No Invisível
Léon Denis
Parte 21
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.
Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. É verdade que quase todos os
grandes compositores são ou foram sensitivos ou médiuns?
B. Para manifestar-se no meio
humano, o Espírito necessita do concurso dos encarnados?
C. São idênticos os processos
utilizados pelo hipnotismo e pelo magnetismo?
Texto para
leitura
580. O Sr. François Coppée, o poeta acadêmico, ouviu muitas
vezes uma voz misteriosa. É o que nos informa o Sr. Jules Bois em sua pesquisa
sobre “L'Au-de là et lês forces inconnues”, publicada pelo jornal Le
Matin (7 de outubro de 1901):
“É sempre quando estou deitado – escreve o poeta – e pouco
depois de ter apagado a luz, que se produz o fenômeno. Ouço então distintamente
uma voz que me chama por meu apelido de família: Coppée! É absolutamente certo
que eu não estou dormindo nesse momento; e a prova é que, apesar da viva emoção
e do acelerado palpitar do coração que sinto, tenho sempre retorquido
imediatamente: ‘Quem está aí? Quem me fala?’ Mas nunca a voz acrescentou coisa
alguma no seu simples chamado. Essa voz me é desconhecida. Não me faz lembrar a
voz de meu pai, nem a de minha mãe, nem a de qualquer outra pessoa que particularmente
me estimasse, ou que eu amasse extremosamente e que já não exista. Mas,
repito-o, é clara e distinta, e, o que é verdadeiramente notável, e vo-lo
asseguro, espantoso, pela inflexão que dá ao meu nome, tão breve como é, parece
corresponder ao sentimento que me anima. Só muito raramente me tem acontecido
ouvir essa voz, e em circunstâncias bastante graves da minha vida moral, quando
acabrunhado por um desgosto ou descontente de mim mesmo. E sempre a voz
traduziu uma expressão, ou compadecida ou de reprovação, já seja condoendo-se
da minha aflição, ou censurando meu sentimento mau. E nisso tenho a certeza a
mais de que não é em sonho que ouço essa voz; porque nunca me falou senão
quando precisamente eu me achava bem desperto por minhas preocupações.”
581. Em certos médiuns, o sentido psíquico pode apreender
as vibrações mais sutis do pensamento dos Espíritos e mesmo perceber as
penetrantes harmonias dos espaços e dos mundos, os concertos dos Espíritos
celestes. A faculdade de audição se torna, às vezes, extensiva a todas as
pessoas presentes.
582. Em sua História do Espiritualismo na América, a
Sra. Hardinge-Britten refere que a Sra. Tamlin foi, nesse país, o primeiro
médium por cuja intervenção se ouviram árias tocadas em instrumentos invisíveis
com a maior perfeição. Os sons variavam, desde os mais intensos aos mais
graves. Em certos momentos, dir-se-ia serem os acordes de uma harpa eólia.
Parecia que os sons se iam transformar em voz humana de esquisita doçura. Esses
fatos se repetiam depois em meios muitíssimo diversos.
583. Durante as célebres sessões dadas por Jesse Shepard em
todas as grandes capitais e em presença de vários soberanos, como nas do Dr.
Sant'Angelo, em Roma, ouviram-se coros celestes e os acordes de múltiplos
instrumentos invisíveis. Solos que eram entoados permitiam reconhecer as vozes
de cantores ou cantoras falecidos.
584. Quase todos os grandes compositores são sensitivos,
médiuns auditivos ou inspirados. Seus próprios testemunhos em tal sentido são
dignos de fé. Encontram-se em Goethe (“Cartas a um filho”) as seguintes
particularidades acerca de Beethoven:
“Beethoven, referindo-se à fonte de que lhe provinha a
concepção de suas obras-primas, dizia a Betina: ‘Sinto-me obrigado a deixar
transbordar de todos os lados as ondas de harmonia provenientes do foco da
inspiração. Procuro acompanhá-las e delas me apodero apaixonadamente; de novo
me escapam e desaparecem entre a multidão de distrações que me cercam. Daí a
pouco, torno a apreender com ardor a inspiração; arrebatado, vou multiplicando
todas as modulações, e venho, por fim, a me apropriar do primeiro pensamento
musical. Vede agora: é uma sinfonia... Tenho necessidade de viver só comigo
mesmo. Sinto que Deus e os anjos estão mais próximos de mim, na minha arte, do
que os outros. Entro em comunhão com eles, e sem temor. A música é o único
acesso espiritual nas esferas superiores da inteligência.’ Em seguida a haver
composto suas mais suaves harmonias, exclamava ele: – ‘Tive um êxtase’.”
585. Mozart, por sua vez, numa de suas cartas a um amigo
íntimo, nos inicia nos mistérios da inspiração musical:
“Dizes que desejarias saber qual o meu modo de compor e que
método sigo. Não te posso verdadeiramente dizer a esse respeito senão o que se
segue, porque eu mesmo nada sei e não mo posso explicar. Quando estou em boas
disposições e inteiramente só, durante o meu passeio, os pensamentos musicais
me vêm com abundância. Ignoro donde procedem esses pensamentos e como me
chegam; nisso não tem a minha vontade a menor intervenção.”
586. No declínio de sua vida, quando já sobre ele se
estendia a sombra da morte, em um momento de calma, de perfeita serenidade, ele
chamou um de seus amigos que se achavam no quarto: “Escuta – disse ele – estou
ouvindo música.” O amigo lhe respondeu: “Não ouço nada.” Mozart, porém, tomado
de arroubo, continua a perceber as harmonias celestes. E seu pálido semblante
se ilumina. Cita depois o testemunho de S. João: “E eu ouvi música no céu!” Foi
então que compôs o seu “Requiem”. Logo que o concluiu, chamou sua filha Emelia
e lhe disse: “Vem, minha Emelia, minha tarefa está terminada: meu ‘Requiem’
está concluído!” Sua filha cantou algumas estrofes; depois, quando terminou,
demorando-se nas notas melancólicas e profundas do trecho, voltou-se docemente
a procurar o sorriso aprobativo de seu pai, mas só encontrou o sorriso calmo e
repousado da morte. Mozart não era mais deste mundo.
587. Massenet, a propósito de seu poema sinfônico “Visões”,
interpretado em Leeds, em 1898, escrevia estas linhas reproduzidas pelo
“Light”, de Londres, 1898:
“Há alguma coisa de mais ou menos experimental nesta
composição, e eu desejo que os primeiros que a ouvirem não formem a seu
respeito uma ideia falsa. Vou referir-vos a história da sua gênese. Há muito
pouco tempo viajava eu no Simplon. Tendo chegado a um pequeno hotel, situado em
meio das montanhas, tomei a resolução de aí passar alguns dias numa tranquilidade
absoluta. Instalei-me, pois, para gozar um pouco de repouso; mas na primeira
manhã, enquanto estava sentado, sozinho, em meio desse majestoso silêncio das
montanhas, escutei uma voz. Que cantava ela? Não sei. Mas sempre essa voz
espiritual, estranha, me ressoava aos ouvidos, e eu fiquei absorto em um sonho,
nascido da voz e da solidão das montanhas.”
588. Massenet e Mozart recebiam, pois, as inspirações do
exterior, independentemente de sua vontade.
589. Pode-se dizer que a intervenção do Alto, a comunhão do
Céu e da Terra se afirmam de mil modos na concepção do pensamento e do gênio,
para a vitória do belo e a realização do ideal divino. É esta uma verdade de
todos os tempos. Até agora foi imperfeitamente compreendida. Mas a luz se faz
e, dentro em pouco, a Humanidade se adiantará, mais cheia de confiança, por
essa via fecunda. A comunhão entre os mortos e os Espíritos inspiradores
tornar-se-á mais efetiva, mais consciente, e com isso ganhará em vigor e
amplitude a obra humana.
590. XV - A força psíquica - Os fluidos - O magnetismo – O
estudo dos fenômenos espíritas nos fez conhecer estados de matéria e condições
de vida que a Ciência havia por longo tempo ignorado. Ficamos sabendo que, além
do estado gasoso e mesmo do estado radiante descoberto por William Crookes, a
matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos “fluidos”. À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas
da energia. É sob esse aspecto que se revela na maior parte das experiências de
que falaremos nos capítulos seguintes.
591. Quando um Espírito se manifesta no meio humano, só o
pode fazer com o auxílio de uma força haurida nos médiuns e nos assistentes.
Essa força é gerada pelo corpo fluídico. Tem sido alternativamente designada
sob os nomes de força magnética, nêurica, etérica; chamar-lhe-emos, por nossa
parte, força psíquica, pois que obedece à vontade, que é de fato o seu motor;
os membros lhe servem de agentes condutores; ela se desprende mais
particularmente dos dedos e do cérebro.
592. Existe em cada um de nós um foco invisível cujas
radiações variam de intensidade e amplitude conforme nossas disposições
mentais. A vontade lhes pode comunicar propriedades especiais; nisso reside o
segredo do poder curativo dos magnetizadores. A estes, efetivamente, é que em
primeiro lugar se revelou essa força, em suas aplicações terapêuticas.
Reichenbach a estudou em sua natureza e deu-lhe o nome de “od”. William Crookes
foi o primeiro a medir-lhe a intensidade.
593. Os médiuns de efeitos físicos exteriorizam essa força
em grande abundância; todos nós, porém, a possuímos em diversos graus. Mediante
essa força é que se produz a suspensão de mesas no ar, a mudança de objetos,
sem contacto, de um lugar para outro, o fenômeno dos transportes, a escrita
direta em ardósia, etc. É constante a sua ação em todas as manifestações
espíritas.
594. Os eflúvios do corpo humano são luminosos, coloridos
de tonalidades diferentes – dizem os sensitivos, que os distinguem na
obscuridade. Certos médiuns os veem, mesmo em plena luz, a escapar-se das mãos
dos magnetizadores. Analisados ao espectroscópio, a extensão de suas ondas tem
sido determinada segundo cada uma das cores.
595. Esses eflúvios formam em torno de nós camadas
concêntricas que constituem uma espécie de atmosfera fluídica. É a “aura” dos
ocultistas, ou fotosfera humana, pela qual se explica o fenômeno de
exteriorização da sensibilidade, estabelecida pelas numerosas experiências do
Coronel De Rochas, do Dr. Luys, do Dr. Paul Joire, etc.
596. O Dr. Baraduc fabricou um aparelho, denominado
biômetro, com o qual conseguiu medir a força psíquica. Esse aparelho compõe-se
de uma agulha de cobre suspensa por um fio de seda, acima de um quadrante
numerado, tudo isso disposto sob um globo de vidro, ao abrigo do ar e das
influências exteriores. Nessas condições, a agulha pode ser influenciada sem
contacto, através do vidro, pelas radiações que se escapam da mão do
experimentador, colocado a distância.
597. Por esse processo se obtêm desvios da agulha, que
variam entre 40 e 75 graus, nos dois sexos, sendo a agulha atraída ou repelida
conforme o estado de saúde ou as disposições mentais das pessoas. Em geral, a
mão direita atrai e a esquerda repele. A força invisível pode influenciar a
agulha através de um pedaço de vidro de dez centímetros de espessura, através
de uma lâmina de mica, de alúmen, de colódio isolador, etc.
598. O Dr. Baraduc efetuou, no espaço de dez anos, mais de
duas mil experiências que lhe permitiram estabelecer, com a mais rigorosa
exatidão, a existência dessa força e a intensidade de sua emissão ou o grau de
atração sobre ela exercida, segundo o vigor ou a debilidade de nossa natureza.
599. As experiências de William Crookes ainda são mais
demonstrativas. Operando em seu próprio laboratório com o médium Home,
serviu-se o eminente sábio de uma balança de grande precisão. A mão do médium
chegou a influenciar o aparelho, sem contacto, a ponto de produzir desvios de
uma das conchas e aumento de peso até oito libras. As experiências foram
repetidas múltiplas vezes, sob as mais rigorosas condições de verificação, em
presença de várias testemunhas, com o auxílio de aparelhos construídos com o
máximo cuidado e de uma extrema sensibilidade. Todas as precauções foram
tomadas para excluir a possibilidade de qualquer fraude.
600. As irradiações da força psíquica podem ser
fotografadas. Se, em completa obscuridade, se coloca a mão acima de uma placa
sensível imergida no banho revelador, ao fim de alguns minutos de exposição
verifica-se que a placa se acha impressionada. Se a ela aderiram os dedos, da
mancha que cada um deles produzir se vê, como de outros tantos focos,
desprenderem-se, e irradiarem em todos os sentidos, ondulações, espirais, o que
demonstra que a força psíquica, como os raios ultravioleta ou os raios
Roentgen, atua sobre os sais de prata.
601. Esse fenômeno foi posto em evidência, pela primeira
vez, em 1872, pelas experiências dos Srs. Beattie, Taylor, Dr. Thompson,
professor Wagner, etc. O Sr. De Rochas o obteve no curso de suas experiências
com a Sra. Lux. A placa colocada a seco sobre a fronte, o coração ou a mão,
lhes reproduz as irradiações conforme a intensidade dos pensamentos, dos
sentimentos, das emoções. A cólera, a dor, o êxtase, a prece e o amor têm suas
irradiações especiais. Assim, a placa fotográfica, esse “olhar lançado ao
invisível”, vem a ser o irrecusável testemunho da irradiação da alma humana.
602. Negado muito tempo pelas corporações doutas, como
negadas foram, por elas, a circulação do sangue, a vacina, o método
antisséptico e tantas outras descobertas, o magnetismo, tão antigo quanto o
mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de hipnotismo.
603. Em verdade, os processos diferem. No hipnotismo, é
pela sugestão que se atua sobre o sensitivo, a princípio para o adormecer, e em
seguida para provocar fenômenos. A sugestão é a subordinação de uma vontade a
outra. O sensitivo se abandona ao experimentador e executa suas ordens,
expressas pela palavra e pelo gesto, ou simplesmente pelo pensamento. Pode-se
obter o mesmo resultado com as práticas magnéticas. A única diferença consiste
nos meios empregados.
604. Os meios usados pelos hipnotizadores são, antes de
tudo, violentos. Se podem curar certas afecções – e não é possível desconhecer
que sua aplicação à terapêutica tenha dado resultados apreciáveis –, na maior
parte das vezes ocasionam desordens no sistema nervoso e, com a continuação,
desequilibram o sensitivo, ao passo que os eflúvios magnéticos, bem dirigidos,
quer em estado de vigília, quer no sono, restabelecem com frequência a harmonia
nos organismos perturbados.
605. A sugestão pode ser exercida de perto ou de longe,
tanto no plano visível quanto no invisível, quer por operadores humanos, quer
por agentes ocultos. Permitindo ao indivíduo agir mentalmente sobre outro, sem
o concurso dos sentidos, ela nos faz melhor compreender a ação do Espírito
sobre o médium. Aquilo que, com efeito, pode obter o homem, cuja ação e poder
são limitados e restritos, uma inteligência desembaraçada dos obstáculos da
matéria grosseira muito melhor o poderá: conseguirá influenciar o sensitivo,
inspirá-lo, servir-se dele para realizar os fins a que se propõe.
606. O magnetismo, considerado em seu aspecto geral, é a
utilização, sob o nome de fluido, da força psíquica por aqueles que
abundantemente a possuem. A ação do fluido magnético está demonstrada por
exemplos tão numerosos e comprovativos que só a ignorância ou a má-fé poderiam
hoje lhe negar a existência.
607. Citemos um caso entre mil:
“O Sr. Boirac, reitor da Academia de Grenoble, foi vice-presidente
da Sociedade Hipnótica de Paris e abandonou o hipnotismo pelo magnetismo depois
da seguinte experiência: entrando em casa, um dia, à tarde, encontrou seu
criado a dormir. O Sr. Boirac o avistou desde o patamar da escada em que se
achava e teve a ideia de tentar uma experiência magnética. Do lugar onde estava
estendeu a mão direita na direção e à altura dos pés do criado adormecido. Após
um ou dois minutos, tendo levantado a mão, viu, com surpresa, elevarem-se os
pés do criado e acompanharem o movimento ascensional da mão. Renovou diversas
vezes a experiência, e de todas elas os resultados foram idênticos.” (Continua
no próximo número.)
Respostas às
questões preliminares
A. É verdade que quase todos os grandes compositores são ou foram
sensitivos ou médiuns?
Sim.
Léon Denis menciona, a propósito do assunto, particularidades relacionadas a
Beethoven e Mozart, que admitiram a origem transcendental de sua inspiração.
Próximo da morte corpórea, Mozart disse a um amigo: “Escuta, estou ouvindo
música”. O amigo lhe respondeu: “Não ouço nada”. Mozart, porém, tomado de
arroubo, continua a perceber as harmonias celestes. Foi então que compôs o seu
“Requiem”. Logo que o concluiu, chamou sua filha Emelia e lhe disse: “Vem,
minha Emelia, minha tarefa está terminada: meu ‘Requiem’ está concluído!” Sua
filha cantou algumas estrofes; depois, quando terminou, demorando-se nas notas
melancólicas e profundas do trecho, voltou-se docemente a procurar o sorriso
aprobativo de seu pai, mas só encontrou o sorriso calmo e repousado da morte.
Mozart não era mais deste mundo. (No Invisível - O Espiritismo
experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília.)
B. Para manifestar-se no meio humano, o Espírito necessita do concurso
dos encarnados?
Sim. O
Espírito só pode manifestar-se em nosso meio com o auxílio de uma força haurida
nos médiuns e nos assistentes. Essa força é gerada pelo corpo fluídico e tem
sido alternativamente designada sob os nomes de força magnética, nêurica,
etérica. Léon Denis prefere chamar-lhe força psíquica, porque obedece à
vontade, que é de fato o seu motor; os membros lhe servem de agentes
condutores; ela se desprende mais particularmente dos dedos e do cérebro. (Obra
citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XV - A força psíquica - Os
fluidos - O magnetismo.)
C. São idênticos os processos utilizados pelo hipnotismo e pelo
magnetismo?
Não; os
processos diferem. No hipnotismo, é pela sugestão que se atua sobre o
sensitivo, a princípio para o adormecer, e em seguida para provocar fenômenos.
A sugestão é a subordinação de uma vontade a outra. O sensitivo se abandona ao
experimentador e executa suas ordens, expressas pela palavra e pelo gesto, ou
simplesmente pelo pensamento. Pode-se obter o mesmo resultado com as práticas
magnéticas. Os meios usados pelos hipnotizadores são, antes de tudo, violentos.
Se podem curar certas afecções, na maior parte das vezes ocasionam desordens no
sistema nervoso e, com a continuação, desequilibram o sensitivo, ao passo que
os eflúvios magnéticos, bem dirigidos, quer em estado de vigília, quer no sono,
restabelecem com frequência a harmonia nos organismos perturbados. (Obra citada
- O Espiritismo experimental: Os fatos - XV - A força psíquica - Os fluidos - O
magnetismo.)
Observação:
Para acessar a Parte 20 deste estudo, publicada na
semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/06/no-invisivel-leon-denis-parte-20-damos.html
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