Obreiros da Vida
Eterna
André Luiz
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes,
cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às
quartas-feiras.
Concluído o estudo dos três primeiros livros, damos
prosseguimento hoje ao estudo do 4º livro da série, Obreiros da Vida Eterna, que o médium Chico Xavier psicografou.
Parte 2
9. Que devemos
fazer para sustentar o ânimo ante as dificuldades, as perseguições e o sarcasmo
de nossos adversários?
Pergunta idêntica foi feita por Semprônia ao instrutor
Asclépios. Para respondê-la, ele retirou uma folha dentre os pergaminhos
alvinitentes que trazia, de modo intencional, abrindo-a à vista de todos. A
folha trazia o versículo 44 do capítulo 5 do Evangelho de Mateus: "Eu,
porém, vos digo – amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei o
bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam". O
processo de esclarecimento não podia ser mais direto, nem mais educativo.
Semprônia disse haver compreendido a lição, e Asclépios aditou: "Os
adversários, quando bem compreendidos e recebidos cristãmente, constituem
precioso auxílio em nossa jornada para a União Divina". (Obreiros da Vida Eterna, cap. 3, pp. 44
a 49.)
10. Em que
região se localiza a Casa Transitória de Fabiano e qual a sua finalidade?
Fundada por Fabiano de Cristo, devotado servo da caridade
entre antigos religiosos do Rio de Janeiro, a Casa Transitória se localiza nas
cercanias da Crosta e se destina a socorros urgentes aos sofredores
desencarnados. (Obra citada, cap. 4, pp. 52 a 54.)
11. Que tipo de
esforço as aquisições espirituais exigem da criatura humana?
As aquisições espirituais - todas elas - exigem perseverança
no estudo, na observação e no serviço aplicado. O músico exímio poderá ser, no
futuro, aprendiz em Química, destacando-se mais tarde nesse campo científico,
como se verifica na arte dos sons. Não alcançará, porém, esse desiderato sem
gastar tempo, esforço e boa vontade. Não é possível, diz Zenóbia, edificar
todas as qualidades nobres de uma só vez. (Obra citada, cap. 4, pp. 56 e 57.)
12. As hordas
enraivecidas que atacaram a Casa Transitória eram constituídas por qual espécie
de Espíritos?
Esses Espíritos foram, muitas vezes, gênios da Filosofia e
da Ciência, almas de profundo valor intelectual, dedicados, no entanto, à
opressão e à tirania. Lançados ao precipício pelo desvio voluntário, esses
infelizes raramente se penitenciam e tentam recuo benéfico. Na maioria das
vezes, dentro da terrível insatisfação do egoísmo e da vaidade, insurgem-se
contra o próprio Criador, aviltando-se na guerra prolongada às suas divinas
obras, e agrupam-se em sombrias e devastadoras legiões, operando movimentos
perturbadores que desafiam a mais astuta imaginação humana. (Obra citada, cap. 4, pp. 58 a 62.)
13. Como é
possível à Casa Transitória transportar-se de uma região para outra?
Edificada à base de substância singularmente leve, a Casa
Transitória é uma construção apropriada para movimento aéreo e que pode ser
mudada, sem maiores dificuldades, de uma região para outra, de acordo com as
circunstâncias. (Obra citada, cap. 4, pp. 62 a 65.)
14. Quem foi, na
Terra, o Irmão Gotuzo e que lições podemos extrair do seu caso?
Ele fora médico na Crosta em sua anterior existência, mas
ainda estava impregnado de intensas lembranças da vida física, a que se sentia
imantado por incoercível atração. Nele, as afinidades com os serviços da esfera
carnal eram ainda muito fortes. Desencarnara antes de André e peregrinara muito
tempo, através de sendas purgatoriais, e embora houvesse demorado vários anos
semi-inconsciente, entre sombras e luzes, apresentava-se em dia com todos os
conhecimentos da Medicina da Terra. Gotuzo sabia agora que a morte significa,
pura e simplesmente, transferência de residência e que o corpo astral é
organização viva, tão viva quanto o aparelho fisiológico em que o homem vive no
plano carnal. Reconhecendo que nem a Ciência nem a Religião têm conseguido
preparar o homem convenientemente para enfrentar os problemas post mortem, não estava ainda habituado
com a morte e sofria naturalmente os resultados dessa desarmonia. Como havia
desfrutado no mundo uma existência regular, em que todos os desejos puderam ser
atendidos, ele não se iniciara no mistério da tolerância, da paciência e da
dor, e por causa disso, apesar de decorridos quase dez anos do reencontro com a
nova realidade em seu lar terreno, a qual tanto o fez sofrer, sua mágoa
continuava tão viva, como na primeira hora. A lição que extraímos do seu caso é
óbvia: o homem não está, na maioria dos casos, preparado para enfrentar as
mudanças advindas da morte corpórea. (Obra citada, cap. 5, pp. 66 a 74.)
15. As almas
grosseiras e endividadas têm direito também a ser ouvidas no tocante à
programação de suas experiências reencarnatórias?
Não. Esses Espíritos não podem ser atendidos em suas
preferências acerca do próprio futuro, em virtude da ignorância deliberada em
que se comprazem; em face disso, são compelidos a aceitar os roteiros
estabelecidos pelas autoridades competentes para os seus casos individuais.
Nesses quadros de dor, veem-se então pais e mães que repelem, instintivamente,
a influenciação dos filhinhos, antes do berço, dando pasto a discórdias sem
nome, a antagonismos aparentemente injustificáveis, a moléstias indefiníveis, a
abortos criminosos. Enquanto isso, os adversários que reencarnam, em obediência
ao trabalho redentor, programado pelos mentores abnegados dessas personagens de
dramas sombrios, penetram o campo psíquico dos ex-inimigos e futuros pais,
impondo-lhes sacrifícios intensos e quase insuportáveis. (Obra citada, cap. 5,
pp. 74 a 77.)
16. Que
diferença havia entre o tratamento médico agora ministrado por Gotuzo e o que é
comumente ministrado na Crosta?
Segundo Gotuzo, a diferença do tratamento médico que agora
ministrava, comparativamente com o utilizado no ambiente terreno, estava no uso
da palavra como estilete criador de vida nova. Não bastava ali dizer-lhes o que
sofriam, como fazia antigamente na Crosta. Ele deveria funcionar, acima de
tudo, como professor de higiene mental, auxiliando-os na germinação e
desenvolvimento de ideias reformadoras e construtivas que pudessem elevar-lhes
o padrão de vida íntima. A todos distribuía recursos magnéticos de restauração,
para reanimar-lhes a organização geral, com os elementos de cura ao seu
alcance; mas ensinava a cada enfermo algo de novo que lhe reajustasse a alma.
“Noutro tempo – disse Gotuzo – tínhamos o campo de ação na célula física.
Presentemente, todavia, essa zona de atuação é a célula mental.” (Obra citada,
cap. 5, pp. 77 e 78.)
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/03/obreiros-da-vidaeterna-andre-luiz.html
Como consultar as matérias deste
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