Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 18
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
103. No tratamento da obsessão
devemos assistir ambos os litigantes?
Evidentemente. Como entendem diversos estudiosos espíritas,
Eurípedes Barsanulfo também ensina que na trama da obsessão não apenas se
encontra em desalinho o que chora e se desespera, mas também aquele que aplica
o látego, o verdugo aparentemente insensível, que é sempre alguém que perdeu o
rumo de si mesmo e, por consequência, a identificação com a vida. Obsessor e
obsidiado devem, pois, de igual modo, ser assistidos e auxiliados com os
recursos espíritas. (Tormentos da
Obsessão, cap. 18 – Socorro de emergência.)
104. É verdade que existem no
perispírito as chamadas matrizes, ou seja, marcas nele impressas pela
consciência culpada?
Sim, é verdade. E mais: tais matrizes facultam as induções e
fixações entre credores e devedores, a expressar-se em aflições obsessivas para
ambos os atormentados. O fato é mera consequência da lei de ação e reação que
nos é explanada pelo Espiritismo. (Obra citada, cap. 18 – Socorro de
emergência.)
105. Por que, iniciada a tarefa
na seara, ninguém deve olhar para trás?
Esse pensamento é calcado em conhecida recomendação de Jesus. O
fato é de fácil compreensão. Segundo Eurípedes Barsanulfo, o Espírito
reencarnado em tarefa libertadora sempre será chamado ao testemunho nos montes
onde problemas equivalentes o aguardam: no primeiro, deve dar a conhecer o
objetivo a que se dedicará; no segundo, cabe-lhe traçar as linhas de
comportamento que adotará, e no terceiro, vivê-las até o momento final com
equilíbrio e abnegação, ciente de que nunca lhe faltará o apoio indispensável
ao êxito, que procede do mundo espiritual vigilante e ativo. É por isso que,
iniciada a tarefa na seara, ninguém deve olhar para trás, ou poderá perder
excelente oportunidade de crescimento. (Obra
citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)
106. A programação
reencarnatória que fazemos antes de reencarnarmos fica registrada, com vistas a
uma posterior avaliação?
Evidentemente. E foi exatamente esse registro, em forma de
relatório, que a senhora Modesto exibiu e leu na presença do médium Edmundo e
do grupo ali reunido. No relatório estavam arquivadas as responsabilidades que
ele assumira perante as soberanas leis, antes de reencarnar. Quando a leitura
foi concluída, Eurípedes perguntou a Edmundo, com tristeza na voz: “Que tem o
querido irmão feito da fé renovada? Como se tem utilizado dos recursos
mediúnicos, ora movimentados por forças inferiores? Como se encoraja a tentar
unir César e Jesus no mesmo recipiente de prazer e proclamar que a vida deve
ser fruída sem qualquer desvio das suas concessões?” (Obra citada, cap. 18 –
Socorro de emergência.)
107. Diz Eurípedes que nunca
nos faltam recursos para a preservação da saúde interior. Que recursos são
esses?
Segundo Eurípedes Barsanulfo, tais recursos são a oração, as
leituras edificantes, o trabalho de socorro fraternal, tanto quanto o social
que diz respeito aos valores existenciais, a meditação, o espairecimento sadio,
a conversação edificante, o intercâmbio de pensamentos elevados... Somente
dessa forma, diz o Mentor, é possível preservar o psiquismo das incursões desastrosas,
propiciadas pelos servidores das paixões subalternas. (Obra citada, cap. 18 –
Socorro de emergência.)
108. É correto afirmar que
ninguém se evade do dever sem consequências graves?
Sim. Essa afirmação foi feita por Eurípedes Barsanulfo, ao
examinar o caso Edmundo. A reencarnação é bênção que faculta a reparação dos
erros e propicia o crescimento moral mediante o dever retamente exercido.
Evadir-se equivale a perder a oportunidade de reparar erros e de crescer
espiritualmente. Ainda segundo Eurípedes, para uma saudável vivência espiritual
torna-se imprescindível que a estrutura moral do indivíduo seja bem definida,
no que diz respeito à elevação de pensamentos e à nobreza dos atos. (Obra
citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)
Observação:
Para acessar a Parte 17 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/10/blog-post_03.html
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