CINCO-MARIAS
EUGÊNIA PICKINA
Toda gentileza é uma
declaração de amor. Mia Couto
Em casa, quando a criança vê desde cedo que todos
compartilham os afazeres domésticos, achará natural ter obrigações também,
cooperando para que prevaleça o equilíbrio e a ordem das coisas, agregando esse
valor para a própria vida.
Como ensinar uma criança a se organizar em casa?
Há vários modos de ajudar uma criança a aprender a
se organizar. No quarto, por exemplo, a criança precisa ter poucas coisas.
Amontoar ou empilhar objetos – sejam livros, roupas ou brinquedos – dificulta o
exercício da arrumação. De outra parte, envolver a criança na limpeza do quarto
estimula o cuidado diário com os brinquedos, a arrumação da cama, a organização
dos livros, a responsabilidade pelo material escolar.
A instituição semanal de tarefas facilita o
aprendizado da auto-organização na infância
Para o bem comum, é importante a família instituir
semanalmente quem se encarregará de quais tarefas na casa. A criança, por sua
vez, pode ter afazeres simples, mas ela precisa participar e cumprir aquilo que
foi estabelecido. Se uma criança de dois anos é capaz de tirar o prato da mesa,
uma de cinco anos pode arrumar a cama e ajudar a separar o lixo, por exemplo…
Auto-organização é essencial à construção da
autonomia da criança
A auto-organização está diretamente ligada à
construção da autonomia, da responsabilidade e do espírito cooperativo. No dia
a dia, a criança precisa de uma rotina, porque isso a ajudará a se desenvolver
de modo mais saudável, conseguindo brincar com tranquilidade entre a lição de
casa e as tarefas domésticas.
Uma sugestão prática é cultivar plantas em casa que
tem criança. Ciência e senso comum atestam que crianças que participam do
cuidado das plantas crescem mais confiantes, mais cooperativas e empáticas…
Refazer a tarefa da criança é um desserviço à sua
autoconfiança
Acabou a brincadeira? É hora de guardar os
brinquedos.
Mas, no dia a dia, não esqueça: não refaça o trabalho
que seu filho executou, pois, ao fazê-lo, mesmo que não seja sua intenção,
remete à criança a mensagem que o que ela fez não é suficientemente bom. Além
disso, é a prática que leva à perfeição. Arrumar a mochila aos cinco anos é
distinto de arrumar a mochila aos trinta anos. Mas o que importa à criança é a
simples lógica de fazê-lo...
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência
ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra
cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de
São Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
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