quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

 



Revista Espírita de 1862

 

Allan Kardec

 

Parte 7

 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1862, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1862 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. Ante as perseguições que os espíritas sofriam, que recomendação fez Santo Agostinho?

B. Como o público europeu recebeu o livro “O Espiritismo em sua expressão mais simples”?

C. Que é necessário para combater a incredulidade?

 

Texto para leitura

 

69. Mártires do Espiritismo, para Santo Agostinho, são os que escutam, a cada passo, palavras insultuosas, como louco, insensato, visionário, as afrontas da incredulidade e outros sofrimentos ainda mais amargos. Mas a sua recompensa será bela, porque o lugar que o Cristo prepara aos mártires do Espiritismo será ainda mais brilhante. (P. 122)

70. Lázaro e Lamennais lembram que só a ideia será combatida e ridicularizada, mas que já passou a época das fogueiras e dos tormentos físicos. (PP. 123 e 124)

71. Comentando os ataques feitos ao Espiritismo pelos católicos nos cursos de Teologia e na Revista Católica, que atribui a doutrina espírita à obra do demônio, Erasto recomenda que se deve deixá-los falar e agir, porquanto, no fundo de suas consciências, eles sentem que apenas os espíritas estão com a verdade. (PP. 124 e 125)

72. Focalizando ainda o tema perseguição aos espíritas, Santo Agostinho recomenda coragem e trabalho, afirmando que chegará o momento em que não será apenas a portas fechadas que se pregará a doutrina santa do Espiritismo. “Preparai-vos – aconselha Agostinho – para as perseguições pelo estudo, pela prece, pela caridade.” (P. 125)

73. A Revista informa que o livro “O Espiritismo em sua expressão mais simples”, do qual já haviam sido vendidos cerca de dez mil exemplares, estava em nova impressão com várias correções importantes. Cerca de noventa dias após lançado, o livro já estava traduzido para o alemão, o russo e o polonês. (P. 126)

74. Após mais de um ano de sofrimentos cruéis, faleceu em 21/4/1862 um dos colegas de Kardec, o Sr. Sanson. Evocado, a seu pedido, uma hora antes do enterro, Sanson – que recobrou a lucidez ao cabo de oito horas – se disse ainda fraco e trêmulo, mas lúcido e sem suas antigas dores. (PP. 127 a 130)

75. A Revista transcreve o discurso feito por Kardec no enterro de Sanson, o amigo que suportou longos e cruéis padecimentos com uma paciência e uma resignação realmente cristãs, dignas do verdadeiro espírita que ele fora. (PP. 132 a 136)

76. Convertido ao Espiritismo pela simples leitura do livro “O Espiritismo em sua expressão mais simples”, que ele viu numa vitrine de livraria, o capitão Nivrac desencarnou dez dias depois com as ideias inteiramente mudadas. É que, nesse curto período, ele resolveu ler e leu “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns” e alguns números da Revista Espírita, tornando-se um zeloso propagandista do Espiritismo. (PP. 136 e 137)

77. Evocado, o capitão contou que, quando leu o primeiro livro espírita, ficou emocionado, porque viu exposta ali uma doutrina tão clara e precisa, que Deus lhe apareceu na sua bondade e o futuro lhe pareceu menos sombrio. Na sequência, falando sobre a aceitação do Espiritismo pelos oficiais do Exército francês, Nivrac disse ser necessário que a cabeça se torne séria, para que o corpo a siga, e afirmou que com o Espiritismo o oficial compreende melhor o seu dever, confirmando mensagem de outro Espírito que também entende que o soldado espírita é mais fácil de comandar. (PP. 137 a 139)

78.  A Revista noticia o caso Maximiliano V..., que se suicidou por amor. Evocado, o Espírito do rapaz disse ter sido poeta numa outra encarnação, quando conheceu Elvira, a mesma mulher por quem acabou suicidando. Consultado, o guia do médium informou que a punição do seu ato, apesar de sua pouca idade, seria terrível. (PP. 139 a 143)

79. Depois de relatar como se deu a conversão de Gauzy, antigo oficial em Paris, Kardec diz que esta conversão é mais um exemplo da causa mais frequente da incredulidade. Para fazer crer, é necessário fazer compreender. Enquanto forem dadas como verdades absolutas coisas que a razão repele, far-se-ão incrédulos e materialistas. (PP. 143 a 145) (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões propostas

 

A. Ante as perseguições que os espíritas sofriam, que recomendação fez Santo Agostinho?

Em primeiro lugar, ele recomendou coragem e trabalho, afirmando que chegaria o momento em que não seria apenas a portas fechadas que se pregaria a doutrina espírita. “Preparai-vos – disse Agostinho – para as perseguições pelo estudo, pela prece, pela caridade.” (Revista Espírita de 1862, p. 125.)

B. Como o público europeu recebeu o livro “O Espiritismo em sua expressão mais simples”?

A recepção a essa obra de Kardec foi algo inusitado, porque, além de terem sido vendidos cerca de dez mil exemplares pouco tempo depois de lançada, em três meses ela já estava traduzida para o alemão, o russo e o polonês. (Obra citada, pág. 126.)

C. Que é necessário para combater a incredulidade?

Para fazer alguém crer, é necessário fazer compreender. Enquanto forem dadas como verdades absolutas coisas que a razão repele, far-se-ão incrédulos e materialistas. (Obra citada, pp. 143 a 145.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique em https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_11.html

 

 

 

 

 

 

 

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