terça-feira, 16 de agosto de 2022

 



Quando o entardecer laranja chega

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

É surpreendente — para não falar assustador — como o ser humano custa a aceitar que o Planeta está com problemas graves devido à conduta humana. Parece até que se está falando sobre outro planeta e não o Terra. E o mais admirável é que há reversão, aos poucos, se houver conscientização e atitude, porém muitos ainda não se importam com quem lhes dá abrigo e a condição de mais uma existência; falar sobre a oportunidade espiritual nem vem ao caso infelizmente.

Boa parcela da humanidade não se dá conta, mas o aquecimento global já é muito próximo e a falta do que mantém a vida pode causar sofrimento nunca visto. Imagine só quando a escassez de água se tornar problema real e não é ter dinheiro é não ter água; quando o ar preenchido com tanta poluição densa que nem o campo saberá o que é ar puro; quando os espaços naturais como florestas, solos, rios, mares não possuírem a vida com que inteiramente foram criados e se parecerem, tristes, com os espaços já geográficos. Imagine só quando não houver mais o que fazer pelo Planeta ou, então, mesmo com alguma consciência, a demora do reavivamento natural for mais longa do que dezenas de sucessivas gerações. Imagine só!

Entretanto, por sermos criaturas de Deus, prefiro acreditar que despertaremos — há um considerável número de pessoas que verdadeiramente se empenha na preservação —, e o otimismo, em mim, é maior que o seu contrário; prefiro acreditar que as novas atuais gerações sejam mais conscientes e amáveis com o Planeta, cuidem dele mais do que o prejudiquem e todo relapso de hoje se dissipe para que a responsabilidade, consideração e amor sejam tão presentes como o ar renovado, a água purificada e os belos espaços naturais. Não quero aceitar que o Planeta siga esse curso infeliz por causa da ignorância consentida humana. Ainda acredito no despertamento dos homens do momento. Ainda acredito que tudo aqui será mais amor.

Como não presenciar mais a revoada dos pássaros ao final do dia; o curso do rio acalmando o coração; o vento suave tocando o rosto; a água nos mantendo vivos; a imensidão dos oceanos, para nós, comparando-se ao infinito; os animais, os peixes, as flores. Não há como imaginar perder, assim, este Planeta que, além de físico, é principalmente escola para o espírito.

Prefiro imaginar um número cada vez maior de humanos conscientes e respeitáveis com o lar que nos abriga, já nos abrigou e muito provavelmente também nos abrigará.

E quando o entardecer laranja chega, ah, quanta beleza, minha esperança aumenta ainda mais.

 

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