sexta-feira, 12 de agosto de 2022

 



A Vida no Outro Mundo

 

Cairbar Schutel

 

Parte 29 e final

 

Concluímos hoje o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). 

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Este estudo foi publicado neste blog sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. Podemos dizer que Moisés foi, antes de tudo, um Profeta? 

B. A Revelação parou no Sinai ou prosseguiu ao longo do tempo?

C. O túmulo é o ponto final da existência? 

 

Texto para leitura

 

388. O que era Moisés quando recebeu a Lei no Sinai? Que papel desempenhou esse Salvador dos Israelitas, se não o de Profeta? (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

389. Todas as manifestações da Vontade Divina, seja nas Artes, nas Ciências, na Religião, têm os seus profetas, porque, como disse o Apóstolo: "Deus fala ao homem pelo homem: O Espírito do Profeta está sujeito ao Profeta". (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

390. Em Elias e Eliseu vemos o exemplo desta doutrina; em Cristo Jesus e Paulo, salienta-se também este princípio: "Já não sou eu mais quem vive, mas Cristo que vive em mim e tudo realiza". (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

391. A Revelação não parou no Sinai; suas luzes deviam ampliar-se e intensificar-se porque a Religião, como dissemos, é progressiva. Cerca de dois mil anos após a explosão do Sinai, uma nova e mais intensa luz brilhou na Palestina, irradiando-se, depois, pelo mundo todo. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

392. Já havia nascido, em tosca alfombra, e crescia em tugúrio humilde aquele que, alheio a todas as congregações religiosas, empunharia o Facho Divino para iluminar a Revelação Mosaica e cumpri-la, pois não vinha revogá-la, mas aumentar-lhe a intensidade do clarão, desde que já era mais acentuada a madureza da Humanidade. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

393. De Moisés em diante, a despeito da proibição, os Profetas de Deus não cerraram seus lábios e outra coisa não fizeram senão chamar a atenção dos homens da Terra para as coisas dos Céus. Cada página do Velho Testamento confirma nossa asserção. Em todas elas observam-se fenômenos metapsíquicos de natureza diversa, bem como se salientam magnificamente os dons mediúnicos de que eram dotados aqueles homens que resistiram como verdadeiros heróis à guerra tremenda que lhes moveram os grandes da sua época, os sacerdotes do seu tempo. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

394. Leia-se a história dos próceres da Verdade Religiosa: Ezequiel, Daniel, Isaías, Elias, Eliseu; desenterre-se a Bíblia dos escombros dogmáticos e dos "mistérios" que a retêm desconhecida do povo, e ver-se-á que essa luz, que brilha atualmente no Espiritismo, não é mais do que aquela pequena chama que teria de estender-se, mais tarde, e abranger o mundo inteiro. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

395. O advento do Cristianismo tem absoluta paridade com a época atual, na qual os Espíritos, como hoje, tudo fazem para positivar as manifestações mediúnicas intelectuais e de efeitos físicos, que se alastram e hão de desenrolar-se, justificando as palavras do Precursor: "Os tempos são chegados! Preparai as veredas do Senhor, porque os vales serão nivelados e os outeiros arrasados!" (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

396. A vida do Cristo, do nascimento à morte, é uma série ininterrupta de manifestações proféticas, isto é, mediúnicas, que revelam bem claramente a missão do Filho de Deus. Esta singular individualidade personifica perfeitamente a Lei e os Profetas. É pois, talvez, por essa razão que, para dar a conhecer-se categoricamente a seus principais discípulos, subiu ao alto do monte e, num apelo supremo, lhes fez aparecessem as duas principais figuras que representaram os maiores expoentes da Lei e dos Profetas: Moisés e Elias, para servirem de testemunhos vivos da sua singular missão. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

397. Esta verdade mais se confirma com as sucessivas aparições do Senhor, depois da crucificação, lembrando a Lei e exortando os Profetas a cumprirem a sua tarefa. E convém não esquecer, de passagem, o prenúncio dado pelo próprio Cristo, de uma Revelação ainda mais ampla, cuja missão, sob a égide do Espírito da Verdade, do Espírito Consolador (João, XIV, 26) seria relembrar, fazer cumprir a Revelação Messiânica e ensinar-nos todas as coisas, dado que não seriam compreendidos, naquela época, ensinos mais elevados, mais complexos do que os que haviam sido ministrados por Jesus. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

398. Aí está a Nova Revelação, a Revelação Espírita, desempenhando esse dever, esclarecendo os homens e proporcionando-lhes fatos extraordinários, admiráveis fenômenos, tais como os que deram motivo às inúmeras obras do Espiritismo e da Parapsicologia. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

399. Não é de admirar, pois, a frequência acentuada da diversidade dessas manifestações, que tendem a multiplicar-se mais e mais, mostrando-nos a ampliação incessante desses fenômenos que marcarão uma nova era no estabelecimento das verdadeiras relações da Humanidade Visível com a Humanidade Invisível, entre o Mundo Terreno e o Mundo Espiritual. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

400. É o caso de repetirmos, com o Apóstolo Paulo: “Em parte conhecemos e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, aquilo que é em parte será posto à margem". Ainda estamos "vendo tudo por espelho de enigma, mas veremos face a face". (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

401. Por isso, ao concluir este trabalho, entrevemos um progresso mais elevado e mais profícuo para a nossa própria felicidade. O túmulo não é o ponto final da existência. Nosso destino é grandioso. Existem mundos de luz, onde reina a verdade; mundos que serão nossas futuras moradas! Assim como o progresso caracteriza perfeitamente a evolução gradativa do nosso planeta, que será um dia paraíso terrenal, assim também essa Lei inflexível, que rege os mundos que se balouçam no Éter, nos prepara moradas felizes, dispersas na Casa de Deus, que é o Cosmo Infinito. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

402. Tenhamos fé e estudemos! Ignoramos? Progridamos! Porque do estudo e da pesquisa vem a verdade que esclarece a inteligência, e, desta, a evolução espiritual, que nos guinda às alturas, para compreendermos as coisas do Espírito, coisas que Deus reserva para todos os que procuram crescer no Seu conhecimento e na Sua graça. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

403. Que as luzes da caridade, que vamos conquistando, nos ilumine toda a Ciência, toda a Religião, toda a Filosofia, para podermos, com justos títulos, observar as magnificências do Universo e cientificarmo-nos da Imortalidade e da Eternidade da Vida. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Podemos dizer que Moisés foi, antes de tudo, um Profeta? 

Sim. O que era ele quando recebeu a Lei no Sinai? Que papel desempenhou esse Salvador dos Israelitas, se não o de Profeta? Ademais, todas as manifestações da Vontade Divina, seja nas Artes, nas Ciências, na Religião, têm os seus profetas, porque, como disse o Apóstolo: "Deus fala ao homem pelo homem: O Espírito do Profeta está sujeito ao Profeta". (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

B. A Revelação parou no Sinai ou prosseguiu ao longo do tempo?

Claro que a Revelação não parou no Sinai, visto que suas luzes deviam ampliar-se e intensificar-se porque a Religião é progressiva. Cerca de dois mil anos após a explosão do Sinai, uma nova e mais intensa luz brilhou na Palestina, irradiando-se, depois, pelo mundo todo. Mas antes disso, de Moisés em diante, a despeito da proibição, os Profetas de Deus não cerraram seus lábios e outra coisa não fizeram senão chamar a atenção dos homens da Terra para as coisas dos Céus. Cada página do Velho Testamento confirma nossa asserção. Em todas elas observam-se fenômenos metapsíquicos de natureza diversa, bem como se salientam magnificamente os dons mediúnicos de que eram dotados aqueles homens que resistiram como verdadeiros heróis à guerra tremenda que lhes moveram os grandes da sua época, os sacerdotes do seu tempo. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

C. O túmulo é o ponto final da existência? 

Claro que não. Os fatos espíritas nos autorizam a afirmar, peremptoriamente, que o túmulo não é o ponto final da existência. Nosso destino é grandioso. Existem mundos de luz, onde reina a verdade; mundos que serão nossas futuras moradas! (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 28 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_05.html

 

 

 

 

 

 

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