segunda-feira, 31 de outubro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 21

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

121. O comportamento do paciente tem influência sobre sua saúde?

Sim. Segundo dr. Orlando Messier, a conduta do paciente em recuperação influi diretamente no processo de preservação da saúde, cabendo, portanto, a ele evitar as perturbadoras recidivas que invariavelmente acontecem por novos desvios de comportamento, por falta de identificação com os valores enobrecedores da vida, por abuso e desgaste das energias nos prazeres exorbitantes e primários. “Em cada de um nós – diz dr. Messier – se encontram ínsitos os valores da saúde e da doença, dependendo da ocorrência de fenômenos adequados para a sua manifestação...” (Tormentos da Obsessão, cap. 20 – Terapias enriquecedoras.)

122. Que razões levam um Espírito a ficar encapsulado, como o autor desta obra verificou em uma das enfermarias do Sanatório Esperança?

O processo citado foi causado pelo próprio Espírito. Segundo dr. Orlando Messier, a mente produz material conforme sua própria vontade, criando asas para a ascensão ou presídio para a escravidão. Aquele Espírito era prisioneiro de si mesmo. Ele se encapsulara em fortes teias mentais degenerativas que o vinham retendo desde quando se encontrava na Terra e permanecera assim, oculto nessa triste forma, por vários anos após a viagem de retorno ao plano espiritual. O Espírito assim revestido movia-se com dificuldade, aprisionado por resistentes fios sucessivos que o imobilizavam quase, apertando-o no hórrido envoltório de coloração cinza e estrutura viscosa. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)

123. Que é necessário para libertar o Espírito do casulo que ele próprio produzira?

Em casos assim, como de fato se viu, a providência seria o desligamento por meio de um ato cirúrgico. Para esse fim, o enfermo foi removido para um local previamente preparado. O casulo, que tinha a dimensão de um homem, exteriorizava na parte superior a exsudação que se convertia em fio espesso sempre se concentrando em volta da cápsula densa. Dr. Orlando Messier fez uma oração fervorosa suplicando o auxílio divino e, em seguida, auxiliado por dois médicos, procedeu à cirurgia. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)

124. Qual era o aspecto de Evaldo após concluído o ato cirúrgico que o livrou do casulo?

Aberta toda a cápsula, deixando à mostra o Espírito infeliz, o que se viu foi uma pessoa de hórrida aparência, esquálida, com várias excrescências tumorosas na face e por todo o corpo, como flores despedaçadas e apodrecidas, recordando as enfermidades parasitas que agridem os pacientes destituídos dos recursos imunológicos de defesa orgânica. Seu aspecto era repelente e nauseante. Evaldo não passava de um irmão que fora colhido pelo vendaval das paixões e retornava ao lar destroçado pela loucura de si mesmo, conquanto nunca estivesse ao abandono. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)

125. De que forma Evaldo elaborou o casulo no qual se escondera?

Dr. Orlando Messier esclareceu que toda vez que a mente se fixa em algo emite vibrações que se transformam em força correspondente, logrando atender ao direcionamento que lhe é proposto. No caso do irmão Evaldo, sua consciência de culpa elaborou um recinto escuro para ocultar a miséria a que se entregara, enquanto deambulava no proscênio terrestre na sua anterior e mais recente jornada. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)

126. De que natureza foi o fracasso da mais recente existência de Evaldo?

Bacharelando-se, Evaldo teve a felicidade de ser convidado por hábil advogado político que o iniciou na difícil conjuntura administrativa do país, na qual conseguiu amealhar expressivos recursos financeiros. Tornando-se importante político, esqueceu-se completamente dos compromissos espirituais e, no auge do poder, tomado pela avidez desvairada para o enriquecimento ilícito, acumpliciou-se com amigos envolvidos em corrupção e, em breve, derrapou em terríveis enovelamentos morais, desviando verbas que deveriam atender necessidades urgentes e salvar vidas, transferindo-as para contas fora do país nos denominados paraísos fiscais. Nesse interregno, face aos descalabros íntimos que não ficaram apenas na área dos comprometimentos políticos, mas também sexuais, vinculou-se a antigos inimigos desencarnados que o espreitavam, começando a hospedar psiquicamente hábil manipulador das forças mentais que passou a comandá-lo vagarosamente até apropriar-se-lhe com relativa facilidade do seu mundo psíquico.  (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 20 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/10/blog-post_24.html

 

 

 

  

 

 

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