segunda-feira, 15 de agosto de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 10

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

55. De que modo a Caravana comandada pela Rainha Isabel se deslocou para realizar a expedição socorrista?

Sob o comando da Rainha, o grupo socorrista valeu-se do recurso da volitação. Graças à velocidade do deslocamento, a viagem demorou apenas vinte minutos, quando então todos passaram a sentir as emanações deletérias de uma região enfermiça e sombria, onde nenhum sinal de vida se manifestava. Ali, ao lado de pântanos pútridos, cavernas se abriam profundas em montanhas escuras que limitavam a área do paul dantesco. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

56. Que recursos foram utilizados pela Caravana para recolher os Espíritos em condições de serem levados, para tratamento, ao Sanatório Esperança?

O grupo utilizou, para isso, redes e macas. Assim que a Rainha Isabel ergueu o bordão que levava, as redes foram atiradas sobre o lameirão, tornando luminosas as malhas que pareciam pirilampos sobre o lodo. Muitas cabeças que se erguiam, percebendo o recurso que poderia ser salvador, agarravam-se-lhes e gritavam por socorro, enunciando os nomes de Jesus, de Deus, de Maria, de alguns dos santos das suas antigas devoções, alardeando arrependimento e suplicando amparo. De energia magnética muito bem constituídas, a novo sinal as redes foram puxadas pelos braços fortes dos seus condutores, mas observou-se que, enquanto algumas se despedaçavam, deixando no lugar, em agonia, aqueles que as seguraram, outros eram colhidos e arrastados até os caravaneiros que os retiravam e os colocavam, debilitados, nas macas que de imediato eram distendidas para os receber. (Obra citada, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

57. Que aspecto apresentava Ambrósio?

A fácies do irmão Ambrósio, tendo em vista os sinais das sevícias que lhe haviam sido aplicadas, tinha um aspecto dantesco. Os traços humanos haviam sofrido graves alterações e todo ele se apresentava esquálido, destroçado, inspirando compaixão e produzindo choque emocional em quem o fitasse. Adormecido, ao ser transportado ressonava de maneira particular, em um repouso assinalado pelo terror, natural reminiscência dos sofrimentos e pavores que experimentara durante o largo cativeiro naquela região de furnas macabras. Concomitantemente, exteriorizava odores pútridos que remanesciam da decomposição cadavérica, ainda impregnada no perispírito, que igualmente se exteriorizava sob deformações responsáveis pela maneira como se encontrava em espírito. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

58. Que condições são necessárias para um Espírito integrar uma caravana liderada pela Rainha Isabel?

Silêncio, oração mental e amor são os equipamentos exigíveis para que um Espírito possa tomar parte na Caravana liderada pela Rainha Isabel, ao lado de muito bem elaborada disciplina interior, feita de confiança em Deus e respeito às Suas Leis, a fim de que a perturbação e o receio não abram brechas tornando vulnerável o conjunto. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

59. Quando a Caravana atravessou o paul tormentoso, na ação de resgate de Ambrósio, formou-se uma fila indiana. Qual o motivo?

O motivo foi simplesmente precaução. Segundo Dr. Inácio, o campo de energia exteriorizado pela Rainha Isabel, ao marchar à frente do grupo, cria defesas em favor daqueles que seguem na retaguarda. Além disso, na região que eles visitaram, o terreno pantanoso encontrava-se empesteado de vibriões mentais e de detritos psíquicos que poderiam reter os caminhantes descuidados, quais armadilhas distendidas por todos os lados para impedir a fuga dos prisioneiros espirituais. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

60. Que tipo de comportamento dos próprios espíritas perturba a marcha dos médiuns?

Por não compreenderem que a mediunidade é compromisso de alta significação, muitos a consideram um favor divino concedido a eleitos, uma força sobrenatural, um mecanismo prodigioso, que tornam o medianeiro um ser especial, tornando-se uma armadilha cruel que o leva à presunção e ao despautério. Mesmo que procure viver com simplicidade e demonstre que é somente instrumento do mundo espiritual e que a ocorrência do fenômeno independe da sua vontade, as criaturas viciadas nas superstições e interessadas nas questões imediatistas o envolvem em bajulação, em excesso de cortesias, em destaques embaraçosos que quase sempre terminam por perturbar-lhe a marcha. (Obra citada, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_08.html

 

  


 

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