No Invisível
Léon Denis
Parte 13
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.
Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. As comunicações espíritas
devem ser cuidadosamente examinadas e julgadas com rigor?
B. A excessiva credulidade de
certos adeptos é um bem ou um mal?
C. A qualidade dos nossos
pensamentos influi no intercâmbio com o mundo dos Espíritos?
Texto para
leitura
357. Os fatos espíritas podem ser subdivididos em quatro
classes:
1ª - A tiptologia e o fenômeno das mesas – Neste
gênero de experiências é preciso eliminar com cuidado as causas físicas, os
movimentos involuntários, o magnetismo dos assistentes, a sugestão mental.
2ª - A escrita automática – Muitos ditados obtidos
por esse processo podem ser atribuídos à sugestão inconsciente. Podendo o
pensamento, como vimos, exteriorizar-se, acontece, em certos casos, que o
pensamento do médium responde à pergunta por ele próprio formulada. Dar-se-ia
então um fenômeno de autossugestão involuntária, ou de sugestão dos
assistentes. A ação dos Espíritos, porém, se revela nos casos em que escritas
desconhecidas são traçadas e fatos, particularidades, revelações, que
constituem outros tantos elementos de identidade, são obtidos por esse modo de
experimentação.
3ª - A incorporação – Nos fenômenos desta ordem pode
o inconsciente do médium exercer uma certa intervenção. Há em cada um de nós
aquisições mentais, aptidões, reminiscências, uma extensa acumulação de
riquezas intelectuais, fruto de nossas anteriores existências, as quais,
sepultadas nas profundezas da consciência, se nos conservam ignoradas no estado
de vigília. É o que constitui o inconsciente, ou antes, o subconsciente. Nos
casos de desprendimento sonambúlico e de exteriorização, essas energias despertam,
vibram e irradiam em torno do corpo fluídico do médium; a psique readquire suas
recônditas capacidades e entra em ação. Fácil, porém, é reconhecer os numerosos
casos em que ocultas personalidades se apoderam do organismo do médium e se
substituem ao seu próprio espírito. Essas personalidades se evidenciam por
sinais característicos, gestos e voz que lhes são próprios, como por certas
particularidades psicológicas que não as permitem confundir com o inconsciente
do médium.
4ª - As materializações – Esses fenômenos, em
virtude de se produzirem na obscuridade, exigem rigorosa verificação. Pode-se,
para isso, fazer uso, quer de balanças munidas de aparelhos registradores que
permitam averiguar a diminuição de peso do médium, como nas experiências de Armstrong
e Reimers, quer, a exemplo de William Crookes e do engenheiro Varley, de
baterias elétricas, a que é ligado o médium por uma corrente que impede todo
movimento equívoco de sua parte.
358. No que se refere às manifestações espíritas,
propriamente ditas, qual será o critério de certeza? Onde estará a prova da
intervenção dos Espíritos? Essa prova, já o dissemos, reside no conjunto das
particularidades que permitem estabelecer uma identidade positiva. Só o
experimentador pode nesse caso ser juiz, e sua convicção não se pode basear
senão sobre o reconhecimento desses indícios característicos desconhecidos do
médium e às vezes mesmo dos assistentes, mediante os quais se revela a
personalidade do ser invisível.
359. Para adquirir certeza e multiplicar os meios de
verificação, é conveniente variar as experiências, completar umas com as
outras, recorrendo aos diversos gêneros de mediunidade. Do conjunto dos
testemunhos e dos resultados obtidos poderemos assim coligir a mais
considerável soma de provas que seja possível obter nesse domínio, em que
múltiplas causas intervêm e não raro se confundem.
360. É às vezes cruel e desolador sabermos, sentirmos, ao
pé de nós, um ente amado e desaparecido, sem podermos com ele conversar; e se,
dotado de mediunidade, procurarmos obter uma comunicação, não o é menos
percebermos, enquanto o lápis corre veloz sobre o papel, que o nosso pensamento
se intercala ao seu de um modo tão íntimo que não podemos separar um do outro e
determinar o que emana de nós ou provém dele.
361. Recorremos então a outro médium. Quer ele escreva,
porém, quer fale por sua boca, durante o sono mediúnico, o Espírito evocado,
reconhecemos ainda, por um efeito dessa malfadada sugestão, que por toda parte
se insinua, que a personalidade do médium se mistura com a do ser que nos é
caro. E a dúvida nos assalta, a angustiosa incerteza nos oprime.
362. Súbito, porém, uma prova de identidade brota como uma
faísca, tão viva, tão brilhante, tão incontestável que, diante dela, todas as
hesitações desaparecem, todas as dúvidas se dissipam e a nossa razão satisfeita
e o nosso coração emocionado entram, num transporte de amor e de fé, em
comunhão com a alma idolatrada que de modo tão claro e inconfundível acudiu ao
nosso reclamo e para sempre firmou a certeza de sua presença e de sua proteção.
363. Quanto às comunicações de caráter geral e que revestem
a forma de ensino filosófico, devem ser cuidadosamente examinadas, discutidas,
julgadas com rigor, com a mais completa liberdade de apreciação. A Humanidade
invisível se compõe dos Espíritos que viveram neste mundo, em cujo número –
sabemos – contam-se muitos bem pouco adiantados. Mas no Espaço há também
inteligências brilhantes, iluminadas pelos esplendores do Além. E quando anuem
a vir até nós, podemos reconhecê-las na elevação do pensamento, como na
judiciosa retidão das apreciações.
364. Nesta ordem de ideias o discernimento é uma qualidade
indispensável. O investigador deve ser dotado de critério seguro, que lhe
permitirá distinguir o verdadeiro do falso e, depois de haver tudo examinado,
conservar o que tem legítimo valor.
365. Nada é mais prejudicial à causa do Espiritismo que a
excessiva credulidade de certos adeptos e as experiências mal dirigidas. Estas
produzem aos pesquisadores novatos uma deplorável impressão; fornecem alimento
à crítica e ao motejo e dão uma ideia falsa do mundo dos Espíritos. Muitos saem
dessas reuniões ainda mais incrédulos que antes.
366. O homem crédulo é dotado de boa-fé; a si mesmo se
engana inconscientemente e torna-se vítima de sua própria imaginação. Aceita as
coisas mais inverossímeis e muitas vezes as afirma e propaga com entusiasmo
extravagante. É isso um dos maiores estorvos para o Espiritismo, uma das causas
que dele afastam muitas pessoas sensatas, muitos sinceros investigadores, que
não podem tomar a sério uma doutrina e fatos tão mal apresentados.
367. É preciso não aceitar cegamente coisa alguma. Cada
fato deve ser objeto de minucioso e aprofundado exame. Só nessas condições é
que o Espiritismo se imporá aos homens estudiosos e racionalistas. As
experiências feitas superficialmente, sem conhecimento de causa, os fenômenos
apresentados em más condições fornecem argumentos aos cépticos e prejudicam a
causa a que se pretende servir.
368. Podemos, em resumo, dizer que o principal motivo dos
erros e insucessos, em matéria de psiquismo experimental, é a falta de preparação.
Os povos do Ocidente abordam aí um novo domínio, ignorado ou esquecido, que não
é isento de perigos para eles; só excepcionalmente o fazem munidos desse
elevado sentimento, dessa luz interior, desse sentido penetrante da alma, que
os grandes iniciados possuíram e são os únicos que nos podem preservar dos
embustes e ciladas do invisível.
369. A primeira das condições, por conseguinte, é
aparelhar-vos moral e mentalmente. Não provoqueis os fatos antes de vos
haverdes tornado aptos para os compreender e dominar, mediante demorado e
paciente estudo das obras fundamentais, a reflexão, o desenvolvimento da
vontade e o exercício de um raciocínio claro e firme. Se não preencheis essas
condições, mais prudente seria vos absterdes, a menos que vos consagreis a essas
experiências sob a direção de um homem esclarecido e orientado, a quem
auxiliareis com a vossa boa vontade e deixareis o cuidado de vos guiar.
370. Os processos de investigação usados no mundo físico
não se podem adaptar ao plano psíquico. Neste são os pensamentos que entram em
ação. Os pensamentos são forças. São eles que lapidam e lentamente modelam o
nosso ser interior; influem mesmo em nossa forma exterior, a ponto de ser fácil
distinguir, pelos traços e expressão da fisionomia, o sábio do homem vicioso.
Esses efeitos do pensamento não são, porém, circunscritos aos limites do nosso
ser material: estendem-se em torno de nós e formam uma atmosfera que serve de
laço entre nós e os seres de pensamentos similares.
371. Nisso reside o segredo da inspiração, da fecundação do
espírito pelo espírito. Dessa lei resulta um fato: aquele que, por meio de
evocações, de reclamos, entra em relação com o mundo invisível, atrai seres em
afinidade com o seu próprio estado mental. O mundo dos Espíritos fervilha de entidades
benfazejas e maléficas, e se não soubermos purificar-nos, orientar os nossos
pensamentos e forças no sentido da vida superior, poderemos tornar-nos vítimas
das potências malfazejas que em torno de nós se agitam e têm, em certos casos,
conduzido o indivíduo imprudente ao erro, à obcecação, a obsessões vizinhas da
loucura.
372. Contudo, se sabeis dominar os sentidos, elevar a alma
acima das curiosidades vãs e das preocupações materiais, fazer do Espiritismo
um meio de educação e de disciplina moral, entrareis no domínio do verdadeiro
conhecimento; influências regeneradoras baixarão sobre vós; uma luz suave e
penetrante vos iluminará o caminho, vos preservará das quedas, dos
desfalecimentos e de qualquer perigo.
373. Capítulo X - Formação e direção dos grupos – A
constituição dos grupos comporta regras e condições cuja observância influi
consideravelmente no resultado a alcançar. Conforme o seu estado psíquico, os
assistentes favorecem ou embaraçam a ação dos Espíritos. Enquanto uns só com
sua presença facilitam as manifestações, outros lhes opõem um quase insuperável
obstáculo. É, conseguintemente, necessário proceder a uma certa escolha,
sobretudo no começo das experiências.
374. Essa escolha não pode ser ditada, sancionada, senão
pelos resultados obtidos, ou ainda pelas indicações de um Espírito-guia.
Quando, ao fim de certo número de sessões, nenhum efeito satisfatório se
produziu, pode-se adotar o processo de eliminação e substituição, até que a
assistência pareça composta de modo a fornecer aos invisíveis os meios
fluídicos necessários à sua ação. Do mesmo modo, a direção do grupo deve ser
confiada a uma pessoa excelentemente dotada, do ponto de vista das atrações
psíquicas, digna, além disso, de simpatia e confiança.
375. Há, nessa ordem de estudos, um conjunto de regras a
observar e precauções a adotar que desanimam os investigadores. Cumpre,
entretanto, advertir que essas exigências se apresentam em toda experiência
delicada, em todo estudo psicológico e, mesmo, na aplicação cotidiana de nossas
próprias faculdades.
376. Não experimentamos, agradável ou desagradavelmente, a
influência dos nossos semelhantes? Em presença de uns, sentimo-nos como
animados, atraídos, inspirados. O nosso pensamento ganha surto; a palavra se
torna mais fácil, mais vivas e coloridas se tornam as imagens. Outros nos
tolhem e paralisam. Não é de admirar que os Espíritos, em suas tão complexas
manifestações, encontrem, num grau mais elevado, as mesmas dificuldades, e que
nas experiências seja preciso tomar em rigorosa consideração o estado de espírito
e vontade dos assistentes.
377. Com o tempo, quando estiver o grupo solidamente
constituído e forem os seus trabalhos coroados de êxito, será então possível
abrir mão do rigor dos primeiros dias e admitir novos membros numa limitada
proporção.
378. É das mais delicadas a tarefa de dirigir um grupo.
Exige qualidades raras, extensos conhecimentos e sobretudo longa prática do
mundo invisível. Nenhum grupo, sem ser submetido a uma certa disciplina, pode
funcionar. Esta se impõe não somente aos experimentadores, como também aos
Espíritos. O diretor do grupo deve ser um homem de dupla enfibratura, assistido
por um Espírito-guia que estabelecerá a ordem no meio oculto, como ele próprio
a manterá no meio terrestre e humano. Essas duas direções devem mutuamente
completar-se, inspirar-se num pensamento igualmente elevado, unir-se na
prossecução de um objetivo comum.
379. Nos casos de ausência dessa proteção oculta, a missão
do diretor do grupo ainda se torna mais difícil. Exige da sua parte a máxima
experiência necessária para discernir a natureza dos Espíritos que intervêm,
desmascarar os impostores, moralizar os atrasados, opor uma vontade firme aos
Espíritos levianos e perturbadores e emitir esclarecida apreciação sobre as
comunicações obtidas.
380. Os próprios membros do grupo não lhe devem merecer
menos cuidado. Sofrear as exigências e as opiniões demasiado pessoais de uns, a
possível rivalidade de outros, principalmente dos médiuns que atraem os maus
elementos do Além e imprimem aos fenômenos estranhas e desordenadas modalidades
– eis a tarefa do presidente, como se vê, das mais delicadas.
381. No grupo que por muito tempo dirigimos, a assistência
eficaz dos invisíveis se fez sentir desde o começo e poucas dificuldades desse
gênero encontramos. Por impulso dos nossos corações e pensamentos,
esforçávamo-nos por nos colocar em uníssono com os nossos guias e, graças aos
nossos esforços e com o seu auxílio, havíamos chegado a criar em torno de nós,
pelas irradiações mentais, uma atmosfera de paz e de serenidade que imprimia às
manifestações, em sua maioria, um caráter de elevação moral, de sinceridade e
de franqueza que impressionava os assistentes e afugentava os Espíritos
embusteiros.
382. Mais tarde, em consequência da introdução em nosso
grupo de um experimentador entusiasta de fatos materiais, assistido por um
cortejo de Espíritos inferiores, fenômenos vulgares vieram acrescentar-se às
elevadas manifestações. Espíritos levianos, propensos às trivialidades, se
imiscuíram entre nós e foi preciso toda a energia de nossas vontades reunidas
para reagir contra as más influências invasoras.
383. Antes, porém, desse período de perturbação, graças à
nossa persistência e união, as manifestações tinham gradualmente adquirido um
cunho de limpidez e de grandeza que nos cativara; as provas se multiplicavam,
fortalecendo as nossas convicções, tornando-as definitivas. Predições de
natureza íntima se haviam realizado. Conselhos, instruções, dissertações
científicas e filosóficas, constituindo matéria para alguns volumes, foram
obtidos.
384. Conseguimos atrair e conservar em nossas sessões
homens de valor pertencentes a todas as esferas, partilhando todas as opiniões:
materialistas, indiferentes, crentes religiosos e até padres, a cujo espírito
liberal e pesquisador não repugnavam as nossas investigações.
385. Muitas tentativas se tornam infrutíferas, grande
número de grupos não tem mais que uma existência efêmera, em consequência da
falta de paciência, de dedicação e coesão. Procura-se com avidez obter os
fenômenos transcendentes; desde que, porém, para os obter fica-se sabendo que é
preciso submeter-se a uma disciplina gradual de muitos meses, de muitos anos,
reunir-se em dia fixo, todas as semanas pelo menos, e não desanimar com os
repetidos insucessos, muitos hesitam e recuam.
386. É preciso, pois, nos grupos em formação só admitir
membros absolutamente resolvidos a perseverar, não obstante a lentidão e os
obstáculos. Só com o tempo e mediante esforços reiterados é que o organismo dos
médiuns e dos experimentadores pode sofrer as profundas modificações que
permitem exteriorizar as forças indispensáveis à produção dos fenômenos.
387. Se é conveniente escolher com cuidado os
colaboradores, é preciso, entretanto, não levar as coisas ao extremo, nem ser
demasiado exclusivista. Com o auxílio do Alto e a assistência dos
Espíritos-guias, as discordâncias que reinam ao começo em alguns círculos
podem-se atenuar e ceder lugar à homogeneidade.
388. É o que nos dizem as entidades do Espaço: “Estais em
contacto cotidiano com muitíssimas pessoas que agem fatalmente sobre vós, como
sobre elas agis por vossa vez. Essas ações e reações são necessárias, porque
sem elas não se poderia realizar o progresso. Crede em nossa constante
assistência, em nossa afetuosa presença ao pé de vós. É em nosso amor que
haurimos a força para nos conservar perto dos que nos amam, como seus guias,
seus dedicados protetores. Imitai-nos. Bani todo pensamento malévolo ou
invejoso. Aprendei a sacrificar-vos, a viver e trabalhar em comum. Não vos
poupeis, isto é: não temais as perturbações que podem resultar de certas
relações com vossos semelhantes. Elas vos acarretam, sem dúvida, uma diminuição
de gozos; mas essas relações constituem a lei da Humanidade. Não deveis viver
como egoístas, mas fazer participarem os outros dos vossos próprios bens.” (Continua no próximo número.)
Respostas às
questões preliminares
A. As comunicações espíritas devem ser cuidadosamente examinadas e
julgadas com rigor?
Sim.
Especialmente quando revestem a forma de ensino filosófico. A Humanidade
invisível se compõe dos Espíritos que viveram neste mundo, em cujo número
contam-se muitos bem pouco adiantados. Por isso, no tocante ao assunto, o
discernimento é uma qualidade indispensável. O investigador deve ser dotado de
critério seguro, que lhe permitirá distinguir o verdadeiro do falso e, depois
de haver tudo examinado, conservar o que tem legítimo valor. (No Invisível
- O Espiritismo experimental: IX - Condições de experimentação.)
B. A excessiva credulidade de certos adeptos é um bem ou um mal?
Segundo
Léon Denis, nada é mais prejudicial à causa do Espiritismo que a excessiva
credulidade de certos adeptos. E o mesmo ele diz a respeito das experiências
mal dirigidas. Estas produzem aos pesquisadores novatos uma deplorável
impressão; fornecem alimento à crítica e ao motejo e dão uma ideia falsa do
mundo dos Espíritos. Muitos saem dessas reuniões ainda mais incrédulos que
antes. (Obra citada - O Espiritismo experimental: IX - Condições de
experimentação.)
C. A qualidade dos nossos pensamentos influi no intercâmbio com o mundo
dos Espíritos?
Sim.
Todo aquele que entra em relação com o mundo invisível atrai seres em afinidade
com o seu próprio estado mental. O mundo dos Espíritos fervilha de entidades
benfazejas e maléficas. Se não soubermos purificar-nos, orientar os nossos
pensamentos e forças no sentido da vida superior, poderemos tornar-nos vítimas
das potências malfazejas que em torno de nós se agitam e têm, em certos casos,
conduzido o indivíduo imprudente ao erro, à obcecação, a obsessões vizinhas da
loucura. Contudo, se soubermos dominar os sentidos, elevar a alma acima das
curiosidades vãs e das preocupações materiais, fazer do Espiritismo um meio de
educação e de disciplina moral, entraremos no domínio do verdadeiro
conhecimento. Então, influências regeneradoras baixarão sobre nós e uma luz
suave e penetrante nos iluminará o caminho e nos preservará das quedas, dos
desfalecimentos e de qualquer perigo. (Obra citada - O Espiritismo
experimental: IX - Condições de experimentação.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na
semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_14.html
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