acompanhem o curso oracional. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

9. Qual era o objetivo inicial da Caravana socorrista enviada à crosta pela Colônia?

Atender um jovem sacerdote que se encontrava em momento muito grave da sua existência, lutando com tenacidade contra as tendências infelizes do passado, que o assaltavam agora com pertinaz incidência. Embora forjado em sentimentos humanitários e cristãos, ele perdia lentamente as forças na imensa pugna travada contra as más inclinações que predominavam no seu íntimo e porque também estava sob indução espiritual perversa e perigosa. Quando a equipe chegou ao local em que deveriam iniciar as atividades socorristas, encontraram um jovem religioso mergulhado em terrível conflito interior. Não obstante se encontrasse ajoelhado, orando em desespero, seu pensamento turbilhonado exteriorizava imagens atormentadoras de que se desejava libertar. O rapaz aparentava trinta anos de idade e chamava-se Mauro. Tentando fugir dos tormentos que o sitiavam desde a adolescência e sentindo-se dominado pelo desvario das tendências sexuais infelizes, ele procurara refúgio na Religião, na qual imaginava poder deter os desejos infrenes que o aturdiam, mas sua tarefa era complexa e muito difícil. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)

10. Apesar de suas tendências pessoais para a conduta infeliz, o sacerdote Mauro era também vítima de seus próprios comparsas?

Sim. Vinculado a terrível Organização espiritual jesuítica do passado, quando cometeu arbitrariedades contra criaturas tidas como inimigas e silvícolas que tombaram nas suas garras ignóbeis, aos quais deveria evangelizar, Mauro ainda não conseguira libertar-se desses comparsas, que hoje prosseguiam inspirando-o na situação calamitosa em que se encontrava. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)

11. Os conflitos sexuais do padre eram efeitos de sua conduta infeliz no passado ou decorrência de obsessão?

Anacleto explicou: “Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador quando existe devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes. Os seus adversários espirituais encharcam-no de ideias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana”. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)

12. As orações, mesmo quando expressam desespero, são captadas e atendidas?

Sim. Todo apelo que procede do coração, mesmo quando as possibilidades emocionais não permitem melhor entrosamento entre o sentimento e a razão, atinge o fulcro para o qual é direcionado. Nenhuma solicitação ao Pai Amantíssimo fica sem resposta, seja qual for a natureza do seu conteúdo, recebendo-a de acordo com o propósito de que se reveste. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)

13. Embora com dificuldade de descrever o local e o ambiente cultivados pela Comunidade pervertida, que informações sobre o assunto Manoel Philomeno de Miranda consignou nesta obra?

A degradação moral era ali evidente. As personagens presentes formavam a grande massa deambulante e movimentada em todos os lados. A tonalidade avermelhada da iluminação, que fazia recordar os archotes fumegantes do passado, produzia um aspecto terrificante no ambiente, que esfervilhava de Espíritos de ambos os lados da vida em infrene orgia de alucinados. Podia-se perceber que Espíritos vitimados por graves alterações e mutilações no perispírito misturavam-se à malta desenfreada na exaltação do sexo e das suas mais sórdidas expressões, a acompanhar freneticamente um desfile de carros alegóricos, que faziam recordar os carnavais da Terra, exibindo, porém, cenas de terrível horror e espetáculos de grosseira manifestação da libido. (Obra citada, capítulo 3: A comunidade da perversão moral.)

14. O Espírito do padre Mauro ali também comparecia? 

Sim. Podiam ser vistos ali diversos Espíritos reencarnados que seguiam jugulados aos seus algozes, presos a coleiras como se fossem felinos esfaimados, babando ante o espetáculo que lhes aguçava os instintos grosseiros. Entre outros, encontrava-se o padre Mauro com o seu sicário, que dele escarnecia e o amedrontava, enquanto, debatendo-se para liberar-se da retenção e atirar-se no vulcão de asquerosa sensualidade, urrava em deplorável aspecto. (Obra citada, capítulo 3: A comunidade da perversão moral.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/11/blog-post_21.html

 

 

 

 

 

 

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