Libertação
André Luiz
Parte 9
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série, prosseguimos
nesta data o estudo da obra Libertação, psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1949 pela
Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
65. Que é que
Gúbio pediu ao magistrado a benefício de Jorge?
No encontro mantido com o magistrado no horário do sono corpóreo,
Gúbio pediu ao juiz que facilitasse a revisão do processo para restituir Jorge
à liberdade. Mas não apenas isso. "Não te circunscreverás à mencionada
medida”, afirmou Gúbio. “Amparar-lhe-ás a filha, hoje internada por favor em
tua casa, em estabelecimento condigno, onde possa receber a necessária
educação." O magistrado alegou que ela não era sua filha. Gúbio replicou:
"Não serias, entretanto, convocado por nós a semelhante encargo, se não
pudesses recebê-lo. Crês, porém, que o dinheiro em disponibilidade deva
satisfazer tão somente as exigências daqueles que se reuniram a nós, dentro dos
laços consanguíneos? Liberta o coração, meu amigo! respira em mais alto clima.
Aprende a semear amor no chão em que pisas. Quanto mais eminentemente colocada
na experiência humana, mais intensivo pode tornar-se o esforço da criatura, na
própria elevação". (Libertação,
cap. XIII, pp. 172 e 173.)
66. O juiz
teria, ao acordar, lembrança do que ocorreu durante o sono?
Não. Gúbio explicou que, no dia seguinte, ele se ergueria do
leito sem a lembrança integral daquela conversa, porque o cérebro carnal é um
instrumento delicado, "incapaz de suportar a carga de duas vidas",
mas ideias novas lhe surgiriam formosas e claras, com respeito ao bem que era
necessário praticar. A intuição, que é o disco milagroso da consciência,
funcionaria livremente, retransmitindo-lhe as sugestões daquela hora de luz e
paz. "Chegado esse momento, não permitas que o cálculo te abafe o impulso
das boas obras", advertiu Gúbio. (Obra citada, cap. XIII, pp. 173 a 175.)
67. Jorge tivera
relacionamento com o juiz em existências passadas?
Sim. Jorge fora, numa anterior encarnação, escravo do juiz,
que era então um rico fazendeiro. Mas, embora ali vivesse na condição de
escravo, Jorge era, na verdade, irmão consanguíneo do dono das terras. De mães
diferentes, o pai era o mesmo. Esse fato, contudo, jamais lhe foi perdoado,
porque semelhante situação era tida por aviltante ultraje ao nome da família.
(Obra citada, cap. XIII, pp. 173 a 175.)
68. Ao pedir a
ajuda de Saldanha, diretor da falange que obsidiava Margarida, Gúbio foi
atendido?
Sim. Ainda sensibilizado por tudo que Gúbio fizera por seus
familiares, Saldanha colocou-se inteiramente à disposição do Instrutor para
servi-lo, dando início, de imediato, à articulação do plano de ação. (Obra
citada, cap. XIV, pp. 179 a 181.)
69. Com que
objetivo Leôncio pediu ajuda ao instrutor Gúbio?
Ele recorreu a Gúbio com o objetivo de proteger uma criança,
seu filho, que se encontrava à mercê de um enfermeiro que se envolveu com a mãe
do garoto e decidira matar a criança, para eliminar dessa forma um concorrente
aos bens da família. (Obra citada, cap. XIV, pp. 181 a 183.)
70. A criança
corria realmente risco de morrer?
Sim. O menino morreria nos próximos dias se mãos amigas e
devotadas não o socorressem. Embora participasse da poderosa falange dirigida
por Gregório, Leôncio reconhecia a impotência desse poderio para ajudar o
próprio filho. "Já fiz tudo quanto se achava ao alcance de nossas
possibilidades, porém sou parte integrante de uma falange de seres malvados e o
mal não salva, nem melhora ninguém", declarou o desolado pai. (Obra
citada, cap. XIV, pp. 181 a 183.)
71. Ao falar
diretamente com o enfermeiro, que argumentos usou Gúbio?
Foram vários os argumentos, mas o principal foi lembrar a
Felício, o enfermeiro, que a experiência humana, confrontada com a eternidade
em que se movimentará a consciência, é simples sonho ou pesadelo de alguns
minutos. Desse modo, por que comprometer o futuro ao preço do conforto ilusório
de alguns dias? “Os que plantam espinhos – disse-lhe Gúbio – colhem espinhos na
própria alma e comparecem perante o Senhor de mãos convertidas em garras
abomináveis.” “Os que espalham pedras em derredor dos pés alheios serão
surpreendidos, mais tarde, pelo endurecimento e paralisia do próprio
coração." (Obra citada, cap. XIV, pp. 186 e 187.)
72. Que disse o
Instrutor Gúbio a respeito da fortuna?
A fortuna, disse ele, é uma coroa pesada demais para a
cabeça que não sabe sustentá-la “e costuma arrojar à poeira, através do cansaço
e da desilusão, todos aqueles que a senhoreiam, sem horizontes largos de
trabalho e benemerência". “A felicidade – aduziu o conhecido Instrutor
espiritual – “não está metida em cofres que a ferrugem consome.” (Obra citada, cap.
XIV, pp. 187 e 188.)
Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/09/libertacao-andre-luiz-parte-8-estamos.html
Como consultar as matérias deste
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