Jesus e nós no
serviço do bem
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Muitas
pessoas se decepcionam quando percebem que certos irmãos de ideal que admiravam
ocupam-se em parecer, mas não em ser... Parecem ser tolerantes com os erros
alheios, mas de fato não são. Parecem preocupar-se com as dificuldades do
próximo, mas não são solidários com este. Parecem entusiasmar-se pelo serviço
do bem, mas não o praticam.
Nas
menores faltas de outrem, desandam a falar mal dele em sua ausência. Aparentam
bondade em público, mas não se mostram bons em particular. Invejam o sucesso
alheio, mas pouco fazem para se tornarem melhores. O bem, para essas pessoas, é
apenas uma proposta sonora aos ouvidos alheios, do que são surdas.
Tais
constatações afastam incautos candidatos ao serviço cristão-espírita de sua
Doutrina, como também ocorre no seio de outros grupos religiosos. O Espírito
Emmanuel, porém, esclarece-nos que, mesmo ciente das fraquezas humanas, ante a
verdade que conservava consigo, Jesus jamais humilhou ou feriu alguém por não
lhe ser fiel. Praticava incansavelmente o bem onde estivesse.
Tudo
o que precisasse dizer, na elucidação do erro alheio, era dito com a intenção
educativa, nunca com censura despropositada. Não perdia tempo com inúteis
polêmicas; antes, sempre demonstrava que seu Reino não cabia nas coisas
da Terra. Demonstrou, pela palavra e pelo exemplo, o que deveríamos fazer para
ser feliz: amar e servir a todos incondicionalmente.
Desse
modo, esclarece-nos o bondoso Espírito Emmanuel que precisamos, acima de tudo,
servir ao bem sem alimentar discussões e perturbações que provoquem a expansão
do mal. E acrescenta que mesmo a treva densa e imensa, no meio da noite, não
extinguirá a luz fulgurante de uma simples vela. Entretanto, adverte o mentor
de Chico Xavier, um leve sopro de vento é suficiente para apagá-la.
Não
nos devemos afligir por estarmos aparentemente sós no serviço do bem,
orienta-nos Emmanuel no início de sua mensagem intitulada Sirvamos ao bem,
da obra Fonte Viva, psicografada pelo médium mineiro. Busquemos, então,
na oração incessante, o contato com Deus e seu enviado sublime, Jesus, a fim de
não deixarmos que o sopro maligno extinga a luz do Amor Divino em nossas almas.
A
prece proporciona-nos imenso escudo contra o mal e ânimo para a prática
incansável do bem, sem exigir do próximo o que nem mesmo nós podemos dar. Em
Jesus, sim, teremos sempre o Modelo Maior a nos guiar e fortificar no combate
às próprias imperfeições. E a oração nos fará sentir que o Cristo segue conosco e nos mostra, em cada ser, o irmão
necessitado de nossa compaixão, tolerância e amor.
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