segunda-feira, 5 de junho de 2023

 



Entre os Dois Mundos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 3

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

19. Em que espécie de veículo o grupo foi conduzido até o acampamento onde ficaria hospedado?

Estando Manoel Philomeno e seus companheiros reunidos para a viagem ao orbe terrestre, Dr. Arquimedes Almeida aproximou-se do grupo e, com a sua jovialidade e encanto naturais, solicitou-lhes recolhimento íntimo e uma oração silenciosa em favor do empreendimento de alta significação. Logo depois, concentrou-se fortemente e começou a irradiar uma energia especial, que se tornou visível, passan­do a envolver o grupo em um globo protetor, que se transformou em um campo vibratório, unindo-os a todos e fazendo-os flutuar em pleno ar sob a sua ação mental. Utilizando-se da vontade bem direcionada, movimen­tou a esfera luminosa, que volitou, arrastando-os velozmen­te pelo espaço na direção do objetivo assinalado. Foi desse modo que eles chegaram à crosta terrestre. (Entre os dois mundos. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)

20. Que substância foi utilizada na construção dos abrigos existentes no acampamento?

Os pavilhões distendiam-se em filas or­deiras, como ocorre com aqueles que albergam militares du­rante seus exercícios fora dos quartéis. Foram construídos por uma substância semelhante ao plástico, em tonalidade pérola, de forma que refletissem a claridade das estrelas e da lua, que chegava debilmente, melhorando assim a paisa­gem. (Obra citada. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)

21. Na cidade mais próxima o grupo foi chamado a observar uma festa típica do carnaval. Milhares de foliões ali se divertiam. Estavam sozinhos ou acompanhados?

Segundo Manoel Philomeno, além dos foliões encarnados, agi­tava-se outra multidão, porém de desencarnados, mesclando­-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada, que se tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra faixa de convivência. A nudez predominava em toda parte, os movimentos eróticos e sensuais dos corpos com abundante transpiração exsudavam o forte cheiro das drogas ingeridas ou injetadas, produzindo estranho e desagradável odor. No pandemônio natural que se fazia, esses espíritos, perversos uns, exploradores outros, vampirizadores em nú­mero expressivo, exploravam os seus dependentes psíquicos em lamentável promiscuidade, submetendo-os a situações deploráveis e a prazeres grosseiros que chocavam Philomeno e seus colegas, ape­sar de sua larga experiência em relação a conúbios dessa ordem. (Obra citada. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)

22. Os foliões de hoje serão os tristes desencarnados de amanhã?

Sim. É exatamente assim que José Petitinga, comentando os desvarios cometidos pelos homens da atualidade, se refere ao assunto. Segundo ele, somente a educação, em outras bases, quando a Ética e a Moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que, para ser feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua desintegração num dia, esquecen­do-se da sua eternidade. (Obra citada. Capítulo 6: O acampamento espiritual.)

23. Qual o primeiro alvo do socorro prestado pela equipe de benfeitores espirituais de que Manoel Philomeno de Miranda fazia parte?

O primeiro caso narrado nesta obra refere-se ao Dr. Marco Aurélio, uma autoridade importante na cidade e político há­bil de larga história, embora os breves 48 anos de existência física. Sob forte influência obsessiva, ele decidira, naquele mesmo dia em que o grupo socorrista o visitou, envenenar a própria esposa. Eis o pensamento que os benfeitores leram em sua mente: “Agora, ou nunca. Esta é a noite ideal para libertar-me do fardo infeliz. Um pouco de arsênico e tudo estará resolvido. Com a onda festiva, não há tempo para análises cuidadosas da causa mortis da enferma, já desgastada pelos sucessivos derrames cerebrais de que tem sido vítima”. Esses pensamentos eram, porém, orientados por um cruel e indigitado inimigo que se lhe acoplara de tal forma, perispírito a perispírito. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)

24. O Dr. Marco Aurélio reencarnara com alguma missão ou tarefa especial?

Sim. Depois de muitos tropeços e fracassos, ele se dispôs a contribuir em favor dos Novos Tempos, restaurando a palavra de Jesus entre as criaturas, como estão fazendo outros missionários do amor e da luz. Foi treinado em cursos de divulgação do Evangelho e do Espiritismo, advertido, porém, quanto aos riscos que correria, em razão da imaturidade emocional nele ainda predominante. Nada obstante, optou pelo trabalho perigoso, na ânsia de recuperar-se e cooperar com os nobres apóstolos do bem. Não foram poupados esforços em favor do seu recomeço, sendo-lhe apresentado um programa adrede ela­borado, para auxiliá-lo nas tarefas que deveria desempenhar. Sua mãe de outros tempos conseguiu a cooperação de uma amiga espiritual, que renasceu com a tarefa de ser-lhe mãe biológica, disposta a infundir-lhe lições de nobreza e de ele­vação moral, orientação religiosa pelo Espiritismo, para que ele pudesse, nas fileiras do Consolador, reparar o pas­sado delituoso e encontrar novo rumo que o tornaria feliz. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)

25. A partir de que momento os inimigos desencarnados passaram a sitiar Dr. Marco Aurélio, procurando atingi-lo nos seus pontos vulneráveis?

Tudo começou assim que seu verbo atraiu o interesse de amigos e frequentadores da Sociedade Espírita onde ele atuava. O fato despertou a curiosidade das falanges de inimigos que fizera anterior­mente, os quais passaram a sitiá-lo, procurando-lhe os pontos vulneráveis, a fim de atingi-lo. O sicário que a ele se imantara era uma de suas vítimas pessoais que, há mais de um século, buscava vingar-se, em razão dos sofrimentos que experimentou quando sob sua terrível sujeição. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)

26. É verdade que a tentação da vaidade foi o ponto inicial de seu fracasso na atual existência?

Sim. Cercado pela admiração de pessoas incautas e bajuladoras, Marco Aurélio acabou não resistindo à tentação da vaidade. Acreditando-se especialmente intelectualizado, su­pondo-se superior aos frequentadores do ambiente que nele desenvolveu o conhecimento básico da Doutrina, começou a insistir que o Espiritismo não pode ser encarado como religião. Era, sem dúvida, um meio por ele arquitetado com o objetivo de fugir às responsabilidades morais que o Evangelho estabelece como essenciais para a desincumbência dos compromissos espirituais que ele houvera assumido. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)

27. O fracasso nos compromissos espirituais estendeu-se também aos seus deveres de esposo e pai?

Sim. Nos primeiros tempos, ele desincumbiu­-se relativamente bem dos novos compromissos, enquanto os filhinhos chegavam, espíritos que dele necessitavam, por serem também suas vítimas antigas. Cabia-lhe o dever de os assistir com frequência, instruí-los na fé espírita, sustentá-los nas ações edificantes, liberá-los dos conflitos e reminiscências amargas, dialogar insistentemente. Mas, sentindo anti­patia por ambos e desconforto com a sua presença, remanescentes dos sucessos transatos, preferiu presenteá-los, dar-lhes comodidades exageradas, manter-se distante, ao in­vés de doar-se, o que é sempre mais difícil. A esposa desdobrava-se para exercer o papel de mãe­-pai, pedindo-lhe ajuda, sempre recusada, que tornou os jovens, no lar, inimigos discretos do genitor e os levou a derrapar, a partir da adolescência, mediante fugas espetaculares para o tóxico e o sexo. Quanto a ele próprio, à medida que aumentava o pa­trimônio financeiro, em decorrência das habilidades profis­sionais e do êxito político, deixou-se enredar em aventuras sexuais nos bordéis de luxo com outros amigos de ocasião, absorvendo os fluidos deletérios dos adversários, pacientes e impiedosos, que agora o dominavam completamente. (Obra citada. Capítulo 7: A falência do Dr. Marco Aurélio.)

 

 

Observação:

Para acessar a 2ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/05/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno_01766206869.html

 

 

 

 

 

 

 

 

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