Tormentos
da Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
Parte
21
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este
estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis
as questões de hoje:
121. O comportamento do
paciente tem influência sobre sua saúde?
Sim. Segundo dr. Orlando Messier, a conduta do paciente em
recuperação influi diretamente no processo de preservação da saúde, cabendo,
portanto, a ele evitar as perturbadoras recidivas que invariavelmente acontecem
por novos desvios de comportamento, por falta de identificação com os valores
enobrecedores da vida, por abuso e desgaste das energias nos prazeres
exorbitantes e primários. “Em cada de um nós – diz dr. Messier – se encontram ínsitos
os valores da saúde e da doença, dependendo da ocorrência de fenômenos
adequados para a sua manifestação...” (Tormentos
da Obsessão, cap. 20 – Terapias enriquecedoras.)
122. Que razões levam um
Espírito a ficar encapsulado, como o autor desta obra verificou em uma das
enfermarias do Sanatório Esperança?
O processo citado foi causado pelo próprio Espírito. Segundo dr.
Orlando Messier, a mente produz material conforme sua própria vontade, criando
asas para a ascensão ou presídio para a escravidão. Aquele Espírito era
prisioneiro de si mesmo. Ele se encapsulara em fortes teias mentais
degenerativas que o vinham retendo desde quando se encontrava na Terra e
permanecera assim, oculto nessa triste forma, por vários anos após a viagem de
retorno ao plano espiritual. O Espírito assim revestido movia-se com
dificuldade, aprisionado por resistentes fios sucessivos que o imobilizavam
quase, apertando-o no hórrido envoltório de coloração cinza e estrutura
viscosa. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)
123. Que é necessário para
libertar o Espírito do casulo que ele próprio produzira?
Em casos assim, como de fato se viu, a providência seria o
desligamento por meio de um ato cirúrgico. Para esse fim, o enfermo foi
removido para um local previamente preparado. O casulo, que tinha a dimensão de
um homem, exteriorizava na parte superior a exsudação que se convertia em fio
espesso sempre se concentrando em volta da cápsula densa. Dr. Orlando Messier
fez uma oração fervorosa suplicando o auxílio divino e, em seguida, auxiliado
por dois médicos, procedeu à cirurgia. (Obra citada, cap. 21 – Experiência
incomum.)
124. Qual era o aspecto de
Evaldo após concluído o ato cirúrgico que o livrou do casulo?
Aberta toda a cápsula, deixando à mostra o Espírito infeliz, o
que se viu foi uma pessoa de hórrida aparência, esquálida, com várias
excrescências tumorosas na face e por todo o corpo, como flores despedaçadas e
apodrecidas, recordando as enfermidades parasitas que agridem os pacientes
destituídos dos recursos imunológicos de defesa orgânica. Seu aspecto era
repelente e nauseante. Evaldo não passava de um irmão que fora colhido pelo
vendaval das paixões e retornava ao lar destroçado pela loucura de si mesmo,
conquanto nunca estivesse ao abandono. (Obra citada, cap. 21 – Experiência
incomum.)
125. De que forma Evaldo
elaborou o casulo no qual se escondera?
Dr. Orlando Messier esclareceu que toda vez que a mente se fixa
em algo emite vibrações que se transformam em força correspondente, logrando
atender ao direcionamento que lhe é proposto. No caso do irmão Evaldo, sua
consciência de culpa elaborou um recinto escuro para ocultar a miséria a que se
entregara, enquanto deambulava no proscênio terrestre na sua anterior e mais
recente jornada. (Obra citada, cap. 21 – Experiência incomum.)
126. De que natureza foi o
fracasso da mais recente existência de Evaldo?
Bacharelando-se, Evaldo teve a felicidade de ser convidado por
hábil advogado político que o iniciou na difícil conjuntura administrativa do
país, na qual conseguiu amealhar expressivos recursos financeiros. Tornando-se
importante político, esqueceu-se completamente dos compromissos espirituais e,
no auge do poder, tomado pela avidez desvairada para o enriquecimento ilícito,
acumpliciou-se com amigos envolvidos em corrupção e, em breve, derrapou em
terríveis enovelamentos morais, desviando verbas que deveriam atender
necessidades urgentes e salvar vidas, transferindo-as para contas fora do país
nos denominados paraísos fiscais. Nesse interregno, face aos descalabros
íntimos que não ficaram apenas na área dos comprometimentos políticos, mas
também sexuais, vinculou-se a antigos inimigos desencarnados que o espreitavam,
começando a hospedar psiquicamente hábil manipulador das forças mentais que
passou a comandá-lo vagarosamente até apropriar-se-lhe com relativa facilidade
do seu mundo psíquico. (Obra citada,
cap. 21 – Experiência incomum.)
Observação:
Para
acessar a Parte 20 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/10/blog-post_24.html
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