Entre os Dois
Mundos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
28. Em
face da internação hospitalar do Dr. Marco Aurélio, que fez o inimigo
desencarnado que o obsidiava?
O inimigo
do Dr. Marco Aurélio seguiu com ele à UTI, em razão dos profundos vínculos que
os uniam e do seu persistente desejo de vingança. Frustrado, por não o haver
levado ao crime, agravando-lhe a situação espiritual, comprazia-se, por outro
lado, por tê-lo agora sob domínio quase total, em razão do destrambelhamento de
sua usina cerebral. (Entre os dois mundos. Capítulo 8: As atividades
prosseguem.)
29. A
terapia vigorosa utilizada no caso Marco Aurélio impressionou o autor desta
obra. Fatos assim ocorrem com frequência?
A essa
pergunta, o Mentor espiritual disse que o mundo espiritual, na sua
causalidade, é sempre o agente de todas as ocorrências que têm lugar no orbe
terrestre. E explicou: “Direta ou indiretamente, as ações que daqui procedem
refletem-se na esfera física, seja mediante a interferência dos espíritos
desencarnados em aflição ou em estado de elevação, como também por consequência
dos compromissos anteriormente assumidos. Assim sendo, podemos asseverar que a
esfera física é o resultado da ressonância dos labores daqui
procedentes”. (Obra citada. Capítulo 8: As atividades prosseguem.)
30. Em
casos semelhantes ao de Marco Aurélio, os benfeitores espirituais podem
conduzir o paciente rebelde a uma desencarnação antecipada?
Sim. Não
são poucas as existências humanas que, para serem impedidas as sequências de
disparates, têm o seu curso interrompido, assim beneficiando os espíritos
rebeldes, teimosos e insanos. O mesmo ocorre em relação a alguns missionários
do bem, que empolgados pelas realizações executadas desviam-se um pouco do ministério,
passando a direcionar o trabalho para os impositivos dominantes na Terra.
Objetivando-lhes a felicidade, são convocados ao retorno, mediante
enfermidades breves, acidentes orgânicos ou não, de forma que não prejudiquem a
obra realizada, impondo-lhe características pessoais. Muitos abnegados
trabalhadores da verdade, para a sua própria ventura, têm sido chamados de
volta antes do prazo estabelecido para a desencarnação. (Obra citada.
Capítulo 8: As atividades prosseguem.)
31.
Preocupada com seus filhos, que ficariam órfãos de mãe, D. Lucinda ouviu do
mentor espiritual palavras que pacificaram sua alma. Que lhe disse ele?
Sobre os
filhos, dr. Arquimedes disse: “Os filhos são sempre de Deus, que os empresta
aos pais biológicos, temporariamente, a fim de poderem crescer no rumo da
felicidade, que nem sempre valorizam”. E acrescentou: “É certo que somente
poucos se aproveitam da feliz oportunidade, seguindo as trilhas luminosas
traçadas pelos genitores. Expressivo número, no entanto, logo identifica as
facilidades terrestres, as comodidades, as dissoluções, dominado ainda pelas más
inclinações que remanescem das experiências transatas, e opta pelos
deslizes...”. Quanto a ela, prestes a retornar ao plano espiritual, o mentor
recomendou: “Fixa a mente na tua libertação, porquanto a prova a que foste
submetida por necessidade de evolução alcança o seu clímax, avançando para o
inevitável término”. (Obra citada. Capítulo 9: Libertação de D.
Lucinda.)
32. Que
efeito tiveram sobre D. Lucinda as palavras ditas pelo mentor espiritual?
Com as
palavras carinhosas ditas por ele, a paciente mudou o aspecto facial, assim
como suas emoções, irisadas agora pela esperança e pelo reconforto moral de que
se via objeto. Como imediata consequência da especial vibração que assimilava,
ela entrou em relaxamento, adormecendo em seguida no invólucro carnal. (Obra
citada. Capítulo 9: Libertação de D. Lucinda.)
33. Dr.
Marco Aurélio estava ciente das consequências de sua leviandade para com a
esposa?
Não
naquele momento, porque se encontrava em estado de coma. Padecendo a injunção
obsessiva do adversário desencarnado que o exauria em vampirização cruel, mas
que ele acolhera espontaneamente no psiquismo, em face dos desalinhos que se
permitira, prosseguiria na investidura carnal por mais tempo, de modo que se
beneficiasse moral e espiritualmente do processo reparador. (Obra
citada. Capítulo 9: Libertação de D. Lucinda.)
34. Como
é dito nesta obra, a desencarnação de D. Lucinda foi antecipada por decisão dos
benfeitores espirituais. Esse fato ocorre com frequência?
Com frequência, não,
mas o caso não constituía uma exceção, conforme José Petitinga esclareceu,
diante da estranheza com relação ao assunto demonstrada por Manoel Philomeno.
Eis o que Petitinga lhe disse: “É natural que produza estranheza, quando se
acompanha um processo desencarnatório promovido pelos espíritos-guias. Isso,
porém, não constitui exceção. Há maior número de processos libertadores
provocados pelos anjos da guarda do que se tem notícia na Terra. O amor não conive
com o erro. Diante de determinadas situações graves, quando podem
esfacelar-se labores cuidadosamente trabalhados ou periclitam decisões
importantes, como resultado das torpezas humanas, a interferência dos
programadores da reencarnação, interrompendo-a, torna-se necessária, a fim de
serem recambiados ao lar aqueles que antes foram conduzidos ao
processo experimental”. Em seguida, Petitinga concluiu: “Conheço inúmeros
casos de trabalhadores da seara espírita que, por mérito uns e por necessidade,
outros, de não mais se complicarem, foram retirados do casulo carnal, a fim de
prosseguirem mais tarde, quando as circunstâncias assim o permitissem. Não
estando predeterminada com fixidez a data da desencarnação, podem os técnicos
espirituais postergar-lhe ou antecipar-lhe a ocorrência, depois de minuciosa análise
dos fatores que sejam levados em conta para a operação. Recordemo-nos de que a
ordem de libertação de nossa irmã Lucinda veio de mais alto, por meio da
veneranda sogra, encarregada de conduzi-la ao novo pouso. Assim como as
providências para a viagem ao orbe terrestre obedecem a uma programação
correspondente, o retorno igualmente atende a interesses relevantes”. (Obra
citada. Capítulo 10: Discussões oportunas sobre a desencarnação.)
35. Que
efeito sobre D. Lucinda teve a medida tomada pelos benfeitores espirituais?
Germano, o
colaborador espiritual que cooperara na condução de dona Lucinda ao
acampamento, informou ter observado que, durante a remoção de D. Lucinda
para o pavilhão em que se encontrava, ela apresentava sereno o antes angustiado
semblante. A respiração fazia-se-lhe ritmada e exteriorizava significativa
expressão de harmonia, bem diferente do estado em que a equipe espiritual a
encontrara por ocasião dos tristes episódios que precederam sua desencarnação. (Obra
citada. Capítulo 10: Discussões oportunas sobre a desencarnação.)
36. O
corpo material é qual um anestésico poderoso para as lembranças espirituais?
Sim. É exatamente
assim que José Petitinga se referiu para demonstrar o efeito que o estado de
encarnação exerce sobre o espírito. “Mesmo que o espírito consiga manter-se em
constante contato com a retaguarda de onde procede, o mergulho na matéria apaga
parte ou a totalidade das recordações, quando não as confunde completamente”,
esclareceu Petitinga. “Mesmo quando portador de alto gabarito evolutivo, não
transita pelo mundo sem experimentar-lhe as injunções penosas. Não é raro
notar-se, em verdadeiros apóstolos do amor e da caridade, reações humanas
desconcertantes, quais o ciúme, a mágoa, quando não acolhidos ou desafiados por
outrem, que não concorda com as suas ideias, ou ressentem-se com outros que
lhes parecem competidores.” (Obra citada. Capítulo 10: Discussões
oportunas sobre a desencarnação.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/06/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno.html
Como consultar as matérias
deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique em Espiritismo Século XXI e verá como utilizá-lo e os vários recursos que
ele nos propicia. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário