quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

 



Revista Espírita de 1862

 

Allan Kardec

 

Parte 3

 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1862, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo será baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1862 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. O que é que os Espíritos diziam em 1862 acerca da reencarnação?

B. Como os Espíritos definem a Fé?

C. Que disse Adolfo, ex-bispo de Argel, a respeito da Caridade?

 

Texto para leitura

 

25. O senhor Dombre, de Marmande, assina na Revista uma fábula espírita intitulada “O Vento”, na qual diz o poeta que o Espiritismo, como a árvore que, sacudida pelo vento, espalha suas sementes por toda parte, espalha também, batido pelo vento da incredulidade, as sementes do amor e do saber austero... (P. 46)

26. Kardec, escrevendo sobre a aceitação da doutrina da reencarnação na América, informa que os Espíritos sempre disseram que mais tarde seria estabelecida a unidade sobre este, como sobre outros pontos. E era o que já começava a ocorrer no continente americano. A propósito disso, o Codificador diz que tal crença não lhe pertence, pois foi ensinada pelos Espíritos a outras pessoas, antes mesmo da publicação d’ O Livro dos Espíritos. (P. 48)

27. A Revista diz que os médiuns americanos, no caso de manifestações físicas, superam em número e força os da Europa, e sua reputação é muito grande, sobretudo depois dos fenômenos atribuídos ao Sr. Home.  Os abusos por causa disso têm sido inúmeros, visto que, anunciando-se como médiuns americanos, os charlatães, como o Sr. Squire, aproveitavam-se da situação para explorar os incautos. A Revista reporta-se, assim, a um prospecto referente à presença em Paris do casal Eddwards e Julia Girroodd, apresentados como médiuns americanos. (PP. 48 e 49)

28. O prospecto citado prometia divertimentos e números de ilusionismo, mas Eddwards Girroodd era, na realidade, Edouard Girod, procedente não da América, mas de Saint-Flour, Cantal, França. (PP. 49 a 51)

29. A Revista notícia a ajuda financeira enviada pela Sociedade Espírita de Paris aos pobres da cidade de Lyon, transcrevendo, em seguida, uma mensagem de Cárita, que foi, na Terra, Santa Irene, a Imperatriz. (P. 52)

30. Cárita agradece o gesto, sobretudo porque a boa ação foi disfarçada sob a capa do anonimato. “A caridade é suave e merece que se a pratique”, diz Cárita, lembrando que “pouca coisa é necessária para transformar lágrimas em alegria, sobretudo em casa do trabalhador que não está habituado a felicidade visitá-lo com frequência”. (PP. 52 e 53)

31. Em mensagem sobre a Fé, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz Georges, é um semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (P. 54)

32. Dissertando sobre a Caridade, o Espírito de Adolfo, ex-bispo de Argel, diz que a Caridade conhece todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. É a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas infectas; trata de todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm, mas socorre também os ricos. (P. 56)

33. Lázaro assevera que o esquecimento das injúrias é a perfeição da alma, como o perdão das feridas feitas à verdade é a perfeição do Espírito. E Jesus é, nesse sentido, para todos nós, o modelo a ser seguido. (P. 57)

34. Comentando mensagem de Lázaro, Kardec diz que há duas espécies de instintos: o animal e o moral. O primeiro é orgânico e é dado a todos os seres. O segundo – propensão para fazer o bem ou o mal – é privilégio do homem. (P. 59)

35. Em mensagem dada em Paris, o Espírito de Lamennais ensina que as várias ações meritórias para o Espírito após a morte são, principalmente, as do coração, mais que as da inteligência. (P. 60)

 

Respostas às questões propostas

 

A. O que é que os Espíritos diziam em 1862 acerca da reencarnação?

Segundo Kardec, em comentário a respeito da não aceitação da doutrina da reencarnação na América, os Espíritos sempre disseram que no futuro seria estabelecida a unidade sobre esse como sobre outros pontos. E era isso que já começava a ocorrer no continente americano. (Revista Espírita de 1862, p. 48.)

B. Como os Espíritos definem a Fé?

Numa mensagem sobre esse tema, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz ele, é um semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (Obra citada, p. 54.)

C. Que disse Adolfo, ex-bispo de Argel, a respeito da Caridade?

Disse ele que a Caridade conhece todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. Ela é a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas infectas; trata de todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm, mas socorre também os ricos. (Obra citada, p. 56.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_14.html

 

 

 

 

 


 

 

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