quarta-feira, 30 de setembro de 2020

 

Libertação

 

André Luiz

 

Parte 12

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra Libertação, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Eis as questões de hoje:

 

89. Como se processa em nós o salto qualitativo?

"A aquisição das virtudes iluminativas" – explicou Matilde – "não constitui serviço instantâneo da alma, suscetível de efetuar-se de momento para outro." "Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual." Toda pessoa, encarnada ou não, respira sempre entre os raios de vida superior ou inferior que emite, ao redor dos próprios passos. As energias que exteriorizamos nos definem muito mais que as palavras; por isso, o retorno à carne nada vale sem o conhecimento das obrigações que competem ao Espírito, ante a Justiça Divina. A responsabilidade é a maior força capaz de nos socorrer nos círculos de matéria densa e se traduz em tendência nobre, a persistir conosco. (Libertação, cap. XVIII, pp. 230 e 231.)

90. O que na vida é indispensável?

A lição veio de Matilde, que disse aos que a ouviam que a vida não pode resumir-se a mero sonho, como se a reencarnação constituísse simples processo de anestesia da alma. É indispensável que nos refaçamos, aprimorando o tom vibratório de nossa consciência, alargando-a para o bem supremo e iluminando-a à claridade renovadora do Divino Mestre. "Uma existência entre os homens, por mais humilde, para nós outros é acontecimento importante demais para que o apreciemos sem maior consideração." (Obra citada, cap. XVIII, pp. 232 e 233.)

91. Como devemos agir para com os irmãos que peregrinam desditosos, entre pesadelos e aflições inomináveis?

De novo foi Matilde quem deu a orientação dizendo-nos: “Abre teu coração para eles. Começarás ajudando-os a enxergar a senda regenerativa, alimentando-os com esperanças e ideais novos e atraindo-os ao trabalho de sublimação, pelo esforço, na constante aplicação do bem. Sofrer-lhes-ás as injúrias, os remoques, as incompreensões, mas descobrirás um meio de ampará-los com eficiência e brandura”. “Depois de semelhante sementeira, principiarás a recolher as bênçãos de paz e de luz, porquanto o Espírito que ensina com amor, embora delituoso e imperfeito, acaba aprendendo as mais difíceis lições da responsabilidade que adquire, transmitindo a outros revelações salvadoras que lhe não pertencem." (Obra citada, cap. XVIII, pp. 233 e 234.)

92. Que recurso podemos usar para fugirmos definitivamente ao mal?

O recurso para tal finalidade é o apoio constante no Bem Infinito. Ninguém deve admitir o acesso fácil aos tesouros eternos. "O Senhor criou leis imperecíveis e perfeitas para que não alcancemos o Reino da Divina Luz ao sabor do acaso, e Espírito algum trairá os imperativos sábios do esforço e do tempo”, asseverou Matilde. “Quem pretende a colheita de felicidade no século vindouro, comece desde agora a sementeira de amor e paz." (Obra citada, cap. XVIII, pp. 235 e 236.)

93. É fácil vencer na experiência terrestre?

Não. Foi isso que Matilde procurou dizer à jovem que seria, em breve tempo, sua futura mãe: "Margarida, viver no corpo terrestre, entendendo os deveres divinos que nos cabem, não é tão fácil, ante a glória infinita que em companhia dele podemos recolher. Todos possuímos culposo pretérito a redimir. É imperioso reconhecer, todavia, que, se a experiência humana pode ser doloroso curso de renunciação pessoal, é também abençoada escola em que o Espírito de boa vontade pode alcançar culminâncias". “A dor, o obstáculo e o conflito são ferramentas abençoadas de melhoria.” (Obra citada, cap. XIX, pp. 239 a 241.)

94. Que virtudes ensinadas por Jesus ganharam destaque nos conselhos de Matilde à jovem Margarida?

Embora breves, os conselhos de Matilde eram revestidos de grande sublimidade, porque neles se dava merecido destaque à humildade e à caridade, as maiores virtudes segundo Jesus. (Obra citada, cap. XIX, pp. 241 e 242.)

95. Que disse Matilde sobre o valor do tempo?

Matilde disse o seguinte a Margarida: "O tempo é valioso, minha filha, e não podemos menoscabá-lo, sem grave prejuízo para nós mesmos". Ela aludia assim à importância da reencarnação, que nem sempre é simples processo regenerativo, embora constitua, na maioria das vezes, recurso corretivo de Espíritos renitentes na desordem e no crime. (Obra citada, cap. XIX, pp. 243 a 245.)

96. Que pedido fez Matilde à sua futura mãe?

Matilde pediu a Margarida: "Não me recebas, nos braços, por boneca mimosa e impassível. Adornos externos nunca trazem felicidade legítima ao coração, e, sim, o caráter edificado e cristalino, base segura de que se expande a boa consciência". Elucidou então que a árvore para produzir requer o carinho e a assistência constante do agricultor, mas somente se fortalecerá sob a temperatura atormentadora da canícula, debaixo de aguaceiros salutares ou aos golpes da ventania forte. "A luta e o atrito – disse-lhe Matilde – são bênçãos sublimes, através das quais realizamos a superação de nossos velhos obstáculos.” (Obra citada, cap. XIX, pp. 245 e 246.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 11 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/09/libertacao-andre-luiz-parte-11-estamos.html

 

  

 

 

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