terça-feira, 6 de dezembro de 2022

 



Hoje me lembrei tanto de São Francisco

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Parece que nos esquecemos de tudo o que é verdadeiro. Parece que o nosso mundo limitou-se à matéria, efemeridade e, assim, sentimos tanto a falta do alimento ao nosso espírito. Estamos carentes de amor — doar e receber —, estamos com saudade de olhar nos olhos e compreender sem precisar de palavra. Estamos mais apáticos. Estamos muito racionais.

Precisamos resgatar o amor que Jesus nos ensinou, o amor que São Francisco claramente demonstrou. Mais espírito com emoções acalentadas; mais empatia; mais doçura; mais bondade; mais caridade com os irmãos do momento, os humanos, os animais, os vegetais e o meio no qual estamos. De repente, distraímo-nos profundamente e os créditos seguem somente para a materialidade.

Mas a história de São Francisco está viva e pode se repetir por meio de nós. Basta que despertemos para a luz do sol e o brilho da lua que tão, disciplinadamente, brilham. Basta que desejemos compreender que nada do que é matéria poderá nos completar — a materialidade é um recurso que dispomos agora, mas não é parte da essência que compõe a vida espiritual, pois podemos ter tudo materialmente e, ainda assim, nos sentirmos vazios. A materialidade nos dá certa condição para o nosso desenvolvimento aqui, mas não é suficiente.

E, quando me lembro dos passos de São Francisco, emociono-me e sinto-me forte para continuar, distancio-me deste turbilhão de brados e gemidos materialmente humanos e meu coração começa a sentir-se mais leve, feliz e confiante de que podemos ser mais amor em vez de só egoísmo, ser mais ternura em vez de rudez desmedida, ser mais bondade em vez de dolorosa crueldade. O meu coração sorri com tudo o que podemos conquistar, mesmo sabendo que poderia já ter sido assim. Nunca é tarde para ser o franciscano de coração amoroso e estar mais próximo dos passos que Francisco aprendeu com Jesus.

E, em dias assim, sinto que podemos retomar a qualquer hora o caminho para a felicidade, pois, de fato, como ensinou o Mestre, “O meu reino não é deste mundo”. Então que sejamos mais do outro mundo, porém com agradecimento pleno a esta oportunidade.

E, em verdes campos, prados ou campinas despertemos para enxergar no próximo um irmão e sentirmo-nos criaturas da família que Deus criou.

 

“Irmão vento, irmão Sol, irmã Lua,

Irmão lobo, tu és meu irmão.

Rouxinol, sabiá, criaturas de Deus,

Somos obras de sua mão.”

 

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