quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

 



CINCO-MARIAS

 

Famílias resilientes

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com



Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira
. L. Tolstói.

 

Está tentando educar alguém? Seja dedicado e procure, sem segundas intenções, nutrir amor, respeito e solidariedade.

De certo modo, as famílias que educam os filhos de maneira mais eficiente, de uma perspectiva honesta, consideram que os seres humanos ansiamos por laços profundos e, no começo da vida, por amor generoso e aprovação. Assim, enquanto as crianças crescem, elas sabem que fará muita diferença, por exemplo, os adultos da casa afirmarem aos filhos que inteligência não tem a ver somente com tirar nota 10. Na realidade, inteligência tem relação especialmente com a capacidade de ter empatia e estar em sintonia com o que as outras pessoas sentem – e isso porque também somos seres espirituais, emocionais…

Por que os pais não podem ensinar habilidades criativas à vida? Como, por exemplo, recuperar-se depois de uma decepção, ter consciência dos pensamentos e das emoções, saber pôr em prática humildade, bondade, alegria empática (e fazê-lo em casa, na escola, no caminho)…

Com regularidade, famílias resilientes procuram lembrar que está tudo bem se o filho mais novo ou a filha mais velha for bem em uma área e não bem em outras… Essas famílias, cientes de que o propósito maior da vida nunca tem a ver com se comparar com os outros, tentam de modo franco ajudar o filho a se aprofundar na área de interesse dele, sem esquecer, no entanto, que não importa quão ricas ou poderosas sejam algumas pessoas, não há razão para se sentir inferior...

Por fim, essas famílias consideram que a resiliência que a elas se integra no cotidiano depende largamente de atenção e compromisso em garantir o cuidado de todos os membros. E elas têm isso presente. Todos os dias.

 

Notinha

 

A família contemporânea vem passando por mudanças estruturais significativas, tornando as relações entre seus membros mais igualitárias e assumindo novas configurações familiares. Além disso, a família se redefine sucessivamente em novos modos de ser família, principalmente através da superação de conflitos e do uso de solidariedade. Isso, por sua vez, acaba por dar vigor à resiliência.


 
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Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), está concluindo em São Paulo a formação em Psicanálise. Ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 

 

 

 

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