segunda-feira, 21 de setembro de 2020

 


Um leitor pede-nos que expliquemos o que são palavras proparoxítonas aparentes e como devem ser graficamente acentuadas.

Proparoxítona (do grego proparoksútonos) é a palavra cujo acento tônico recai na antepenúltima sílaba: acadêmico, amávamos, enérgico, ilíaco, lógica, trôpego, úmero.

Proparoxítona aparente é como são chamadas as proparoxítonas terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, entre outros.  Elas são assim chamadas porque, antes do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado em Lisboa em 12 de outubro de 1990, podiam ser consideradas paroxítonas ou proparoxítonas. O citado Acordo, que está em vigor no Brasil desde 1º de janeiro de 2009, considera-as proparoxítonas aparentes e como tal devem ser acentuadas.

No tocante à acentuação gráfica, nada mudou.

Exemplos de proparoxítonas aparentes:

Álea

Amêndoa

Argênteo

Arrendatário

Barbárie

Cárie

Côdea

Enciclopédia

Espúrio

Etéreo

Eutanásia

Exígua

Exíguo

Gênio

Glória

História

Início

Islândia

Língua

Lírio

Mágoa

Mântua

Miséria

Náusea

Níveo

Nódoa

Prélio

Rádio

Régua

Resiliência

Série

Serôdio

Tênue

Vácuo.

Cabe aqui lembrar, a propósito do tema, que existem palavras bastante conhecidas que, embora sejam paroxítonas, são erradamente pronunciadas como proparoxítonas.

Eis algumas delas:

Avaro (e não ávaro)

Filantropo (e não filântropo)

Libido (e não líbido)

Pudico (e não púdico)

Recorde (e não récorde)

Rubrica (e não rúbrica).

 

 

  

 

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