segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 5

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

29. Qual era, em verdade, o objetivo principal do obsessor?

O que ele pretendia era tornar um inferno a vida do padre e, assim, levá-lo à morte, seja por meio do suicídio ou por qualquer outra forma, como ele claramente afirmou nos seguintes termos: “O certo é que o matarei, senão de imediato, ao primeiro ensejo”. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.)

30. A fisionomia do obsessor era compatível com seu estado psicológico?

Sim. Desde o momento em que o viu pela primeira vez, chamou a atenção de Manoel Philomeno a sua fácies deformada, o conjunto de aberrações expostas e o aspecto de lesma disforme, viscoso e tresandando odores pútridos. Agora, durante a doutrinação, imantado fortemente ao perispírito do médium, mais se podiam perceber os detalhes da deformação que lhe tomara o ser ante os desmandos e práticas absurdas a que se entregava. O seu psiquismo, concentrado nas funções sexuais servis, havia criado na sua estrutura perispiritual uma forma degenerada que traduzia seus conflitos e torpezas. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)

31. De que maneira se encerrou a doutrinação do obsessor do padre? 

Como o obsessor voltou a blasfemar e a repetir ameaças que faria estremecer até mesmo estruturas emocionais mais resistentes, o doutrinador, conduzido espiritualmente, aproximou-se do médium em transe e começou a aplicar energias balsamizantes, enquanto elucidava: “Por hoje o nosso diálogo está encerrado. Não faltarão outras oportunidades para esclarecimento. O nosso desejo de afastá-lo daquele a quem explora psiquicamente, roubando-lhe as energias e o discernimento, aguçando-lhe os desejos inferiores, está coroado de êxito. Você será mantido em tratamento especializado em outra área do mundo causal, recuperando-se a pouco e pouco, de forma que desperte completamente lúcido para outra realidade”. O verbo ameno e caridoso e as vibrações saudáveis que eram aplicadas no médium e no Espírito culminaram com o afastamento do sofredor, logo recolhido por cooperadores da Equipe espiritual da Casa, após o que adormeceu. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)

32. Considerando que o obsessor não estava interessado em renovar-se, trazê-lo a contragosto à reunião de doutrinação não seria uma violência contra o seu livre-arbítrio? 

O mentor Anacleto, respondendo a essa pergunta, esclareceu: “O livre-arbítrio é concessão divina que tem caráter relativo, não podendo ser facultado sem responsabilidade por aquele que o utiliza. No caso em tela, a fim de auxiliarmos Mauro, que necessita de recuperar-se dos males praticados, somos convidados a contribuir em favor de todos aqueles que se encontram enredados nas teias dos problemas desencadeados pela insânia dele. E porque o mal que Jean-Michel (este é o nome que teve na reencarnação anterior) persiste em preservar, arrastando o seu inimigo e a si mesmo desvairando, não pode permanecer indefinidamente, o nosso ato é de misericórdia e de compaixão, não constituindo violência, porque o seu discernimento encontra-se obliterado pela paixão alucinada. Qual ocorre com crianças e jovens, ou mesmo com adultos sem amadurecimento psicológico e moral, determinadas decisões não necessitam de passar-lhes pelo crivo da opinião, porque destituídos de discernimento não saberiam o que ou como fazer. Não poucas vezes, determinados tratamentos cirúrgicos e psiquiátricos são decididos pela família do paciente, mesmo que sem o seu consentimento, a fim de salvar-lhe a existência. A responsabilidade é o melhor aval para a utilização do livre-arbítrio, mas que ainda falta a muitos Espíritos durante o seu atual processo de evolução”. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)

33. Como definir uma reunião mediúnica e seus propósitos?

Uma reunião mediúnica de qualquer natureza é sempre uma realização nobre em oficina de ação conjugada, na qual os seus membros se harmonizam e se interligam a benefício dos resultados visados, quais sejam a facilidade para as comunicações espirituais, o socorro aos aflitos de ambos os planos da vida, a educação dos desorientados, as terapias especiais que são aplicadas, e, naquelas de desobsessão, em face da maior gravidade do cometimento, transforma-se em Clínica de saúde mental especializada, na qual cirurgias delicadas são desenvolvidas nos perispíritos dos encarnados, assim como dos liberados do corpo, mediante processos mui cuidadosos, que exigem equipe eficiente no que diz respeito ao conjunto de cooperadores do mundo físico. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)

34. Como era o ambiente espiritual na residência da diretora do Educandário? 

No lar da diretora tudo transpirava paz e bem-estar, em uma psicosfera de harmonia, algo que é, segundo Manoel Philomeno de Miranda, bastante raro nas famílias contemporâneas. Enriquecida por uma família bem constituída, mãe devotada de duas crianças com idades entre 8 e 10 anos, uma linda garota e um simpático varão, o esposo era homem sério, voltado para as questões espirituais da religião que ambos professavam. Tratava-se de um lar construído em bases cristãs, sem as excentricidades dos comportamentos mundanos da atualidade, onde o vazio existencial e a vulgaridade têm primazia nos relacionamentos que deveriam ser afetivos. (Obra citada, capítulo 7: Programações abençoadas.)

35. Na presença do Espírito de Mauro, a diretora pôde inteirar-se dos problemas enfrentados pelo padre e também dos abusos que ele cometera contra crianças de sua paróquia?

Sim. O Mentor, falando diretamente à diretora do Educandário, que ali estava em Espírito, relatou-lhe os problemas e suas causas, explicando-lhe também que, sem diminuir-lhe a responsabilidade pelo gravame, era justo considerar que o padre se encontrava fora do equilíbrio emocional e racional, vitimado por conflitos hórridos e sob a injunção de forças desconexas do mundo espiritual inferior, que o aturdiam e comandavam mentalmente. (Obra citada, capítulo 7: Programações abençoadas.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_12.html

 

 

 

 

  

 

 

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