CINCO-MARIAS
EUGÊNIA PICKINA
eugeniapickina@gmail.com
Brincar é condição fundamental para ser sério. Arquimedes
Quando brinca, a criança se estrutura como
indivíduo, treinando competências, explorando curiosa o mundo.
Lembrando que brincar é um direito, os adultos
devem procurar despertar aptidões, permitindo que a criança, em casa e na
escola, brinque muito para desenvolver-se com plenitude.
Amarelinha? Quem não conquista equilíbrio pulando
com um pé só? Brincar de amarelinha fortalece os músculos das pernas,
proporciona à criança exercitar força muscular, ritmo corporal, desenvolvimento
social – “minha vez, sua vez”…
Na hora do esconde-esconde, os pequenos são
estimulados a correr, disputar espaço, superar limites, enfrentar o grupo…
“Ciranda, cirandinha, vamos todos…” Brincando de
ciranda, além da noção de equilíbrio e espaço, as crianças cantam, dançam,
treinam linguagem, extroversão, têm acesso ao manancial das cantigas que
integram a cultura nacional…
Queimada? Ajuda a desenvolver a potência e a
agilidade, estimulando ainda o convívio social da criança.
Longe de ser uma simples maneira de as crianças se
divertirem, quem experimenta pega-pega, esconde-esconde, quem pula amarelinha,
quem é queimado ou tropeça na corda, está explorando para crescer. Pois a
criança que brinca tem acesso a momentos criativos e, com isso, se desenvolve
como personalidade, adquirindo, ainda, lições importantes sobre amizade e
convivência.
Ao brincar, a criança descobre a si mesma e ao
mundo ao seu redor. Crianças aprendem brincando, e cada uma do seu jeito. Por
isso, mais do que bons momentos, a brincadeira é um ato extremamente valioso
para o desenvolvimento infantil.
Notinhas
Três brincadeiras divertidas:
1) Cinco-marias: 5 saquinhos de pano cheios de
arroz ou areia. A brincadeira consiste em jogar todos os saquinhos no chão,
tirar um e jogar para cima com a mesma mão. Em seguida, você pega mais um e
continua a brincadeira até não sobrar saquinho no chão. Na segunda rodada, é
repetido o mesmo procedimento anterior, só que dessa vez é preciso pegar dois
saquinhos por vez. A cada rodada se aumenta o número de saquinhos por vez até
conseguir pegar todos de uma só vez;
2) Pula corda: duas crianças rodam a corda,
enquanto uma terceira pula. Enquanto isso, a garotada canta: “um dia um homem
bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora põe a mão no chão;
senhora, senhora pule de um pé só; senhora, senhora dê uma rodadinha, e vá pro
meio da rua”. A criança que está pulando deve fazer gestos em referência à
música até sair da corda sem errar;
3) Roda: todas as crianças ficam em círculo de mãos
dadas, cantando cantigas antigas e rodando. Em seguida, elas repetem os gestos
sugeridos pela canção. Sugestão de músicas: Ciranda-Cirandinha, A Canoa Virou,
Eu Entrei na Roda, Se Esta Rua Fosse Minha...
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência
ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP),
está concluindo em São Paulo a formação em Psicanálise. Ministra cursos e
palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo
e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como
utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário