segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 



Grilhões Partidos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 4

 

Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1974.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Grilhões Partidos”.

Eis as questões de hoje:


25. O Coronel Sobreira teve papel decisivo no despertamento dos pais de Ester?

Sim. Suas palavras e principalmente sua experiência no caso de seu filho Giorgio, que padecera também, quatro anos antes, sórdida obsessão, exerceram forte impressão nos pais de Ester e foram, por isso, decisivos na mudança de rumo no caso da jovem Ester. (Grilhões Partidos, cap. 8, pp. 75 a 80.)

26. Como o Coronel Sobreira, ante o amigo em sofrimento, definiu a mediunidade?

“A mediunidade – explicou-lhe o Coronel Sobreira - é faculdade paranormal relevante, objeto de estudos nos Centros de maior cultura, atualmente, no globo. Investir contra, por preconceito, é arrematada idiotia, disfarçada em presunção." E aduziu: "A mediunidade é, digamos, uma via de acesso. Por ela transitam os que viveram na Terra consoante as concessões de quem a governa..." (Obra citada, cap. 8, pp. 80 a 82.)

27. Os benefícios de uma sessão de desobsessão alcançam apenas os Espíritos que ali são esclarecidos?

Não. Os benefícios de uma sessão não alcançam apenas os que se comunicam pela psicofonia, mas a todos os que não reúnem ainda possibilidades para um contato mais direto com o plano físico. "Em todo serviço de desobsessão – esclarece Philomeno – enquanto uma Entidade se faz esclarecer, outras se lhe vinculam coparticipando das informações e instruções que são ministradas, colhendo-se significativos, valiosos resultados." (Obra citada, cap. 9, pp. 87 a 91.)

28. Que é que dirige o Espírito na escolha das provas? 

Este assunto é tratado na questão 264 d' O Livro dos Espíritos, de Kardec, em que aprendemos que o Espírito “escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa”. “Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outro desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício." (Obra citada, cap. 10, pág. 93.) 

29. Havia Espíritos perturbadores na Casa de Saúde em que Ester estava internada?  

Sim. Havia ali centenas de desencarnados, com os semblantes mais variados, totalmente desequilibrados, em manifesta ignorância do estado espiritual em que se demoravam. Obsessores de carantonha cruel demonstravam no rosto os ódios que os desequilibravam. Perturbadores zombeteiros assinalavam os vícios em que se locupletavam, com máscara de cinismo indescritível. Grupos de vampirizadores misturavam-se a dementes encarnados, liberados parcialmente pelo sono, em lastimável estado. Verdugos impiedosos, conhecedores das técnicas obsessivas, arrastavam suas vítimas em incríveis padecimentos, as quais desfaleciam de pavor, logo despertando para defrontar os adversários frios. Entidades hebetadas, simiescas umas, deformadas outras, em promiscuidade deplorável, desencarnados ociosos, indiferentes, enchiam os pátios, os corredores, como frequentadores de espetáculos circenses, totalmente desconhecedores do estado em que se movimentavam. (Obra citada, cap. 10, pp. 93 a 96.)

30. Onde se radicavam as causas da alienação mental de D. Eudóxia?

Catalogada pelos médicos como esquizofrênica irreversível, a senhora Eudóxia foi examinada pelo Dr. Bezerra de Menezes, que explicou que as causas preponderantes de sua alienação nela mesma se encontravam. Numa forma de autocídio indireto, através do qual pretendia eximir-se à responsabilidade, ela se autossupliciava, mergulhando no desconcerto da loucura. No século anterior, Eudóxia era senhora de terras, em próspera cidade do Rio de Janeiro. Casada com homem de sentimentos elevados, ela caracterizava-se pelo temperamento irascível, insuportável, rebelde. O marido propôs-lhe então a separação. Imaginando que o esposo a trocava por outra – e transferindo para humilde serva da fazenda a suposta preferência do marido – Eudóxia não teve dúvidas: envenenou a ambos, em dois crimes que passaram desconhecidos da justiça dos homens. Ela, porém, os conhecia. "A punição maior para o culpado – disse Bezerra – é a presença da culpa, insculpida na consciência. A princípio, quando as forças orgânicas estão em plenitude, ela dorme. À medida que se afrouxam os liames das potências da vida vegetativa, ressumam as evocações e se transformam em complexo culposo, monoideísmo infeliz que mais grava o delito e agrava a responsabilidade..." Surpreendida pela desencarnação, transferiu para o Além os dramas ocultos. Apesar de perdoada pelo esposo, que se encontrava em melhor condição espiritual do que ela, tornou-se perseguida pela serva, que a seviciou demoradamente em região de compacta sombra espiritual. Reencarnada, os fortes açoites do remorso, as impressões vigorosas da expiação junto à vítima e a intranquilidade lesaram os centros da consciência, do que resultou a enfermidade. (Obra citada, cap. 10, pp. 96 a 99.)

31. Que ensinamentos nos traz o caso Vivianne, acometida nesta existência de epilepsia? 

Vivianne vivenciava uma problemática epiléptica genuína, embora seus efeitos se assemelhassem ao que se dá durante o transe mediúnico provocado pelas entidades sofredoras ou malévolas. As causas reais e remotas da epilepsia estão no Espírito que ressarce débitos, mas há fatores orgânicos que expressam essas causas, em que se fundamentam os estudiosos para conhecerem e tratarem a enfermidade com maior segurança, por meio dos anticonvulsivos. "Pela lei das afinidades – informou Dr. Bezerra –, o Espírito calceta é atraído antes da reencarnação à progênie, na qual se encontram os fatores genéticos de que tem necessidade para a redenção.” E aduziu que em todos os variados tipos de epilepsia há sempre de se ter em conta os fatores cármicos incidentes, que impõem ao devedor o reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, de elevado benefício para todos. (Obra citada, cap. 11, pp. 101 a 105.)

32. A quais terapêuticas, utilizadas pela Justiça Divina para a cura de determinados Espíritos doentes, se refere Dr. Bezerra de Menezes?

Manoel Philomeno supunha, quando estava reencarnado, que na epilepsia havia sempre o fenômeno obsessivo, sem entender que no organismo vêm impressas as necessidades de cada um, a se traduzirem como deficiências, limitações, coarctações, problemas de saúde etc. Idiotia, oligofrenia, mongolismo, epilepsia, psicoses várias, esquizofrenia, demência são terapêuticas de que se utiliza a Justiça Divina para alcançar os Espíritos doentes que tentam fugir à verdade, mancomunados com o crime e a ilusão. Essas, as terapêuticas a que Dr. Bezerra se referiu. (Obra citada, cap. 11, pp. 105 a 108.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/12/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de.html

 

 

 

 

 

Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário