Revista Espírita de 1862
Allan Kardec
Parte 3
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1862, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo será baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.
A coleção do ano de
1862 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a
dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.
Cada parte do estudo,
que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:
a) questões
preliminares;
b) texto para
leitura.
As respostas às
questões propostas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões preliminares
A. O que é que os
Espíritos diziam em 1862 acerca da reencarnação?
B. Como os Espíritos
definem a Fé?
C. Que disse Adolfo,
ex-bispo de Argel, a respeito da Caridade?
Texto para leitura
25. O senhor Dombre,
de Marmande, assina na Revista uma fábula espírita intitulada “O Vento”, na
qual diz o poeta que o Espiritismo, como a árvore que, sacudida pelo vento,
espalha suas sementes por toda parte, espalha também, batido pelo vento da
incredulidade, as sementes do amor e do saber austero... (P. 46)
26. Kardec,
escrevendo sobre a aceitação da doutrina da reencarnação na América, informa
que os Espíritos sempre disseram que mais tarde seria estabelecida a unidade
sobre este, como sobre outros pontos. E era o que já começava a ocorrer no
continente americano. A propósito disso, o Codificador diz que tal crença não
lhe pertence, pois foi ensinada pelos Espíritos a outras pessoas, antes mesmo
da publicação d’ O Livro dos Espíritos. (P. 48)
27. A Revista diz que
os médiuns americanos, no caso de manifestações físicas, superam em número e
força os da Europa, e sua reputação é muito grande, sobretudo depois dos
fenômenos atribuídos ao Sr. Home. Os
abusos por causa disso têm sido inúmeros, visto que, anunciando-se como médiuns
americanos, os charlatães, como o Sr. Squire, aproveitavam-se da situação para
explorar os incautos. A Revista reporta-se, assim, a um prospecto referente à
presença em Paris do casal Eddwards e Julia Girroodd, apresentados como médiuns
americanos. (PP. 48 e 49)
28. O prospecto
citado prometia divertimentos e números de ilusionismo, mas Eddwards Girroodd
era, na realidade, Edouard Girod, procedente não da América, mas de
Saint-Flour, Cantal, França. (PP. 49 a 51)
29. A Revista notícia
a ajuda financeira enviada pela Sociedade Espírita de Paris aos pobres da
cidade de Lyon, transcrevendo, em seguida, uma mensagem de Cárita, que foi, na
Terra, Santa Irene, a Imperatriz. (P. 52)
30. Cárita agradece o
gesto, sobretudo porque a boa ação foi disfarçada sob a capa do anonimato. “A
caridade é suave e merece que se a pratique”, diz Cárita, lembrando que “pouca
coisa é necessária para transformar lágrimas em alegria, sobretudo em casa do
trabalhador que não está habituado a felicidade visitá-lo com frequência”. (PP.
52 e 53)
31. Em mensagem sobre
a Fé, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã mais
velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o
Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz Georges, é um
semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (P. 54)
32. Dissertando sobre
a Caridade, o Espírito de Adolfo, ex-bispo de Argel, diz que a Caridade conhece
todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. É a mãe dos órfãos, a
filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas infectas; trata de
todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm, mas socorre também
os ricos. (P. 56)
33. Lázaro assevera
que o esquecimento das injúrias é a perfeição da alma, como o perdão das
feridas feitas à verdade é a perfeição do Espírito. E Jesus é, nesse sentido,
para todos nós, o modelo a ser seguido. (P. 57)
34. Comentando
mensagem de Lázaro, Kardec diz que há duas espécies de instintos: o animal e o
moral. O primeiro é orgânico e é dado a todos os seres. O segundo – propensão
para fazer o bem ou o mal – é privilégio do homem. (P. 59)
35. Em mensagem dada
em Paris, o Espírito de Lamennais ensina que as várias ações meritórias para o
Espírito após a morte são, principalmente, as do coração, mais que as da
inteligência. (P. 60)
Respostas às questões propostas
A. O que é que os
Espíritos diziam em 1862 acerca da reencarnação?
Segundo Kardec, em
comentário a respeito da não aceitação da doutrina da reencarnação na América,
os Espíritos sempre disseram que no futuro seria estabelecida a unidade sobre
esse como sobre outros pontos. E era isso que já começava a ocorrer no
continente americano. (Revista Espírita de 1862, p. 48.)
B. Como os Espíritos
definem a Fé?
Numa mensagem sobre
esse tema, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã
mais velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o
Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz ele, é um
semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (Obra citada, p. 54.)
C. Que disse Adolfo,
ex-bispo de Argel, a respeito da Caridade?
Disse ele que a
Caridade conhece todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. Ela
é a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas
infectas; trata de todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm,
mas socorre também os ricos. (Obra citada, p. 56.)
Observação:
Para
acessar a parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_14.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a
estrutura deste blog, clique neste link:
https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário