segunda-feira, 28 de setembro de 2020

 


Muitas pessoas no meio espírita têm dificuldade na utilização correta da locução em que pese.

Podemos distinguir no seu uso dois casos:

1º caso:

Quando se refere a alguém, a alguma pessoa determinada, a locução é invariável e exige como complemento a preposição “a”, que pode estar ou não acompanhada de artigo:

- Em que pese a ela, não farei o negócio.

- Em que pese a meu pai, continuarei solteira.

- Em que pese aos palmeirenses, o Verdão não tem Mundial.

- Em que pese ao Dr. Setúbal, não iremos à festa.

A locução nestes casos é invariável porque está subentendido na frase o vocábulo “isto” antes da forma verbal “pese”.

É como se escrevêssemos:

- Em que isto pese a ela, não farei o negócio.

- Em que isto pese a meu pai, continuarei solteira.

- Em que isto pese aos palmeirenses, o Verdão não tem Mundial.

- Em que isto pese ao Dr. Setúbal, não iremos à festa.

2º caso:

Quando se refere a coisas, a objetos, e não a pessoas, a locução é variável e rejeita a preposição “a”:

- Em que pesem os argumentos da defesa, o réu se encontra perdido.

- Em que pese sua falta de escrúpulos, ele sempre escapa de punição.

- Em que pesem as críticas recebidas, a peça tem sido um sucesso.

- Em que pese o desejo dos torcedores, Diniz continuará como técnico.

Lembramos, por fim, que a pronúncia correta da locução é em que pêse e em que pêsem.

Se o leitor se recordar de “pêsames” e de “voto de pesar” não terá dificuldade em acertar a pronúncia.

O que é preciso é evitar coisas do tipo “em que pése”, “em que pésem” ou esta forma horrível que já ouvimos em palestra: “no que pésem”.

 

 

 

 

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