Grilhões Partidos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada –
do livro Grilhões Partidos, de Manoel
Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no
ano de 1974.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Grilhões
Partidos”.
Eis as questões de hoje:
25. O Coronel Sobreira teve papel decisivo no despertamento dos pais de Ester?
Sim. Suas palavras e principalmente sua experiência no caso
de seu filho Giorgio, que padecera também, quatro anos antes, sórdida obsessão,
exerceram forte impressão nos pais de Ester e foram, por isso, decisivos na
mudança de rumo no caso da jovem Ester. (Grilhões
Partidos, cap. 8, pp. 75 a 80.)
26. Como o
Coronel Sobreira, ante o amigo em sofrimento, definiu a mediunidade?
“A mediunidade – explicou-lhe o Coronel Sobreira - é faculdade
paranormal relevante, objeto de estudos nos Centros de maior cultura,
atualmente, no globo. Investir contra, por preconceito, é arrematada idiotia,
disfarçada em presunção." E aduziu: "A mediunidade é, digamos, uma
via de acesso. Por ela transitam os que viveram na Terra consoante as
concessões de quem a governa..." (Obra citada, cap. 8, pp. 80 a 82.)
27. Os
benefícios de uma sessão de desobsessão alcançam apenas os Espíritos que ali
são esclarecidos?
Não. Os benefícios de uma sessão não alcançam apenas os que
se comunicam pela psicofonia, mas a todos os que não reúnem ainda
possibilidades para um contato mais direto com o plano físico. "Em todo
serviço de desobsessão – esclarece Philomeno – enquanto uma Entidade se faz
esclarecer, outras se lhe vinculam coparticipando das informações e instruções
que são ministradas, colhendo-se significativos, valiosos resultados." (Obra
citada, cap. 9, pp. 87 a 91.)
28. Que é que
dirige o Espírito na escolha das provas?
Este assunto é tratado na questão 264 d' O Livro dos Espíritos, de Kardec, em que
aprendemos que o Espírito “escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as
que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa”. “Uns, portanto,
impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com
coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito
mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas
paixões inferiores que uma e outro desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem
a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o
vício." (Obra citada, cap. 10, pág. 93.)
29. Havia
Espíritos perturbadores na Casa de Saúde em que Ester estava internada?
Sim. Havia ali centenas de desencarnados, com os semblantes
mais variados, totalmente desequilibrados, em manifesta ignorância do estado
espiritual em que se demoravam. Obsessores de carantonha cruel demonstravam no
rosto os ódios que os desequilibravam. Perturbadores zombeteiros assinalavam os
vícios em que se locupletavam, com máscara de cinismo indescritível. Grupos de
vampirizadores misturavam-se a dementes encarnados, liberados parcialmente pelo
sono, em lastimável estado. Verdugos impiedosos, conhecedores das técnicas
obsessivas, arrastavam suas vítimas em incríveis padecimentos, as quais
desfaleciam de pavor, logo despertando para defrontar os adversários frios.
Entidades hebetadas, simiescas umas, deformadas outras, em promiscuidade
deplorável, desencarnados ociosos, indiferentes, enchiam os pátios, os
corredores, como frequentadores de espetáculos circenses, totalmente
desconhecedores do estado em que se movimentavam. (Obra citada, cap. 10, pp. 93
a 96.)
30. Onde se
radicavam as causas da alienação mental de D. Eudóxia?
Catalogada pelos médicos como esquizofrênica irreversível, a
senhora Eudóxia foi examinada pelo Dr. Bezerra de Menezes, que explicou que as
causas preponderantes de sua alienação nela mesma se encontravam. Numa forma de
autocídio indireto, através do qual pretendia eximir-se à responsabilidade, ela
se autossupliciava, mergulhando no desconcerto da loucura. No século anterior,
Eudóxia era senhora de terras, em próspera cidade do Rio de Janeiro. Casada com
homem de sentimentos elevados, ela caracterizava-se pelo temperamento
irascível, insuportável, rebelde. O marido propôs-lhe então a separação.
Imaginando que o esposo a trocava por outra – e transferindo para humilde serva
da fazenda a suposta preferência do marido – Eudóxia não teve dúvidas:
envenenou a ambos, em dois crimes que passaram desconhecidos da justiça dos
homens. Ela, porém, os conhecia. "A punição maior para o culpado – disse
Bezerra – é a presença da culpa, insculpida na consciência. A princípio, quando
as forças orgânicas estão em plenitude, ela dorme. À medida que se afrouxam os
liames das potências da vida vegetativa, ressumam as evocações e se transformam
em complexo culposo, monoideísmo infeliz que mais grava o delito e agrava a
responsabilidade..." Surpreendida pela desencarnação, transferiu para o
Além os dramas ocultos. Apesar de perdoada pelo esposo, que se encontrava em
melhor condição espiritual do que ela, tornou-se perseguida pela serva, que a
seviciou demoradamente em região de compacta sombra espiritual. Reencarnada, os
fortes açoites do remorso, as impressões vigorosas da expiação junto à vítima e
a intranquilidade lesaram os centros da consciência, do que resultou a
enfermidade. (Obra citada, cap. 10, pp. 96 a 99.)
31. Que
ensinamentos nos traz o caso Vivianne, acometida nesta existência de
epilepsia?
Vivianne vivenciava uma problemática epiléptica genuína,
embora seus efeitos se assemelhassem ao que se dá durante o transe mediúnico
provocado pelas entidades sofredoras ou malévolas. As causas reais e remotas da
epilepsia estão no Espírito que ressarce débitos, mas há fatores orgânicos que
expressam essas causas, em que se fundamentam os estudiosos para conhecerem e
tratarem a enfermidade com maior segurança, por meio dos anticonvulsivos.
"Pela lei das afinidades – informou Dr. Bezerra –, o Espírito calceta é
atraído antes da reencarnação à progênie, na qual se encontram os fatores
genéticos de que tem necessidade para a redenção.” E aduziu que em todos os
variados tipos de epilepsia há sempre de se ter em conta os fatores cármicos
incidentes, que impõem ao devedor o reajuste com as leis divinas, utilizando-se
do recurso da enfermidade-resgate, de elevado benefício para todos. (Obra
citada, cap. 11, pp. 101 a 105.)
32. A quais
terapêuticas, utilizadas pela Justiça Divina para a cura de determinados
Espíritos doentes, se refere Dr. Bezerra de Menezes?
Manoel Philomeno supunha, quando estava reencarnado, que na
epilepsia havia sempre o fenômeno obsessivo, sem entender que no organismo vêm
impressas as necessidades de cada um, a se traduzirem como deficiências,
limitações, coarctações, problemas de saúde etc. Idiotia, oligofrenia,
mongolismo, epilepsia, psicoses várias, esquizofrenia, demência são
terapêuticas de que se utiliza a Justiça Divina para alcançar os Espíritos
doentes que tentam fugir à verdade, mancomunados com o crime e a ilusão. Essas,
as terapêuticas a que Dr. Bezerra se referiu. (Obra citada, cap. 11, pp. 105 a
108.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/12/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de.html
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