sábado, 28 de março de 2020



O governador da Ilha de Aparecida

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Existe uma rica ilha famosa num país conhecido mundialmente por seu combate ao Comunismo e suas correntes ideológicas nefastas. Ali, terroristas tentaram implantar, na marra, o pseudogoverno do proletariado (na verdade, massa de manobra de seus líderes, que jamais quiseram residir nos países aos quais essa nefasta ideologia levou a miséria, a ditadura e o terrorismo).
Não conseguiram. Militares que tinham a missão de proteger a ilha, com o apoio maciço da população local, reprimiram energicamente a ação terrorista. Houve baixas fatais de ambos os lados; mas as Forças Armadas, reforçadas pela polícia local e pela aprovação popular, conseguiram prender alguns terroristas e banir outros.
Depois dessa vitória heroica da lei contra o crime, a ilha foi governada, durante alguns anos, com "mão de ferro", por militares. Todos eles eram religiosos, honestos, disciplinados e patriotas. O país, entretanto, enfrentou uma crise econômica, e a ilha não ficou de fora dessa crise. Como o povo julgou que a culpa de suas dificuldades materiais era do governo militar, resolveu pressioná-lo para permitir que, em eleições diretas, candidatos civis pudessem ser eleitos e os substituíssem, resolvendo, desse modo, os problemas socioeconômicos da ilha.
Novos governadores, todos civis, passaram a gerir a economia da ilha. Infelizmente, porém, em vez de apenas resolverem os problemas econômicos do povo, passaram também a usar os recursos do erário em proveito próprio, de parentes e de amigos. Alguns desses governadores eram anistiados políticos dos militares, que passaram a considerar ditadores, desde quando estes não mais governaram a ilha.
Um desses civis, após implantar a ideologia comunista, retocada com a aparência de governo democrático, chegou mesmo a afirmar, após indicar para substituí-lo ex-militante da era terrorista, que a "apropriação" de dinheiro público em proveito próprio não era roubo, se o "apropriador" houvesse sido eleito "democraticamente". Outro, em defesa de seus colegas, disse que o bom administrador "rouba, mas faz". E a corrupção chegou ao extremo...
Por fim, com a ajuda de grande emissora de TV, que subsidiavam, criaram lei proibindo toda a população civil da ilha de possuir arma de fogo em casa, ainda que fosse para defesa própria e de sua família, mesmo nos locais mais perigosos, como o dos sítios isolados da ilha. A ideia era desarmar a população. Com qual finalidade? Os comunistas sabem a resposta...
Concomitantemente a isso, criaram leis subvertendo tudo o que a moral considerava correto. Criminoso comprovado passou a ser chamado, indiscriminadamente, de "suspeito", "réu" tornou-se "paciente", bandido virou "vítima", policial tornou-se "criminoso". O suspeito preso em flagrante vai para a delegacia, mas compra um "habeas corpus" e volta às ruas, livremente, para cometer novos crimes.
As religiões passaram a ser ridicularizadas, assim como Deus e Jesus Cristo. Imagens são quebradas nas igrejas, que também são invadidas por "vândalos", que se despem e mantêm relações sexuais em suas salas de orações. As cruzes são arrancadas dos altares e transformadas em objetos sexuais...
Em consequência disso, o povo da ilha reviu seus conceitos, rejeitou essas ideologias nefastas e elegeu novo governador militar, que quase foi assassinado com um tiro à queima-roupa antes de ser eleito e empossado. Deus, assim, em sua onisciência e poder, além de preservar a vida do atual governador, inspira-lhe a indicação de homens de bem para auxiliá-lo, nos trabalhos de restauração da dignidade, da moral e do progresso de todos.
Insatisfeitos, os comunistas, guerrilheiros e simpatizantes passaram a criticar todos os apoiadores do militar eleito. Em especial, com o apoio do canal de TV e seus associados, que até hoje buscam hostilizá-lo e desestabilizá-lo, para isso contando com o despreparo de seus familiares, que se imiscuem indevidamente nos assuntos governamentais, alimentando, assim, a oposição.
Há três diferenças básicas, no caráter do novo governante, chamado Joel Isaías, em relação aos seus antecessores: 1ª) amor a Deus e respeito às religiões; 2ª) honestidade acima de qualquer suspeita; e 3ª) amor à sua ilha e aos cidadãos de bem ali residentes, tudo fazendo para o crescimento socioeconômico do local. Portanto, escolheu pessoas da mais alta competência e honestidade para auxiliá-lo na gestão das diversas regiões administrativas da ilha, seja na economia, na justiça, na saúde, na educação...
Após pouco mais de um ano do novo governo, o povo da ilha percebeu que grandes avanços socioeconômicos surgiram no território: pavimentação de inúmeras ruas antes intransitáveis; recolhimento de cartilhas meramente ideológicas nas escolas; conclusão de obras públicas abandonadas há anos; nomeação de concursados para cargos públicos, em substituição dos militantes partidários, nomeados antes sem prestarem concurso etc.
Tudo isso vinha sendo conseguido graças à escolha criteriosa por Joel Isaías dos seus representantes administrativos. "De repente, não mais que de repente", como diria o poetinha Vinícius de Moraes, veio da China um vírus mutante terrível, que começou a dizimar os idosos da ilha e jogou no abismo a economia local.
Nem tudo é elogio a Joel. Muito preocupado em aparecer na mídia como o "salvador da ilha", em vez de atuar na resolução das grandes questões do local, preocupa-se em responder às "pegadinhas" que lhe são armadas pela oposição. Parece esquecer que a maioria dos eleitores que o elegeram optaram, não por sua pessoa simpática, mas pela expectativa de mudança de rumos socioeconômicos e morais necessários à vitória do bem contra o mal na ilha de seu governo. Deveria lembrar-se, portanto, de que foi eleito em virtude de suas boas intenções em restaurar a "ordem e o progresso" da ilha...
Joel, entretanto, após sobreviver à tentativa de homicídio que seus adversários tramaram contra ele, alega eterna gratidão a seus eleitores e expõe algumas centenas de bajuladores ao perigo de contágio de sua saúde, ainda que seja imune, mas porte o vírus da doença infectocontagiosa. Sai, então, ao encontro desses desocupados e oferece prato cheio aos comunistas e simpatizantes para tentar defenestrá-lo do poder, ou, ao menos, voltar a este.
Por falar sem refletir, a imprensa tendenciosa pinça apenas a parte negativa de suas respostas, ainda que figuradas, e passa dias martelando o povo da ilha com isso.
Seria interessante que o bem-intencionado governador da Ilha de Aparecida desse uma lida nos poemas do Boca do Inferno, apelido do poeta Gregório de Matos Guerra em relação à ordem na própria casa, para que não venham depois dizer, como Torquemada, o bispo da Inquisição que mandava torrar nas fogueiras seus inimigos, sob a infame denominação de hereges: "De boas intenções, o inferno está cheio".
Conselho de desinteressado amigo e ex-colega menor de farda: confie mais em seus auxiliares, fale menos e trabalhe mais... Nesta época virótica, seria melhor atuar em casa. Para isso, a tecnologia é forte. E o povo aplaude.
                                      




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