Entre os Dois
Mundos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 3
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
19. Em
que espécie de veículo o grupo foi conduzido até o acampamento onde ficaria
hospedado?
Estando Manoel
Philomeno e seus companheiros reunidos para a
viagem ao orbe terrestre, Dr. Arquimedes Almeida aproximou-se do grupo e, com a
sua jovialidade e encanto naturais, solicitou-lhes recolhimento íntimo e uma
oração silenciosa em favor do empreendimento de alta significação. Logo depois,
concentrou-se fortemente e começou a irradiar uma energia especial, que se
tornou visível, passando a envolver o grupo em um globo protetor, que se
transformou em um campo vibratório, unindo-os a todos e fazendo-os flutuar em
pleno ar sob a sua ação mental. Utilizando-se da vontade bem direcionada,
movimentou a esfera luminosa, que volitou, arrastando-os velozmente pelo espaço
na direção do objetivo assinalado. Foi desse modo que eles chegaram à crosta
terrestre. (Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento
espiritual.)
20. Que
substância foi utilizada na construção dos abrigos existentes no acampamento?
Os pavilhões distendiam-se
em filas ordeiras, como ocorre com aqueles que albergam militares durante
seus exercícios fora dos quartéis. Foram construídos por uma substância
semelhante ao plástico, em tonalidade pérola, de forma que refletissem a
claridade das estrelas e da lua, que chegava debilmente, melhorando assim a
paisagem. (Obra citada. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
21. Na
cidade mais próxima o grupo foi chamado a observar uma festa típica do
carnaval. Milhares de foliões ali se divertiam. Estavam sozinhos ou
acompanhados?
Segundo Manoel
Philomeno, além dos foliões encarnados, agitava-se outra multidão, porém de
desencarnados, mesclando-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada,
que se tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra
faixa de convivência. A nudez predominava em toda parte, os movimentos eróticos
e sensuais dos corpos com abundante transpiração exsudavam o forte cheiro das
drogas ingeridas ou injetadas, produzindo estranho e desagradável odor. No
pandemônio natural que se fazia, esses espíritos, perversos uns, exploradores
outros, vampirizadores em número expressivo, exploravam os seus dependentes
psíquicos em lamentável promiscuidade, submetendo-os a situações deploráveis e
a prazeres grosseiros que chocavam Philomeno e seus colegas, apesar de sua
larga experiência em relação a conúbios dessa ordem. (Obra citada.
Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
22. Os
foliões de hoje serão os tristes desencarnados de amanhã?
Sim. É exatamente
assim que José Petitinga, comentando os desvarios cometidos pelos homens da
atualidade, se refere ao assunto. Segundo ele, somente a educação, em outras
bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar
que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do
ser, nem a sua desintegração num dia, esquecendo-se da sua eternidade. (Obra
citada. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)
23. Qual
o primeiro alvo do socorro prestado pela equipe de benfeitores espirituais de
que Manoel Philomeno de Miranda fazia parte?
O
primeiro caso narrado nesta obra refere-se ao Dr. Marco Aurélio, uma autoridade
importante na cidade e político hábil de larga história, embora os breves 48
anos de existência física. Sob forte influência obsessiva, ele decidira,
naquele mesmo dia em que o grupo socorrista o visitou, envenenar a própria
esposa. Eis o pensamento que os benfeitores leram em sua mente: “Agora, ou
nunca. Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz. Um pouco de
arsênico e tudo estará resolvido. Com a onda festiva, não há tempo para
análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos
derrames cerebrais de que tem sido vítima”. Esses pensamentos eram, porém,
orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma,
perispírito a perispírito. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr.
Marco Aurélio.)
24. O Dr.
Marco Aurélio reencarnara com alguma missão ou tarefa especial?
Sim.
Depois de muitos tropeços e fracassos, ele se dispôs a contribuir em favor dos
Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão
fazendo outros missionários do amor e da luz. Foi treinado em cursos de
divulgação do Evangelho e do Espiritismo, advertido, porém, quanto aos riscos
que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante. Nada
obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com
os nobres apóstolos do bem. Não foram poupados esforços em favor do seu
recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede elaborado, para auxiliá-lo
nas tarefas que deveria desempenhar. Sua mãe de outros tempos conseguiu a
cooperação de uma amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe
biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de elevação moral,
orientação religiosa pelo Espiritismo, para que ele pudesse, nas fileiras do
Consolador, reparar o passado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria
feliz. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
25. A
partir de que momento os inimigos desencarnados passaram a sitiar Dr. Marco
Aurélio, procurando atingi-lo nos seus pontos vulneráveis?
Tudo
começou assim que seu verbo atraiu o interesse de amigos e frequentadores da
Sociedade Espírita onde ele atuava. O fato despertou a curiosidade das falanges
de inimigos que fizera anteriormente, os quais passaram a sitiá-lo,
procurando-lhe os pontos vulneráveis, a fim de atingi-lo. O sicário que a ele
se imantara era uma de suas vítimas pessoais que, há mais de um século, buscava
vingar-se, em razão dos sofrimentos que experimentou quando sob sua terrível
sujeição. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
26. É
verdade que a tentação da vaidade foi o ponto inicial de seu fracasso na atual
existência?
Sim.
Cercado pela admiração de pessoas incautas e bajuladoras, Marco Aurélio acabou
não resistindo à tentação da vaidade. Acreditando-se especialmente intelectualizado,
supondo-se superior aos frequentadores do ambiente que nele desenvolveu o
conhecimento básico da Doutrina, começou a insistir que o Espiritismo não pode
ser encarado como religião. Era, sem dúvida, um meio por ele arquitetado com o
objetivo de fugir às responsabilidades morais que o Evangelho estabelece como
essenciais para a desincumbência dos compromissos espirituais que ele houvera
assumido. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
27. O
fracasso nos compromissos espirituais estendeu-se também aos seus deveres de
esposo e pai?
Sim. Nos
primeiros tempos, ele desincumbiu-se relativamente bem dos novos compromissos,
enquanto os filhinhos chegavam, espíritos que dele necessitavam, por serem
também suas vítimas antigas. Cabia-lhe o dever de os assistir com frequência,
instruí-los na fé espírita, sustentá-los nas ações edificantes, liberá-los dos
conflitos e reminiscências amargas, dialogar insistentemente. Mas, sentindo
antipatia por ambos e desconforto com a sua presença, remanescentes dos
sucessos transatos, preferiu presenteá-los, dar-lhes comodidades exageradas,
manter-se distante, ao invés de doar-se, o que é sempre mais difícil. A esposa
desdobrava-se para exercer o papel de mãe-pai, pedindo-lhe ajuda, sempre
recusada, que tornou os jovens, no lar, inimigos discretos do genitor e os
levou a derrapar, a partir da adolescência, mediante fugas espetaculares para o
tóxico e o sexo. Quanto a ele próprio, à medida que aumentava o patrimônio
financeiro, em decorrência das habilidades profissionais e do êxito político,
deixou-se enredar em aventuras sexuais nos bordéis de luxo com outros amigos de
ocasião, absorvendo os fluidos deletérios dos adversários, pacientes e
impiedosos, que agora o dominavam completamente. (Obra citada. Capítulo
7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)
Observação:
Para acessar a 2ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/05/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno_01766206869.html
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