Libertação
André Luiz
Parte 8
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série, prosseguimos
nesta data o estudo da obra Libertação, psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1949 pela
Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
57. Que fato
ocorreu com o instrutor Gúbio quando ele orou a favor dos familiares de
Saldanha?
Gúbio transformou-se, gradualmente. As vibrações rigorosas
da oração expulsaram as partículas obscuras de que se havia tocado quando
penetrara a colônia penal em que conhecera Gregório, e sublimada luz
brilhava-lhe agora no semblante que o pranto de amor e compunção irisava com
intraduzível beleza. De seu peito e fronte despediam-se raios luminosos de
intenso azul, ao mesmo tempo que formoso fio de claridade incompreensível o
ligava ao Alto, perante o aturdido olhar dos companheiros. (Libertação, cap. XII, pp. 155 e 156.)
58. Que efeito
teve a prece sobre Jorge, filho de Saldanha?
Jorge arregalou os olhos, parecendo acordar de pesadelo
angustioso. Inquietação e tristeza desapareceram-lhe do rosto, rapidamente. Num
impulso maquinal, o filho de Saldanha, obedecendo à ordem recebida de Gúbio,
ergueu-se com absoluto controle do raciocínio, porquanto a interferência de
Gúbio quebrara os elos que o prendiam às parentas desencarnadas, liberando-lhe
a economia psíquica. Vendo o que ocorria, Saldanha gritou, em lágrimas:
"Meu filho! meu filho!..." Jorge não registrou as exclamações
paternas, mas buscou o leito singelo, onde se aquietou com inesperada
serenidade. (Obra citada, cap. XII, pp. 157 e 158.)
59. A esposa de
Saldanha também despertou ao ser ajudada por Gúbio?
Sim. Iracema voltou a si, gemendo: "Onde
estou?!..." A pobre mulher notou, desde logo, a presença de Saldanha e,
desvairada de emoção, chamando-o por carinhoso apelido de família, bradou:
"Socorre-me! onde está nosso filho? nosso filho?" O diretor da
falange que obsidiava Margarida derramava então abundantes lágrimas e buscava,
instintivamente, o olhar de Gúbio, rogando-lhe, em expressiva mudez, medidas
socorristas. "Em que mau sonho me demorei?" –indagava a pobre mulher,
chorando convulsivamente – "que cela imunda é esta? Será verdade que já
atravessamos o túmulo?" E, em crise de desespero, dizia temer o demônio,
rogando a Deus a salvasse. O Instrutor dirigiu-lhe palavras encorajadoras e
indicou-lhe o filho, que descansava ali ao lado. (Obra citada, cap. XII, pp.
157 e 158.)
60. Em que,
segundo o Espiritismo, consiste a morte?
À mulher suicida que, depois de informada de sua
desencarnação, considerava a morte uma tragédia pior que a vida, o Instrutor
Gúbio disse, sereno: "A morte é simples mudança de veste, somos o que
somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados
por nós mesmos". (Obra citada, cap. XII, pp. 158 a 160.)
61. Quais são as
armas justas que podemos usar no serviço de salvação?
Respondendo a esta mesma questão, Gúbio disse a Saldanha:
"Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor,
dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda a parte, a
grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante,
arrebatando-a às culminâncias da vida". (Obra citada, cap. XII, pp. 161 a
163.)
62. O sono do
magistrado, pai de Margarida, era calmo ou perturbado?
O sono dele não poderia ser tão calmo quanto desejaria, em
virtude do grande número de entidades sofredoras que lhe batiam às portas
internas. Enquanto algumas rogavam socorro em altos brados, a maioria reclamava
justiça. (Obra citada, cap. XIII, pp. 164 a 166.)
63. Em que
consiste o lar segundo o ponto de vista espírita?
De acordo com o que Gúbio disse ao pai de Margarida, o lar
do mundo não é tão somente um asilo de corpos que o tempo transformará. “É
igualmente o ninho das almas, onde o espírito pode entender-se com o espírito,
quando o sono sela os lábios de carne, suscetíveis de mentir.” Na sequência, o
Instrutor acrescentou: "O homem encarnado na Terra é uma alma eterna
usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a
integração com a verdade divina, à maneira do seixo que desce, rolando nos séculos,
do cimo do monte para o seio recôndito do mar". "Somos, todos, atores do drama sublime
da evolução universal, através do amor e da dor.” (Obra citada, cap. XIII, pp.
169 e 170.)
64. Que é que
Gúbio disse ao magistrado e o fez ficar preocupado?
Primeiro, ele informou-o de que, se não fosse a compaixão divina
que lhe concedeu diversos auxiliares invisíveis, amparando suas ações, por amor
à Justiça, as vítimas dos seus erros involuntários não lhe permitiriam a
permanência no cargo. “Teu palácio residencial mostra-se repleto de sombras”,
acrescentou Gúbio. “Muitos homens e mulheres, dos que já sentenciaste em mais
de vinte anos, nas lides do direito, arrebatados pela morte, não conseguiram
seguir adiante, colados que se acham aos efeitos de tuas decisões e demoram-se
em tua própria casa, aguardando-te explicações oportunas." (Obra citada,
cap. XIII, pp. 170 a 172.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/08/libertacao-andre-luiz-parte-7-estamos.html
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