segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 8

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

50. Padre Mauro procurou o Bispo para confessar-se? 

Sim. Estando os dois em um ambiente adequado dentro do Palácio Episcopal, o jovem sacerdote aproximou-se, ajoelhou-se aos pés do Bispo e, cobrindo o rosto com as mãos, em tentativa infantil de ocultar a vergonha que o vergastava, desabafou: “Pequei... E pequei gravemente. Para o meu erro não sei se há perdão. O meu é o crime mais vergonhoso que pode acontecer, e quase não tenho forças para confessá-lo”. Ato contínuo, descreveu os atos que tanta vergonha lhe causavam. (Sexo e Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

51. Qual foi a reação do Bispo ante a confissão de Mauro? 

Ele ficou profundamente chocado e mais de uma vez se agitou, fazendo esforço para controlar-se, ante a desesperação que o assaltou. Ele jamais imaginaria tão grave ocorrência no seio do seu rebanho, e especialmente em alguém que fora preparado para ser pastor. Ao término da confissão, ele disse palavras muito duras ao padre, a quem dirigiu inúmeras perguntas: “Como pôde, por tanto tempo, viver uma existência de abominação de tal monta, sem nada comunicar ao seu confessor? Que tem feito da fé religiosa que abraça e denigre com a sua conduta desvairada? Onde pôs o coração, ferindo vidas em formação e desencadeando a ira celeste? Que espera da Igreja, que vem sofrendo inconcebíveis perseguições, face à fuga dos seus sacerdotes e monjas, que abandonam os compromissos e se entregam às dissoluções dos costumes modernos?” (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

52. Pode a morte de uma pessoa dar-se por merecimento?  

Sim. Foi o que, segundo o médium Ricardo, ocorreu com o jovem Marcos. Morto em um acidente, ele ali se encontrava muito bem, já recuperado do transe experimentado após os fatos que lhe causaram o óbito. O que parecia um grande mal fora, em realidade, uma bênção. Eis o que, falando aos pais do jovem, disse o médium: “Desejo informá-los que a sua foi uma desencarnação ou morte por merecimento... Ele partiu, porque não mereciam, nem ele, nem os senhores, sofrer, caso permanecesse no corpo. O traumatismo craniano de que foi objeto, se ele permanecesse no corpo, faria que ficasse como um morto, apenas em vida vegetativa, e como o Pai é todo amor, amenizou a dor de todos, reconduzindo-o ao lar, onde os aguarda em festa, porém após os senhores concluírem os seus deveres que os manterão no mundo, já que ainda não é chegado o momento do seu retorno”. E acrescentou: “Ele agradece todo o carinho que sempre recebeu dos pais queridos, a felicidade que desfrutou durante toda a existência, que não foi larga, porém o suficiente, nos seus vinte e seis anos, para realizar as metas que havia traçado”. (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

53. Diante da dor e do sofrimento alheio, qual é o papel da casa espírita?  

A dor – que despedaça as multidões – aguarda fatos e não discussões infrutíferas, socorro imediato e consolação antes da alucinação, ao invés de aguerridos combates silogísticos críticos, enquanto se cruzam os braços distantes da ação recomendada pelo Codificador e pelos Espíritos nobres para a caridade nas suas múltiplas expressões, sem a qual de nada adiantam os debates intelectuais presunçosos e vazios de conteúdos moral e espiritual. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas facetas científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos ético-morais-religiosos, ele sobreviverá como O Consolador que Jesus nos prometeu, conforme bem o definiu Allan Kardec sob a segura orientação dos Guias da Humanidade. (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

54. Diante do padre Mauro, na iminência de suicidar-se, que fizeram os benfeitores espirituais?   

Percebendo a gravidade da situação e vendo a aflição da genitora de Mauro, em pranto e em prece, o Mentor acercou-se-lhe e disse: “Nesta emergência, vemos apenas uma solução de imediato, que é a querida amiga acercar-se do filho, apresentar-se-lhe, e despertá-lo para a realidade”. De imediato, ele concitou o grupo e dona Martina a que se concentrassem firmemente, oferecendo-lhe energias próprias para o cometimento, enquanto lhe sugeria que focasse o campo mental do filho e o chamasse nominalmente, várias vezes, com o que ela anuiu, confiante. “Mauro, meu filho – chamou com energia a mãezinha desencarnada –, desperte! Mauro, ninguém morre. Recorde-se, neste momento, de Jesus.” (Obra citada, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

55. A mãe conseguiu falar ao padre Mauro e ser por ele ouvida?  

Sim. Com as palavras que lhe foram endereçadas por sua mãe, uma nova onda mental penetrou o cérebro do aturdido sacerdote, que experimentou um choque vibratório por todo o corpo, fazendo-o despertar do letargo doentio. Experimentando um estado superior alterado de consciência, Mauro pareceu escutar o apelo materno e, inesperadamente, pôde detectá-la à sua frente com os braços distendidos em atitude de quem desejava afagá-lo, tombando de joelhos e exclamando: “Mamãe, é você ou algum anjo do Senhor que veio em meu socorro?” A mãe respondeu: “Sou a tua mãezinha de sempre, que retorna como anteriormente, a fim de ajudar-te neste instante grave da tua existência. O Senhor deseja a morte do pecado, nunca a do pecador. Não há mal para o qual não exista remédio, nem ação nefanda que possa ser considerada irrecuperável. Para e pensa! O teu é um erro hediondo, mas o amor do Pai é infinito, e pode albergar todos os crimes para diluí-los, ajudando os criminosos a se recuperarem a fim de auxiliarem as vítimas que infelicitaram”. (Obra citada, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

56. Diante das palavras que a mãe dirigia ao filho, qual foi a atitude do obsessor que tentara levar Mauro ao suicídio?  

Vendo tudo o que ali acontecia e não suportando a cena de ternura, o réprobo e perseguidor retirou-se blasfemando, furibundo. (Obra citada, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

 

 

Observação:

Para acessar a parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_02.html

 

 

 

 

 

 

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